01 março 2018
A tirania da erótica
Livro de João Trambelo para a editora Labirinto de Letras.
Um misto de romance e de ensaio, na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Um misto de romance e de ensaio, na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
28 fevereiro 2018
Um pedido teu
Dizem que os homens são visuais, pois não foste o primeiro a fechar os olhos e ver com a ponta dos dedos, que passou à mão...
Mão essa que mostrou brincadeira, abriu uma porta. A paz teria um preço? Seria mesmo espontâneo?
Quem consegue sentir algo por cima de um camisolão de malha bem quente? Tu, porque estavas de olhos fechados a sentir, como disseste.
Um boxeurs rendados atrás e de cetim à frente serão sempre mais sugestivos do que um óbvio fio dental... São ainda melhores depois de todas as etiquetas cortadas, aqueles ainda a tinham. Puxaste por ela e a renda lá se enfiou no local que irias conhecer mais tarde.
A falares ao telefone, passei-te a mão no peito, sim, eu estava de olhos abertos e a ver onde mexia, começaste a gaguejar, pus a mão dentro das calças sem tocar em lado algum, apenas pele e largas um "Já te ligo!"
Nada aconteceu e continuaste a sentir de olhos fechados, quando os nossos olhares chocaram ouvi: "Fode-me", pedi para repetires.
A voz que me dava paz, estava a pedir para foder. A pink é refilona mas também é bem mandada, assim o fiz, curiosamente fechavas os olhos para sentir melhor, eu não: quis ver o contorno dos teus ombros, quis passar a mão pelas tuas costas...
Agora, que praticaste o que conheceste em teoria, estou de alma lavada, como sempre entreguei-me de corpo e alma mas tu... já tinhas algo mais em mente, o que não esperavas era que eu fosse tão boa observadora e que ouvisse entrelinhas a tua relação com colegas, família e bem...
Fodi-te como pediste. Não te vão foder tão bem, tão cedo. Garanto.
Pink Poison
27 fevereiro 2018
«talvez o poema» - Susana Duarte
talvez o poema só nasça
depois de ter sido escrito na pele,
demorando-se sobre os cílios
e as curvas lentas dos braços
- depois de, neles, ter residido a aurora,
madrugada de sal.
se o poema nascer
depois de uma aurora de sal, talvez
saibas, então, da ausência
dos homens,
e das vidas esgotadas
das flores azuis
que enchem prados anónimos.
o poema poderá nascer das raízes
onde, ocultas, se entranham
as inverdades que, no íntimo,
repetimos aos olhos
e, depois, decalcamos nos poros
sedentos
de toda a pele,
onde queremos ver escritas
as palavras
húmidas e sedentas (talvez
as mais raras), da boca
onde, então, calamos
toda a angústia.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
depois de ter sido escrito na pele,
demorando-se sobre os cílios
e as curvas lentas dos braços
- depois de, neles, ter residido a aurora,
madrugada de sal.
se o poema nascer
depois de uma aurora de sal, talvez
saibas, então, da ausência
dos homens,
e das vidas esgotadas
das flores azuis
que enchem prados anónimos.
o poema poderá nascer das raízes
onde, ocultas, se entranham
as inverdades que, no íntimo,
repetimos aos olhos
e, depois, decalcamos nos poros
sedentos
de toda a pele,
onde queremos ver escritas
as palavras
húmidas e sedentas (talvez
as mais raras), da boca
onde, então, calamos
toda a angústia.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Classe de 69
Quero também deixar uma palavra de esperança aos gabirus do assédio: com elogios focados na competência e no desempenho profissional consegui obter resultados magníficos com colegas de trabalho. Sim, é possível.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
Duas panteras
Relógio de pulso, de quartzo, de Jean Bellve, com pantera e mulher de peito desnudado, no mostrador.
