29 maio 2017
«Tutorial sobre sexo oral, sobre engolir a porra, sobre ser sincera com o parceiro e o que significa ser “gostosa” na cama» - Cláudia de Marchi
Outro dia eu escrevi aqui um tutorial ácido, franco e transparente sobre o que significa ser uma acompanhante de luxo e outro dando dicas sobre usufruir da delícia que é o sexo anal.
A verdade é que vivemos numa época em que palavras de significado profundo vêm sendo banalizadas. Por exemplo, incontáveis clientes me contatam nas redes sociais me chamando de “amor”. Gente! “Amor”?! Cara, “amor” é broxante. Amor você chama a sua esposa, aquela que você escolheu para viver uma vida, reproduzir a espécie e etc.. “Gata”, “gostosa”, você pode até me chamar, mas naquela hora insana do sexo selvagem.
Até lá é Cláudia ou Simone, você escolhe! E, olha que legal: tem até dois nomes para você optar! Mas, “amor” ou “meu amor”, jamé! Você nem me conhece, baby! Antes “minha puta” do que “meu amor”. A menos que você venha a me amar mesmo, então a questão será delicada e necessitaremos dialogar e tal.
Mas, enfim, o “luxo” como dito anteriormente no tutorial, tem muito que ser relativizado. Ser magrinha, ser durinha, ser firme, ter um sorriso perfeito, pele hidratada até sem maquiagem, tudo isso lhe faz bela e atraente, não necessariamente uma mulher de luxo.
Vocês já assistiram ao filme com a Audrey Hepburn chamado “Bonequinha de luxo” (e inglês “Breakfast at Tiffany's” baseado no livro do excêntrico Truman Capote)!? É uma comédia, mas entre interesseirismo e a lindeza da atriz a gente percebe o gosto apurado, o ser sexy sem ser vulgar, o ter charme sem apelar por parte da personagem pobre, com gostos caros.
Luxo é questão de atitudes e, sobretudo, de valorização de si, do seu trabalho e do seu profissionalismo. Luxo é questão de finesse, de classe e de distinção: “Aqui eu sou a Cláudia lady e intelectual, mas, ali, roupas jogadas ao chão, eu sou a Cláudia puta, devassa, cadela, ninfomaníaca e que não cansa de foder!”.
Quantos homens lhe ligam depois da meia noite? Não só pra você, acompanhante, mas pra você mocinha “de família”? No primeiro caso, aprenda a fugir de condutas abusivas: ensine a seu cliente que se ele quer um encontro, ligue com antecedência e marque. Respeite a beleza da sua pele e seu ânimo para uma boa foda. E este ânimo depende de você estar animada, relaxada e não com sono e de camisola em casa!
E você “novinha”, acha que o sujeito te convida pra andar de carro tarde da noite pra que? Pra ouvir “Jorge e Matheus” (hurg!) no carro? Não, pra te pegar de graça e espalhar pra metade da torcida do Flamengo que fez isso.
A sociedade é machista, o nosso dever como feministas é lutar contra isso, mas dançando conforme a música tocada pelos misóginos machistas a gente só esta dando apoio ao seu agir, sem nos impormos, sem requerermos o que é nosso por direito humano: o respeito, a consideração, a finesse e a classe! A VALORIZAÇÃO!
Valorize-se moça que trabalha como acompanhante, valorize-se mulher independente e ativa, valorize-se mãe de família, valorizem-se mulheres e não se calem frente a abusos desrespeitosos por menores que sejam.
Agora, vamos falar de um assunto bom pra caramba e que diferencia uma boa acompanhante ou uma mulher boa de cama das demais? O sexo! A tara. Dentre as inúmeras leituras que venho tentando achar tempo para dar continuidade a visão dos autores é uníssona no sentido de que por milênios nós mulheres tínhamos apenas a função de parir e cuidar da cria.
Nosso prazer era “acidental”, com muita sorte. A regra era a mera descarga de energia masculina. E, não se pode olvidar que o inconsciente coletivo assimilou muito esse fato. Várias mulheres fazem sexo “para não perder o marido”. Fazem sexo oral depois de tomar Dramin, porque “ui, que nojo, posso vomitar, preciso passar leite condensado nesse ‘negócio’”.
