22 maio 2017

Lojas do amor Passage du Désir - «Não deixes as séries de televisão roubarem a tua relação»

Todos os estudos são unânimes: o número de relações sexuais no casamento está em queda livre.
Como podemos matar o amor?
Smartphones, tablets, redes sociais, qualquer desculpa é boa para deixarmos as nossas vidas serem invadidas pelas "batatas fritas de sofá", esparramados em pijama no sofá.



Postalinho de Itália 5

"Brasão pontifício, no Museu da Catedral de Anagni. Dizem que aquilo no meio são três montes (cômoros)..."
Paulo M.


«Tutorial sobre o que significa ser acompanhante de luxo» - Cláudia de Marchi

Meninas, em que pese este tutorial escrito seja direcionado a vocês profissionais ou que pretendem se tornar uma, eventualmente falarei dos clientes e seus "perfis". Bem, vamos lá, sem dó, sem piedade e sem mimimi!
1- Por que você se intitula “acompanhante de luxo”? Por que você é bonita? Por que é magrinha, definida, tudo no “lugar”? Por que você é sarada e tá na “moda” ser “bombada”? Bem, a beleza é interessante, porém não torna ninguém especial. Me responda às seguintes perguntas:
a) Você sabe diferenciar um vinho merlot de um carmenere, cabernet ou malbec?
b) Quantos livros você leu no último ano? Que não sejam esses do Nicholas Sparks, autoajuda ou romance espirita? Ah, e nem sobre dieta! Quantos?
c) Quais os filmes que você costuma assistir? Você sabe quem é Almodóvar? Martin Scorsese e Quentin Tarantino? Sabe quais as diferenças básicas entre eles e suas “obras”?
d) Você entende sobre queijos? Ou só conhece a mussarela e o “prato”?
e) Qual foi a última vez que você leu sobre história do Brasil? História da humanidade, evolução das mulheres, revoluções e afins?
f) Quando você leu uma obra relativamente séria sobre relações interpessoais humanas? (Autoajuda não, pulem!).
Responderam?
Conseguiram responder sem pensar “ai que chato isso”, “ai isso não tem utilidade alguma”, “ai eu sei falar inglês, isso vale!”.
Não, não vale. E sim, isso pode parecer chato, mas você não será jamais uma acompanhante de luxo se, após o sexo ou ao longo de uma noite você não tiver assunto de qualidade para “oferecer” ao seu cliente.
Sim, isso faz parte do “pacote”, sabem por quê?
Porque é o que distinguirá vocês de outra jovem que resolva sair dos bancos acadêmicos para as camas alheias e resolver ganhar dinheiro em troca de sexo!
Cultura meninas é o diferencial!
“Ah, mas eu faço Administração”, “Eu faço Direito, estou me formando”, “eu estou na metade do curso de Odonto!”. Posso dizer algo, bem sinceramente? Eu fui advogada por 11 anos, passei no meu primeiro exame da OAB (nada além do que a obrigação de qualquer bacharel), sou pós-graduada e lecionei para mais de 1000 alunos cerca de 10 disciplinas: fazer uma faculdade não é nada além da obrigação de vocês num País em que o acesso ao ensino superior foi facilitado nos últimos anos. Queridas, vocês e eu, inclusive, não estamos em 1990 quando fazer faculdade era típico da “elite”! O País mudou, não se “achem” boas ou especiais, porque estudam!