Veio de França para se juntar a muitos outros relógios na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Veio de França para se juntar a muitos outros relógios na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
26 fevereiro 2018
«Sobre 2016: o ano da minha revolução! (3)» - Cláudia de Marchi
(...) Logo, eu aprendi neste ano que falta muito para os homens e mulheres evoluírem e deixarem o egocentrismo de lado, que falta muito para haver sororidade entre as mulheres, aprendi que é fácil apedrejar a Geni enquanto segura a cria no braço direito, afinal em nome da "sociedade, família e bons costumes" você tinha que parir para ser adequada às exigências da hight society (que há anos esta cada vez mais down!) e formar uma hipócrita família feliz de foto no álbum de família e Instagram.
Ou seja, 2016 foi o ano em que vim sozinha com uma mala (com excesso de bagagem, claro) para a capital federal, aluguei um flat, provei a quem comigo conviveu que nem toda acompanhante é o estigma que delas se "tem". Vivi sozinha, amadureci sozinha e cresci, em todos os aspectos, sozinha!
E, hoje, com a minha seletividade, carta de clientes, alegria e paz de espírito eu só posso dizer: antes vender meu tempo por sexo e diálogos com verdadeiros lords, belos e em sua maioria mui joviais, do que vender minha existência a um casamento baseado na carência de ter alguém para chamar de "meu", ter uma vida infeliz e eterno medo da solidão!
Eu aprendi a ser uma mulher inteira, a não ter vergonha do que faço, pois não é desonesto, aliás, é mais honesto do que o proceder de muitos ex-colegas advogados ou professores. Eu aprendi que o empoderamento gera arremesso de pedras, mas também gera reação, luta e coragem. Eu aprendi a ter poder, ainda que tentem me diminuir. Eu aprendi a dizer "me deixa e não se apaixone por mim, não admiro homens infiéis" para muitos daqueles que me ofereceram viagens e sustento em troca de exclusividade.
Eu aprendi que não ser "exclusiva" não tem a ver com não ser leal, eu aprendi que sentimentos superam machismo e conceitos toscos de amor.
Eu aprendi a deixar entrar em mim quem eu quero e a colocar o meu coração, numa gaveta separada e distante, na qual só insiro quem for muito, muito especial!
Eu aprendi que a hipocrisia me causa mais ojeriza do que eu imaginava, pois já ouvi de várias pessoas que devo arranjar um "coroa" rico para me "sustentar". Logo eu pensava: será que as pessoas pensam que a mulher, como um objeto decorativo ao lado de um velho, é mais decente do que uma independente e empoderada acompanhante de luxo? Ou será que as pessoas me acham com cara de reumatismo? Eu gosto de sexo sem Viagra gente! Dispenso cidadão que precisa de remédio pra ficar excitado comigo! Aliás, basicamente eu nem tenho clientes velhos!
Enfim, é socialmente aceito ser interesseira, casar por dinheiro, chamar o velhote de "meu amor" e ser "sustentada" como se inválida ou acéfala fosse, mas fazer sexo por dinheiro não, é "absurdo", é "indecente"! A bonitona que casou com o velhote 30 anos mais velho é a madame "digna" de respeito, não a chamam de "puta" ainda que ela tenha vendido o corpo, as suas manhas e as suas noites e todas as horas de seu tempo a um homem, não raras vezes, sem virilidade, humor e beleza.
Realmente, a sociedade é uma piada! Demoniza o sexo e sacraliza a união por interesse, deturpa a apetência sexual correlacionando-a à imoralidade, enquanto bate palmas para a imoralidade de juras de amor com base na falsidade.
E, sobretudo, eu aprendi que a opinião de pessoa alguma me interessa, me avilta, me afeta, porque deste corpo, mente, saúde e alma eu sei cuidar, e o faço muito, muito, muito bem, obrigada!
2016 foi o ano em que eu nasci para a vida adulta e contente, para alegria de quem me ama e desprezo dos miseráveis que me odeiam!
Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!
Ou seja, 2016 foi o ano em que vim sozinha com uma mala (com excesso de bagagem, claro) para a capital federal, aluguei um flat, provei a quem comigo conviveu que nem toda acompanhante é o estigma que delas se "tem". Vivi sozinha, amadureci sozinha e cresci, em todos os aspectos, sozinha!