Gente, ter na sua boca o pênis do seu parceiro é um ato de poder! E não só dele. Você, se hetero for, pode se divertir admirando aquela bela e perfeita anatomia! Todos os pênis têm seus encantos, os pequenos, os médios, os circuncidados, os não, os grandes, os rosados, os brancos, os negros! Você precisa aprender que está frente a algo que lhe dá prazer e precisa descobrir a graça disso.
Chupar aos poucos, lamber, esfregar no seu rosto, abrir ao máximo sua boca e tentar até conseguir coloca-lo a sua garganta! Isso faz o homem se sentir poderoso? Foda-se, criatura! Na hora do sexo ativismo feminista fica em segundo plano. Ali há de haver troca de prazer, de fluidos, de saliva, se sujeiras, de secreções! Enquanto isso ele pode estar chupando sua buceta e seu ânus!
Em que pese eu prefira “um por vez” ao 69, porque quando gozo esqueço que estou com o pau do parceiro na minha boca!
Brinque com gosto com o pênis do seu parceiro. Experimente a indescritível sensação de receber a porra quente dentro da sua boca! Saboreie-a! Engula tudo, aos poucos você vai querer mais, porque isso irá lhe fazer se sentir empoderada! Acredite. Ou não. Mas vai e eu amo!
Minha primeira transa eu tive com 19 anos, estava no 4º semestre do curso de Direito e obviamente foi com um namorado de meses.
Aquela sensação de ter a porra dele nos meus seios, na minha boca, de o sentir esfregando o gozo dele nos meus mamilos me enlouquecia e quanto mais eu tinha sexo, mais eu aprendi a querer. CUSPIR FORA? Jamais! Jamais! Nunca cuspi porra fora!
A porra foi feita pra ser saboreada e engolida. O mesmo com o meu gozo quando meus parceiros se deleitam o engolindo! Sexo é despudor! Sexo é perda de limites. Sexo é mandar o pudicismo de nosso inconsciente coletivo às favas!
Vou colar abaixo, uma notícia cientifica sobre engolir o sêmen do parceiro vez que alguma ginecologista frigida resolveu escrever-me a respeito, como se eu não fosse três vezes por ano fazer exames de rotina e verificar hormônios coisas afins. Vejamos a parte da matéria que nos convém:
Eu, pessoalmente nunca tive herpes labial na vida e cuido da minha saúde bucal com excessiva paranoia. Jamais deixaria um cliente ejacular na minha boca se a mucosa estivesse ferida, porque eu prezo pela minha saúde e pela dos meus clientes.
Sobre sexo anal eu já lhes falei e a questão é sempre a mesma: NÃO BASTA SE DESPIR, MOSTRAR UM PEITO SILICONADO, UM CORPINHO MALHADO, É PRECISO SE DESPIR DE PUDORES, DE DECÊNCIAS INÚTEIS, DE NOJINHOS, de medo de dar pum, de sair um pouco de fezes na camisinha, da porra não ter gosto bom! Ela tem, ás vezes mais denso, às vezes menos, depende de quando o parceiro gozou pela ultima vez.
O segredo para ser uma mulher gostosa de verdade é GOSTAR DE SEXO, GOSTAR DE FAZER SEXO!
Atualmente, quando tenho qualquer cliente entre as minhas pernas eu penso: “Eu nasci pra isso, esse é o melhor trabalho do mundo!” Dou afeto, dou carinho, sou “toda ouvidos”, sou risos e sou o fogo em forma de mulher com os gentis cavalheiros que ACEITO receber no meu reduto ou ir até seu hotel ou motel.
Aprenda a se apaixonar por sexo, a pensar em sexo, a admirar o corpo nu de um homem, aprenda a fazer sexo para o seu próprio bem, para seu humor e pele brilharem, não apenas para contar “tabela”, não apenas para não “perder o parceiro”. Se você fizer só por isso, ele será infiel de qualquer forma.