Aliás, cursar uma faculdade não significa ser culto. A cultura é toda espécie de conhecimento que amealhamos e que vai além do, simplesmente, “técnico” que é o que as academias universitárias ensinam.
Cultura é conhecer cinema, boa música, bons filmes, bons autores, bons diretores, bons interpretes, bons artistas! Cultura não é o que a Rede Globo passa, cultura não é saber o superficial “ah, eu assisti Capitão América”. Cultura não é saber quantas séries de agachamento você deve fazer pra endurecer os glúteos ou qual a melhor dieta para o seu metabolismo.
Lamento querida, isso não é cultura e o seu “luxo” está deixando a desejar se você pensa que é, isso para não dizer que ele é inexistente.
“Eu sou bilíngue!”. Ótimo, essencial. Mas, você acha que vai atender quantos clientes internacionais por semana? Ou seja: saber falar outro idioma é um mero detalhe, o seu foco deve ser fidelizar clientes e, para tanto, terá que lhes encantar, não apenas pela bunda ou pelo peito grande.
É a realidade baby!
“Se ele não é fiel à esposa, não será a mim!”. Querida, o que faz um homem ser infiel ao casamento são razões diversas e extremamente diferentes das que lhe fará “gamar” em você.
Clientes de luxo, intelectual e financeiro, são seletivos, logo, se você for boa de cama, de papo, elegante poderá conquistar um cliente assíduo e divertir-se muito!
Respeite-o, porém! Pedir dinheiro e querer bancar a namorada é de péssimo nível. Receba o valor da sua hora pelo tempo que ficarem juntos. Somente isso. Presentes são da alçada voluntária dele, não sua! Abuso é coisa de mulher desclassificada e tola.
Nunca confunda fidelização de cliente com namoro e nunca, jamais, transe de graça só, porque você “gosta” do cliente. Este é o maior erro e muito, mas muito baixo nível! Quer se apaixonar, casar e ter filhos? Mude de profissão, não romantize o seu trabalho. Seja séria e profissional.
“Ah, mas o meu marido me incentiva a transar por dinheiro”, fofa, senta aqui, vamos conversar: seu marido é um tarado, abusivo e mal intencionado que quer lhe explorar. Se ele fosse rico o bastante para lhe dar uma vida boa, jamais aceitaria isso.
E você está casada com um traste deste, por quê!? Valorize-se querida, ou nem entre neste universo de acompanhantes de luxo. Ou entre, no das de baixo nível, que acham que tem classe.
2- Sobre sexo de qualidade e sutileza.
E então, queridinhas, firmes para seguir a leitura!? E, mais uma pergunta: você trabalha como acompanhante por que gosta de sexo ou do dinheiro?
Resposta correta, desde que sincera: “DE AMBOS”.
A mulher que faz só porque gosta do sexo fica longe de uma acompanhante de luxo: sai com qualquer um e não sabe cobrar. Torna-se vulgar.
A que gosta só do dinheiro se torna entediante, fria e chata.
Você cronometra seus encontros no relógio!? Ruim, péssimo.
Você cobra que o cliente goze para “acabar” logo o encontro? Péssimo, também.
Nesta vida, você terá clientes ruins de cama e outros ótimos, aprenda a fazer uma “compensação psicológica” com serenidade: os bons fazem valer a pena os ruins e o dinheiro dos ruins faz valer a pena a sua “ruindade”! Simples, muito simples.
Atenda seu cliente com entrega, tome um bom e relaxante banho antes de atendê-lo e durante o banho comece a preparar-se psicologicamente para o que virá, comece a se excitar e a imaginar o que de bom ocorrerá.
Seja atenciosa, simpática e gentil e, após, despeça-se e receba sem “pressioná-lo” a pagá-la. Desde o momento do encontro, tente dispersá-lo da ideia de que ele está pagando. Isso relaxa o homem e faz ele se sentir à vontade e, consequentemente, lhe achar uma profissional “diferenciada”.
“Ah, mas e se ele não me pagar”. Chore e esbraveje sozinha, à ele diga apenas para nunca mais procura-la, porém nunca cobre antes. Ou cobre, mas saiba que tal ato coloca o “luxo” em ultimo lugar: é papel de putinha barata e desesperada.