E, hoje, com a minha seletividade, carta de clientes, alegria e paz de espírito eu só posso dizer: antes vender meu tempo por sexo e diálogos com verdadeiros lords, belos e em sua maioria mui joviais, do que vender minha existência a um casamento baseado na carência de ter alguém para chamar de "meu", ter uma vida infeliz e eterno medo da solidão!
Eu aprendi a ser uma mulher inteira, a não ter vergonha do que faço, pois não é desonesto, aliás, é mais honesto do que o proceder de muitos ex-colegas advogados ou professores. Eu aprendi que o empoderamento gera arremesso de pedras, mas também gera reação, luta e coragem. Eu aprendi a ter poder, ainda que tentem me diminuir. Eu aprendi a dizer "me deixa e não se apaixone por mim, não admiro homens infiéis" para muitos daqueles que me ofereceram viagens e sustento em troca de exclusividade.
Eu aprendi que não ser "exclusiva" não tem a ver com não ser leal, eu aprendi que sentimentos superam machismo e conceitos toscos de amor.
Eu aprendi a deixar entrar em mim quem eu quero e a colocar o meu coração, numa gaveta separada e distante, na qual só insiro quem for muito, muito especial!
Eu aprendi que a hipocrisia me causa mais ojeriza do que eu imaginava, pois já ouvi de várias pessoas que devo arranjar um "coroa" rico para me "sustentar". Logo eu pensava: será que as pessoas pensam que a mulher, como um objeto decorativo ao lado de um velho, é mais decente do que uma independente e empoderada acompanhante de luxo? Ou será que as pessoas me acham com cara de reumatismo? Eu gosto de sexo sem Viagra gente! Dispenso cidadão que precisa de remédio pra ficar excitado comigo! Aliás, basicamente eu nem tenho clientes velhos!
Enfim, é socialmente aceito ser interesseira, casar por dinheiro, chamar o velhote de "meu amor" e ser "sustentada" como se inválida ou acéfala fosse, mas fazer sexo por dinheiro não, é "absurdo", é "indecente"! A bonitona que casou com o velhote 30 anos mais velho é a madame "digna" de respeito, não a chamam de "puta" ainda que ela tenha vendido o corpo, as suas manhas e as suas noites e todas as horas de seu tempo a um homem, não raras vezes, sem virilidade, humor e beleza.
Realmente, a sociedade é uma piada! Demoniza o sexo e sacraliza a união por interesse, deturpa a apetência sexual correlacionando-a à imoralidade, enquanto bate palmas para a imoralidade de juras de amor com base na falsidade.
E, sobretudo, eu aprendi que a opinião de pessoa alguma me interessa, me avilta, me afeta, porque deste corpo, mente, saúde e alma eu sei cuidar, e o faço muito, muito, muito bem, obrigada!
2016 foi o ano em que eu nasci para a vida adulta e contente, para alegria de quem me ama e desprezo dos miseráveis que me odeiam!
25 fevereiro 2018
«pensamentos catatónicos (347)» - bagaço amarelo
Hoje convidei-me para tomar um café, num sítio onde costumo ir e gosto muito. Aceitei, mas acabei por não me dizer nada do que tinha para me dizer. Na verdade, o facto de não estar disponível para me ouvir contribuiu um bocado. Aliás, das poucas coisas que me disse foi isso mesmo: "se vieste aqui para não ouvir, mais valia não teres vindo!". Mas não me liguei.
Sinto-me um bocado distante de mim mesmo, como se a minha relação comigo estivesse por um fio. Quando a comunicação termina é porque terminou tudo. Depois do café perguntei-me "já bebeste o café e posso ir embora?". Estava para não responder, mas acabei por concordar. Afinal de contas, não sou o único com quem isto me acontece.
Há uns tempos convidei a M. para um café e foi igual. Ela ficou o tempo todo em silêncio, a olhar para mim como se a sua presença fosse ao mesmo tempo um favor e um incómodo. Ia perguntar-lhe como anda, mas tive a sensação que não queria responder. Igualzinho a hoje, portanto.
Nunca me perguntei, nunca me respondi.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Subscrever:
Mensagens (Atom)