O que sustenta o tesão do homem é o tesão da mulher nele. Afinal, quem não gosta de se sentir desejado? “Ah, mas ele não me cuida?!”, putz queridinha, isso é algo comum nessa coisa aí que a sociedade adora e que se chama “casamento”. Tente dialogar, tente ousar e dizer que você deseja o mesmo dele! O diálogo ainda resolve quase tudo nesta vida, ficar com cara de bunda, inventar TPM e dor de cabeça não resolve nada: reclame, reivindique o que deseja e se respeite, sem mimimi, aprenda a ser objetiva e não a tergiversar!
Do contrário, quem é você para dizer que uma acompanhante de luxo “não se dá ao respeito”?! Eu pessoalmente me dou tanto que pra usufruir da minha companhia o gostoso tem que pagar. Por quê? Porque eu me amo e, no momento, não amo homem algum. E, ainda se amasse: amores, amores, meu cachê é a parte.
Profissionalismo e senso "administrativo/negocial" é isso que falta em boa parte dessas “garotas” que existem por aí! Muita ambição, pouco gosto por sexo, e muita paixonite por cliente usurpador ou marido interesseiro, fetichista e sem vergonha na cara.
Bem, era isso por hoje!
Beijos de luz
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!
A verdade é que vivemos numa época em que palavras de significado profundo vêm sendo banalizadas. Por exemplo, incontáveis clientes me contatam nas redes sociais me chamando de “amor”. Gente! “Amor”?! Cara, “amor” é broxante. Amor você chama a sua esposa, aquela que você escolheu para viver uma vida, reproduzir a espécie e etc.. “Gata”, “gostosa”, você pode até me chamar, mas naquela hora insana do sexo selvagem.
Até lá é Cláudia ou Simone, você escolhe! E, olha que legal: tem até dois nomes para você optar! Mas, “amor” ou “meu amor”, jamé! Você nem me conhece, baby! Antes “minha puta” do que “meu amor”. A menos que você venha a me amar mesmo, então a questão será delicada e necessitaremos dialogar e tal.
Mas, enfim, o “luxo” como dito anteriormente no tutorial, tem muito que ser relativizado. Ser magrinha, ser durinha, ser firme, ter um sorriso perfeito, pele hidratada até sem maquiagem, tudo isso lhe faz bela e atraente, não necessariamente uma mulher de luxo.
Vocês já assistiram ao filme com a Audrey Hepburn chamado “Bonequinha de luxo” (e inglês “Breakfast at Tiffany's” baseado no livro do excêntrico Truman Capote)!? É uma comédia, mas entre interesseirismo e a lindeza da atriz a gente percebe o gosto apurado, o ser sexy sem ser vulgar, o ter charme sem apelar por parte da personagem pobre, com gostos caros.
Luxo é questão de atitudes e, sobretudo, de valorização de si, do seu trabalho e do seu profissionalismo. Luxo é questão de finesse, de classe e de distinção: “Aqui eu sou a Cláudia lady e intelectual, mas, ali, roupas jogadas ao chão, eu sou a Cláudia puta, devassa, cadela, ninfomaníaca e que não cansa de foder!”.
Quantos homens lhe ligam depois da meia noite? Não só pra você, acompanhante, mas pra você mocinha “de família”? No primeiro caso, aprenda a fugir de condutas abusivas: ensine a seu cliente que se ele quer um encontro, ligue com antecedência e marque. Respeite a beleza da sua pele e seu ânimo para uma boa foda. E este ânimo depende de você estar animada, relaxada e não com sono e de camisola em casa!
E você “novinha”, acha que o sujeito te convida pra andar de carro tarde da noite pra que? Pra ouvir “Jorge e Matheus” (hurg!) no carro? Não, pra te pegar de graça e espalhar pra metade da torcida do Flamengo que fez isso.
A sociedade é machista, o nosso dever como feministas é lutar contra isso, mas dançando conforme a música tocada pelos misóginos machistas a gente só esta dando apoio ao seu agir, sem nos impormos, sem requerermos o que é nosso por direito humano: o respeito, a consideração, a finesse e a classe! A VALORIZAÇÃO!
Valorize-se moça que trabalha como acompanhante, valorize-se mulher independente e ativa, valorize-se mãe de família, valorizem-se mulheres e não se calem frente a abusos desrespeitosos por menores que sejam.