Sexo bom é feito com vontade: chupar com prazer, deixar meter com prazer. Xilocaína? Gel lubrificante? Coisas de quem não gosta mesmo de uma boa transa, lamento. A mulher que gosta mesmo aceita beijo na boca, toques, tem carinho pelo cliente e se não tem tesão por ele, tem por ela mesma e demonstra isso à ele.
Como essa esfera é muito intima e com o intuito de não ofender ninguém, terminarei por aqui, mas saliento que lhes digo o que digo com base em quem cobra caro e atende clientes cavalheiríssimos: 9 em 10 deles fazem sexo oral em mim e me masturbam. Digo o que digo, porque bloqueio na hora pretenso cliente punheteiro que me pede fotos (elas estão na internet!).
Lutem para aumentarem o “nível” cultural e intelectual de vocês sempre, mas tenham em mente o seguinte: existem caras abonados e que não tem classe. Não são “de luxo”, são machistas, misóginos e não sabem tratar uma mulher, normalmente estes são os chatos do “mimimi foto”, “mimimi quero ver a tua b****”. Clientes realmente de classe não pedem isso e sequer requerem fotos de extrema exposição de vocês na internet.
Fotos ginecológicas são extremamente mal vistas e incitam ao desrespeito. Sinto informa-las. E isso dá aos misóginos o direito de achar que podem “arromba-las” sem sequer seduzi-las com afetuosidade antes do encontro. Abram o olho meninas e mudem de atitude antes de sofrerem, ok!?
3- Não transpareça nas roupas e nos atos o que você faz na cama.
Ninguém precisa saber que você gosta de sexo. Que você faz sexo por dinheiro. Se você quer ser uma acompanhante de luxo, fuja de vestes vulgares e de estereótipos.
“Ah, mas a bailarina tal se veste desta forma e faz sucesso, cobra bastante!”, querida, ela é bailarina, não acompanhante de luxo. A fama dela vem de outra fonte “primária” e ela é vulgar, motivo pelo qual usa roupas vulgares! A verdade é essa. Você acha que esta criatura tem cultura? Ah não né!? Me poupem!
Compreenda: o luxo não está no corpo, nos músculos, na capa da revista de quinta, está na classe, na altivez, na cultura, no papo, na forma de andar, de bem tratar, no que sai da sua boca, na sua competência como acompanhante. E não apenas na transa.
Eu, pessoalmente e em primeiro lugar, porque acho o look marombado excessivamente feio e artificial, fujo dele. Por quê? Qualquer roupa menos discreta que você coloque chamará excessiva atenção. Este é o meu gosto, o meu “lado lésbico” acha bonito o corpo da atriz Flávia Alessandra, por exemplo: magra, firme e definida. O resto pra mim é tenebroso.
Se você gosta, porém, tente usar saias longas, vestidos longos, calças “flare”, enfim, roupas mais discretas.
Muitas moças tem o “puta” escrito na cara, roupas, cabelos, tudo muito exagerado. Não façam isso: “puta” é algo que deve se cercear às quatro paredes, fora delas você deve pecar apenas pela discrição, pela elegância!
Quer ser uma acompanhante de luxo e não acha que tenha bom gosto? Consulte uma estilista, leia sobre moda em revistas de alto padrão e, por favor, fuja do senso comum das redes de televisão. Ou, fuja de querer ser acompanhante de luxo, porque vulgaridade e este ofício, desempenhando com competência e com um bom “futuro” não combinam.
Gente, seguinte, eu me direciono às meninas que querem crescer na profissão e que não veem isso como mero “passatempo”, ok!? Faço presumindo profissionalismo!
Este foi o início meninas!
Nos próximos tutoriais falarei de forma mais humorada com vocês e darei dicas interessantes.
Farei a distinção entre acompanhante e cortesã de luxo de putas e por aí a fora!
Leiam o blog, se divirtam e aprendam um pouco mais também!
Beijos de luz!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Qual é o preço do amor?

