...Tenho uma história sobre a falta de empatia gerada pelo machismo e egocentrismo masculino. Problemas que, convenhamos, antes de serem “sociais”, são fruto da educação que os filhos recebem. Eu tive um cliente cativo por algumas semanas. Ele veio pela primeira vez num sábado. Daí voltou na quarta seguinte e na sexta me contratou das 8 horas da manha até às 15 horas da tarde, fomos a uma bela suíte presidencial num motel daqui. Foi um “pernoite” de dia e, na época, meu pernoite eram míseros mil reais. Conforme podem ler no blog, o valor foi dobrado e acrescido. Toda quarta-feira e sábado à tarde ele vinha e deixava aqui os seus R$ 500,00. Todavia, no primeiro encontro ele passou um pouco da uma hora paga. Não cobrei, obviamente, mas, de repente, percebi que isso se tornou corriqueiro. Embora fosse uma pessoa inteligentíssima e divertida, fato é que não dou nem a cliente fidelizado o direito de se sentir “especial” a ponto de suprimir o meu profissionalismo. Isso é desrespeitoso e, se a pessoa não sabe respeitar, cabe a nós nos impormos! Lá pelas tantas, ele, alguns aninhos mais velho do que eu, começou a se achar no direito de dar conselhos acerca de humildade e coisas afins, falava-me seguidamente das outras mulheres com quem se relacionou, como se isso me fosse elogioso ou interessante, enfim, passou a se sentir “namorado” ou algo afim. Pedi por tal razão para ele não vir por uns 10 dias. No dia em que marcou para vir, numa quarta às 14 horas, me pediu pelo Whatsapp se podia vir um pouco mais cedo, dariam quase duas horas de encontro e eu lhe perguntei: “E pagará por duas horas?”, ele riu e disse “não né”, respondi que, portanto, obviamente não poderia nem deveria vir antes. Neste dia coloquei um despertador para às 15 horas, vez que, eu tinha que ir ao shopping fazer as unhas dos pés e das mãos e compras na “sequência”. Veio, me trouxe um “presente” e desapareceu. Disse-me outro dia que “gosta muito da Simone que ele conheceu num sábado à tarde”, para bom entendedor: “não gosto da Simone que a Cláudia se tornou atualmente”. Como se EU tivesse mudado sem mais nem menos! Acompanhem o teor da ausência de respeito e empatia comigo: a Simone é a Cláudia. Ser cordial com uma pessoa no primeiro encontro quanto ao horário é educado, mas daí a pessoa se dar ao direito de ignorar quando passa do “tempo” com frequência e, ainda, se “magoar” quando o seu profissionalismo é trazido à tona e dar-se ao direito de se sentir magoado e atribuir-lhe a culpa, é o cúmulo do desrespeito silencioso! Afinal, para um ser humano deste naipe você deve silenciar frente a qualquer abuso, do contrário, o prezar finda. Lamento muito, não por ter perdido um cliente que passou a se tornar inconveniente, mas sinto muito, isto sim, por perceber uma pessoa não tem a capacidade de colocar-se no lugar da outra e ver que a reação dela corresponde a uma ação sua! Tenho outros clientes cativos que são tão educados, gentis e cavalheiros que me pagam o horário até quando precisam adiar ou desmarcar! Isso é educação, é colocar-se no lugar do outro, mais, isso é respeitar o outro como ser humano e como profissional. Coisas que machistas sem empatia que acham que a mulher que dele recebe deve passar a mão por cima de seus lapsos não entendem, pois creem que o mundo gira ao seu redor. Notava isso em tal cliente, vez que ele saia do banheiro molhando o apartamento todo. Alguém extremamente neandertal que acha que a cortesã, por estar recebendo, deveria silenciar acerca de mais um ato abusivo. Como abuso, entendam desrespeito. Se faz isso em casa e a esposa não reclama? Problema da esposa. Da coitada da esposa! Educação é algo que se verifica nos mínimos detalhes. E sim, este texto é uma direta para quem é chato, inconveniente e egoísta e não percebe.
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!