Agora, vamos falar de um assunto bom pra caramba e que diferencia uma boa acompanhante ou uma mulher boa de cama das demais? O sexo! A tara. Dentre as inúmeras leituras que venho tentando achar tempo para dar continuidade a visão dos autores é uníssona no sentido de que por milênios nós mulheres tínhamos apenas a função de parir e cuidar da cria.
Nosso prazer era “acidental”, com muita sorte. A regra era a mera descarga de energia masculina. E, não se pode olvidar que o inconsciente coletivo assimilou muito esse fato. Várias mulheres fazem sexo “para não perder o marido”. Fazem sexo oral depois de tomar Dramin, porque “ui, que nojo, posso vomitar, preciso passar leite condensado nesse ‘negócio’”.
Gente, ter na sua boca o pênis do seu parceiro é um ato de poder! E não só dele. Você, se hetero for, pode se divertir admirando aquela bela e perfeita anatomia! Todos os pênis têm seus encantos, os pequenos, os médios, os circuncidados, os não, os grandes, os rosados, os brancos, os negros! Você precisa aprender que está frente a algo que lhe dá prazer e precisa descobrir a graça disso.
Chupar aos poucos, lamber, esfregar no seu rosto, abrir ao máximo sua boca e tentar até conseguir coloca-lo a sua garganta! Isso faz o homem se sentir poderoso? Foda-se, criatura! Na hora do sexo ativismo feminista fica em segundo plano. Ali há de haver troca de prazer, de fluidos, de saliva, se sujeiras, de secreções! Enquanto isso ele pode estar chupando sua buceta e seu ânus!
Em que pese eu prefira “um por vez” ao 69, porque quando gozo esqueço que estou com o pau do parceiro na minha boca!
Brinque com gosto com o pênis do seu parceiro. Experimente a indescritível sensação de receber a porra quente dentro da sua boca! Saboreie-a! Engula tudo, aos poucos você vai querer mais, porque isso irá lhe fazer se sentir empoderada! Acredite. Ou não. Mas vai e eu amo!
Minha primeira transa eu tive com 19 anos, estava no 4º semestre do curso de Direito e obviamente foi com um namorado de meses.
Aquela sensação de ter a porra dele nos meus seios, na minha boca, de o sentir esfregando o gozo dele nos meus mamilos me enlouquecia e quanto mais eu tinha sexo, mais eu aprendi a querer. CUSPIR FORA? Jamais! Jamais! Nunca cuspi porra fora!
A porra foi feita pra ser saboreada e engolida. O mesmo com o meu gozo quando meus parceiros se deleitam o engolindo! Sexo é despudor! Sexo é perda de limites. Sexo é mandar o pudicismo de nosso inconsciente coletivo às favas!
Vou colar abaixo, uma notícia cientifica sobre engolir o sêmen do parceiro vez que alguma ginecologista frigida resolveu escrever-me a respeito, como se eu não fosse três vezes por ano fazer exames de rotina e verificar hormônios coisas afins. Vejamos a parte da matéria que nos convém:
Eu, pessoalmente nunca tive herpes labial na vida e cuido da minha saúde bucal com excessiva paranoia. Jamais deixaria um cliente ejacular na minha boca se a mucosa estivesse ferida, porque eu prezo pela minha saúde e pela dos meus clientes.
Sobre sexo anal eu já lhes falei e a questão é sempre a mesma: NÃO BASTA SE DESPIR, MOSTRAR UM PEITO SILICONADO, UM CORPINHO MALHADO, É PRECISO SE DESPIR DE PUDORES, DE DECÊNCIAS INÚTEIS, DE NOJINHOS, de medo de dar pum, de sair um pouco de fezes na camisinha, da porra não ter gosto bom! Ela tem, ás vezes mais denso, às vezes menos, depende de quando o parceiro gozou pela ultima vez.
O segredo para ser uma mulher gostosa de verdade é GOSTAR DE SEXO, GOSTAR DE FAZER SEXO!
Atualmente, quando tenho qualquer cliente entre as minhas pernas eu penso: “Eu nasci pra isso, esse é o melhor trabalho do mundo!” Dou afeto, dou carinho, sou “toda ouvidos”, sou risos e sou o fogo em forma de mulher com os gentis cavalheiros que ACEITO receber no meu reduto ou ir até seu hotel ou motel.