Crica para veres toda a história
Portanto...


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21 maio 2017

«Yanka» - bagaço amarelo

A Yanka contou-me a vida dela enquanto bebia Guiness num bar irlandês em Sófia. Ë um dos bares mais conhecidos, mesmo no centro, mas ainda assim não sei o nome. Sei que, enquanto me contava tudo, eu ia bebendo cerveja em goles cada vez menos espaçados. Guiness também.
Mantive-me sempre em silêncio total. Não perguntei nada, não tossi e nem sequer a respirar fiz qualquer tipo de ruído. Fiquei a ver os riscos da espuma que iam ficando agarrados aos copos das minhas cervejas formando círculos que se assemelhavam a lama derretida. Ela não se chegou a aperceber disso, mas alguns desses riscos marcavam a mudança de episódios da sua vida.
Por algum motivo que não consigo explicar, desde o princípio que eu soube que toda a vida dela naquela noite equivaleria a quatro pints de cerveja negra e que a sua última frase coincidiria com o meu último gole. A voz dela desenhava-se no ar mesmo à minha frente, soltando um suave aroma de perfume de rosas em cada palavra, não porque ela cheirasse propriamente bem, mas sim porque eu estava apaixonado pela primeira vez desde a minha chegada à Bulgária. Estar com a Yanka em silêncio o dia todo tinha sido bom, mas ouvi-la era ainda melhor. A voz dela é o ponto-rebuçado da sua presença.
Nunca me sinto apaixonado quando não estou perto dela. Não sinto saudades nem vontade de lhe telefonar. Não a ressaco de forma nenhuma, mas assim que a tenho perto de mim não consigo afastar-me. A sua presença tem um enorme poder sedutor, muito provavelmente concentrado nos seus olhos. São pretos e são grandes. Aventurar-me neles dá-me medo. Posso perder-me para sempre. Daí preferir concentrar-me nos riscos de cerveja que decoravam os copos.
Há mulheres pelas quais um homem se apaixona uma vez e já está. Mesmo a distância nunca atenua essa paixão. No caso da Yanka, apaixono-me de novo cada vez que a vejo como se fosse sempre a primeira. Basta ela, por exemplo, ausentar-se de mim enquanto tomamos um café para ir falar ao telemóvel com alguma privacidade que, assim que regressa, tudo começa de novo. Apaixono-me.
Nessa noite ela nunca se ausentou, ou seja, quando a história da vida dela terminou a minha paixão por ela já ia em quarenta e seis minutos. Quase uma hora, portanto. Uma eternidade para uma paixão tão forte. Os nossos olhares encontraram-se mais ou menos a meio de nós e ela disse que quando voltou de Portugal o automóvel preto estava estacionado no mesmo sítio de sempre. Dei o último gole na minha quarta cerveja e ela sorriu.
Apeteceu-me beijá-la, mas não o fiz. Às vezes os beijos são apenas uma bomba. Explodem bem no centro de um Amor enorme e destroem-no para sempre. Acabam com tudo. Acho que ela percebeu a minha vontade e a minha hesitação. Sorriu, não sei se com alívio ou desilusão, mas sei que ela foi sincera quando me pediu desculpa por ter estado tanto tempo a falar dela mesma.
- Gostei muito de te ouvir! – respondi.
Era verdade, mas também era verdade que a história do automóvel preto tinha-me interessado ainda mais do que tudo o resto.
A Yanka foi a primeira amiga que fiz na Bulgária por uma razão muito simples: fala português perfeitamente. Quando eu, como um náufrago perdido num imenso mar de solidão, abri um perfil num site de engate na internet, ela foi a primeira a responder-me. Foi também a única, mas valeu a pena. Entretanto já me apaixonei por ela tantas vezes quantas as que estivemos juntos.