Aprenda a se apaixonar por sexo, a pensar em sexo, a admirar o corpo nu de um homem, aprenda a fazer sexo para o seu próprio bem, para seu humor e pele brilharem, não apenas para contar “tabela”, não apenas para não “perder o parceiro”. Se você fizer só por isso, ele será infiel de qualquer forma.
O que sustenta o tesão do homem é o tesão da mulher nele. Afinal, quem não gosta de se sentir desejado? “Ah, mas ele não me cuida?!”, putz queridinha, isso é algo comum nessa coisa aí que a sociedade adora e que se chama “casamento”. Tente dialogar, tente ousar e dizer que você deseja o mesmo dele! O diálogo ainda resolve quase tudo nesta vida, ficar com cara de bunda, inventar TPM e dor de cabeça não resolve nada: reclame, reivindique o que deseja e se respeite, sem mimimi, aprenda a ser objetiva e não a tergiversar!
Do contrário, quem é você para dizer que uma acompanhante de luxo “não se dá ao respeito”?! Eu pessoalmente me dou tanto que pra usufruir da minha companhia o gostoso tem que pagar. Por quê? Porque eu me amo e, no momento, não amo homem algum. E, ainda se amasse: amores, amores, meu cachê é a parte.
Profissionalismo e senso "administrativo/negocial" é isso que falta em boa parte dessas “garotas” que existem por aí! Muita ambição, pouco gosto por sexo, e muita paixonite por cliente usurpador ou marido interesseiro, fetichista e sem vergonha na cara.
Bem, era isso por hoje!
Beijos de luz
28 maio 2017
«visita» - bagaço amarelo
A Li veio visitar-me. Sentou-se ao meu lado direito na mesa quadrada do café. Depois trocou de lugar para ficar à minha frente. Não o disse, mas eu sei que ela teve medo que ambos ficássemos hipnotizados pelo televisor que estava a olhar para nós. Sei-o porque me lembro do nosso último encontro, talvez há oito anos atrás, onde isso aconteceu e ela detestou. Fez questão de o dizer, pelo menos.
Parece-me mais bonita agora do que nessa altura, embora tenha perdido alguma jovialidade. O tempo desenhou-lhe frágeis rugas no olhar e nos lábios, talvez apenas para a lembrar de que vai passando, todos os dias de manhã quando ela se vê ao espelho. Além disso, ganhou doçura no olhar e o seu sorriso tornou-se sincero.
- Estás tão bonita!
E ela atira os olhos para o chão. Nesse aspecto não mudou nada, nem sequer na forma inclinada que dá ao pescoço quando quer esconder a face. Os cabelos longos parecem ganhar vida própria quando lhe pousam nos ombros e depois deslizam suavemente para a frente ou para trás.
- Foi nesta mesa que estivemos a última vez? - Pergunta.
- Não. Na altura este café estava diferente e as mesas eram outras...
- Ah! bem me queria parecer...
Na verdade não foi apenas o café que mudou desde esse dia. Fomos nós. Ela emigrou, apaixonou-se por um australiano, casou e teve filhos lá. Nunca mais veio a Portugal. Eu não emigrei, mas também me apaixonei por cá. As nossas vidas pareciam duas linhas que se separavam lentamente uma da outra com o tempo que passa, mas que de repente se desviaram e cruzaram novamente neste momento.
Vi a fotografia dela numa aplicação para conhecer pessoas e ela viu a minha. Trocámos duas ou três palavras e ela conduziu duzentos quilómetros para vir tomar café comigo. Entretanto, a empregada do café pousa duas cervejas e uma empalhada na mesa. Esqueço-me de tudo o que entretanto se passou e lembro-me apenas de uma simples semana da minha vida, aquela em que vivemos um Amor que parecia ser para sempre.
- Lembras-te de como acabaram as férias em que nos apaixonámos? - Pergunto.
- Claro. Connosco aqui a olhar para a televisão...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Parece-me mais bonita agora do que nessa altura, embora tenha perdido alguma jovialidade. O tempo desenhou-lhe frágeis rugas no olhar e nos lábios, talvez apenas para a lembrar de que vai passando, todos os dias de manhã quando ela se vê ao espelho. Além disso, ganhou doçura no olhar e o seu sorriso tornou-se sincero.
- Estás tão bonita!
E ela atira os olhos para o chão. Nesse aspecto não mudou nada, nem sequer na forma inclinada que dá ao pescoço quando quer esconder a face. Os cabelos longos parecem ganhar vida própria quando lhe pousam nos ombros e depois deslizam suavemente para a frente ou para trás.
- Foi nesta mesa que estivemos a última vez? - Pergunta.
- Não. Na altura este café estava diferente e as mesas eram outras...
- Ah! bem me queria parecer...
Na verdade não foi apenas o café que mudou desde esse dia. Fomos nós. Ela emigrou, apaixonou-se por um australiano, casou e teve filhos lá. Nunca mais veio a Portugal. Eu não emigrei, mas também me apaixonei por cá. As nossas vidas pareciam duas linhas que se separavam lentamente uma da outra com o tempo que passa, mas que de repente se desviaram e cruzaram novamente neste momento.
Vi a fotografia dela numa aplicação para conhecer pessoas e ela viu a minha. Trocámos duas ou três palavras e ela conduziu duzentos quilómetros para vir tomar café comigo. Entretanto, a empregada do café pousa duas cervejas e uma empalhada na mesa. Esqueço-me de tudo o que entretanto se passou e lembro-me apenas de uma simples semana da minha vida, aquela em que vivemos um Amor que parecia ser para sempre.
- Lembras-te de como acabaram as férias em que nos apaixonámos? - Pergunto.
- Claro. Connosco aqui a olhar para a televisão...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Postalinho de Itália 8
"O meu pedacinho favorito de Roma: a estátua de Bernini, «êxtase de Santa Teresa de Ávila», na Basílica de Santa Maria della Vittoria. No lado oposto a essa estátua, está outra idêntica, com o «sonho de São José», de Domenico Guidi."
Paulo M.
Paulo M.
Cuidado com a diabetes!
Esta gaja tinha uma pachacha tão doce que mais parecia ter sido extraída de uma plantação de cona-de-açúcar.
Patife
@FF_Patife no Twitter
27 maio 2017
«O mandador» - por Rui Felício
«Dançarina do ventre nua» Óleo sobre tela, 60x50cm, 2003 Colecção de arte erótica «a funda São» |
Na Arregaça, nos Olivais, no Calhabé, no Tovim, no Terreiro da Erva, na Alta...
No auge da festa, o Calmeirão empoleirado num palanque, de onde emergiam grinaldas de coloridas flores de papel, comandava a roda de pares que de mão dada circulava em torno da orquestra que tocava as marchas alusivas à época.
Era um homem corpulento, dono de um vozeirão que se sobrepunha aos instrumentos da orquestra e que ecoava pelas paredes do casario que envolvia o largo onde decorriam as fogueiras.
Mandava avançar, mandava inverter a marcha, rodopiar, mandava levantar os braços dos dançarinos, chegarem-se, afastarem-se, que lhe obedeciam com rigor.
- Todos para a direita, ao contrário palmas, chegadinhos, mulheres ao centro, tudo certo! - gritava ele a plenos pulmões.
Algumas frases da sua autoria incentivavam, aumentavam o calor dos corpos e dos corações.
Houve uma que ele cantava e que nunca esqueci:
- Nesta roda não há putas!... - cantava o Calmeirão martelando as silabas.
E os pares, ingénuos, embriagados pela alegria, respondiam em coro no mesmo tom:
- Há... Há... Há...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
26 maio 2017
Vem... sem pudor...
Foto by Shade |
Meu anjo... quero-te mais que nunca. Não te escondas. Vem para meus braços e deixarão de existir fronteiras!
Vamos ser mais que demónios... vamos ser uma mulher e um homem procurando o êxtase... o delírio... a loucura!
Vem para os meus braços... quero nossos corpos nus desvendando o que ainda há para desvendar!
Vem... sem pudor... porque nos espera o infinito!
A.Braga
Vamos ser mais que demónios... vamos ser uma mulher e um homem procurando o êxtase... o delírio... a loucura!
Vem para os meus braços... quero nossos corpos nus desvendando o que ainda há para desvendar!
Vem... sem pudor... porque nos espera o infinito!
A.Braga
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