Encontrámo-nos no Borisova Gradina, um dos maiores jardins da cidade, num dia de Primavera. Reparei que ela tinha uma face bonita e que todos os sorrisos lhe morriam à nascença. Olhos pretos, capazes de entrar dentro dos meus e de me revistar como faz um polícia a um prisioneiro algemado. Veio até mim.
- Olá! És o português, não és?
E eu imediatamente a tentar libertar-me sem o conseguir.
- Sim...
Acabámos sentados num dos bancos verdes de madeira que pontilham o parque, a comer milho cozido comprado na entrada que dá para o edifício principal da Universidade de Sófia. A maior parte das pessoas passava à nossa frente sem sequer reparar na nossa presença, mas a certa altura pareceu-me que as árvores segredavam algo sobre o nosso encontro. Olhei para cima e vi que algumas folhas abanavam no que me parecia ser um movimento controlado e consciente. Tentei apurar os sentidos, mas ela interrompeu-me.
- É o vento... – disse.
No bar irlandês não havia vento, mas ainda assim eu olhava para as marcas de cerveja como se elas contivessem um segredo qualquer sobre nós, nem que fosse o pequeno pormenor de saberem que eu me apaixono por ela sempre que a vejo e que só por isso conseguia ouvir toda a sua história sem pestanejar.
Fiquei a saber que, depois da queda do regime comunista, a Bulgária passou alguns anos muito difíceis, principalmente já a meio da década de noventa. A inflação galopante percorreu o país e a fome entrou sem avisar nos lares búlgaros. Nessa altura Yanka era estudante universitária e tinha perdido o seu primeiro grande Amor logo a seguir à queda do muro de Berlim, na primeira vaga de emigração que o país sofreu e que acabou por atingir quatro milhões de pessoas. Lembra-se, por exemplo, de juntar todo o dinheiro como alguns dos seus colegas de quarto para poder comprar um pão negro que dividiam entre si. Às vezes era o único alimento que tinham durante vários dias.
Ainda assim, Yanka tinha casa. O direito à habitação do regime comunista transformara-se automaticamente em títulos de propriedade para os moradores. Apesar da fome, quase ninguém dormia ao relento e ela contou-me que se deitou muitas vezes no conforto da sua cama, sem comer, à espera que a fome adormecesse com ela. Chegou a sonhar que a sua casa era um enorme estômago esfomeado e ela um pequeno pedaço de pão à deriva lá dentro.
Foi num desses momentos que o som seco de três pancadas a acordou e a trouxe de volta ao mundo real. Alguém forçara a porta da entrada e invadira o seu apartamento. Ouvia os passos dos invasores, que seriam dois ou três, e gastou os últimos recursos energéticos para se manter alerta. Agarrou-se às barras metálicas da cama com a força com que um petroleiro se amarra ao cais e fechou-se num manto de silêncio. Um fio de saliva fria escorreu-lhe dos lábios quando eles entraram no quarto.
- Não me violaram! – disse olhando-me como se esperasse uma reacção de alívio.
Os quatro homens encostaram-lhe uma pistola à cabeça e deram-lhe dois dias para ela decidir vender-lhes a casa por tuta e meia. Era a máfia búlgara a fazer os seus primeiros negócios. No dia seguinte emigrou. O último vizinho que viu foi um homem do rés-do-chão que estacionava o carro preto sempre no mesmo sítio, debaixo duma árvore centenária da altura de quatro andares. Tinha acabado de o fazer e sorriu-lhe. Não podia imaginar que ela ia andar várias semanas à boleia até acabar em Portugal, numa pequena aldeia algarvia.
Quando voltou, muitos anos depois, ao chegar a casa viu exactamente o mesmo homem a estacionar o mesmo carro no mesmo sítio. Para ela, o mundo tinha mudado radicalmente, mas para aquele senhor a vida continuava como sempre, estacionando o carro exactamente no mesmo local.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho de Itália 4

"Conjunto monumental «Grupo de Polifemo» do Museu Arqueológico de Sperlonga."
Paulo M.




Postalinho em busca da esmeralda perdida


Partida!


Os amigos dela pediram-me que não lhe partisse o coração. Efetivamente, não lhe parti o coração. De resto, parti aquilo tudo.

Patife
@FF_Patife no Twitter

20 maio 2017

«Pau do bem» - Porta dos Fundos

"Não importa o tamanho da sinopse, mas a introdução que ela faz."

Torso


«Cinema no Teatro Avenida» - por Rui Felício

(onde também era feito o Sarau da Queima das Fitas)

Para a época, o Teatro Avenida, em Coimbra, era uma sala de espectáculos que enobrecia a cidade.
Nela assisti a inúmeros filmes e várias peças de teatro.
«Cinema Erótico»
Ensaio de Douglas Keesey/Paul Duncan, Colecção Outras Obras,
Editora Taschen, Köln, 2005
Colecção de arte erótica «a funda São»
Lamento que tenha desaparecido e sido transformado em centro comercial. Agora e sempre o mesquinho interesse económico a sobrepor-se à cultura.
Era uma sala espaçosa, com uma ampla Plateia encimada e coberta em parte por um varandim onde se desenvolvia o Balcão, frisas e camarotes, tudo sustentado por uma fiada semicircular de pequenos pilares..
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Vivia-se numa sociedade fechada, em que as autoridades impunham um puritanismo férreo, proibindo revistas mais ousadas e até cortando passagens de filmes que considerassem atentatórias dos bons costumes.
Naquela noite, corria o filme “A queda do Império Romano”, em que Sophia Loren era protagonista.
Na sala cheia, nem o mais leve zumbido se escutava, numa cena em que a artista conversava com Lívio e aparecia com um avantajado decote que deixava adivinhar os volumosos seios, cuja nudez integral a imaginação juvenil da maioria dos espectadores procurava desvendar.
Como pelo efeito de uma bomba, a paz sonhadora dos jovens foi quebrada pela voz tonitruante do Batarda que, instalado na primeira fila do Balcão, gritou cá para baixo:
- Aqui de cima vê-se tudo!

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Tá explicado…»



Um sábado qualquer...

19 maio 2017

Eva portuguesa - «Suíno»

Acho que já aqui disse isto, mas torno a repetir: para tentarem enganar alguém, têm que ser mais espertos que essa pessoa e não pensarem que são. Afinal, até para fazer merda é preciso ter alguns neurónios. E também não convém esquecer da lei do retorno: hoje brincas, amanhã és brinquedo nas mãos de alguém...
Eu tenho, sabe Deus porquê, alguns seres que, mesmo sem me conhecerem, me guardam um odiozinho de estimação. Bom, problema deles! O ódio, tal como o cancro, afecta quem o tem e vai alastrando e consumindo a pessoa por dentro. Ora eu, felizmente, sou bastante saudável. Porquê isto, se nem me conhecem?!... Bom, podemos recorrer a várias correntes psicológicas para o tentar explicar (eu especialmente sou fã de Freud, pois claro!), mas prefiro simplificar e dizer que é falta de uma boa foda. Afinal, gente bem amada não inferniza a vida alheia...
Um destes seres pequeninos - sim, até aí onde vocês estão a pensar eles devem ser de tamanho inferior, embora eu estivesse a falar num sentido mais abrangente - adora ligar-me a fazer marcações falsas. Como deixei de atender números privados, passou a ligar menos. Mas não desistiu! Devo ser o ponto alto da sua miserável existência. Obviamente, e porque ser-se burra ou ignorante não é condição para ser puta, passei a conhecer-lhe a voz. Situação de que lhe dei conhecimento aquando de mais um simpático telefonema. E então de que se lembra o porco? Disfarçar a voz quando me torna a ligar, tapando com um pano o bocal do telefone. E sempre a ligar de números diferentes, pois eu vou-lhos bloqueando. Bom, como para puta, puta e meia, respondi ao suíno da mesma maneira: apertei o nariz com os dedos para lhe responder. Desligou na hora! :-) :-) :-) Foi um fartote de rir! A minha amiga chorava de tanto rir. Disse que eu fiquei com voz de porco. Daí o título deste post. Porque a minha foi resposta à dele. Pessoal, a sério, há necessidade?!...
Beijos doces, quentes e picantes aos meus amores. E pronto, um para os ressabiados. :-)


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado