22 março 2018

«La Vie en Rose – Solteiro» - Adão Iturrusgarai


as prioridades do sr. Zuckerbook

Facebook investiga fuga maciça de dados... 
enquanto Zuckerberg andava entretido a censurar obras de arte
Raim on Facebook

O físico prodigioso

Uma edição mais "levezinha" desta obra-prima de Jorge de Sena, a juntar-se à edição de luxo, na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

21 março 2018

José Crispim - «Fado do broche»

Postalinho do Carvalho

"É bem verdade que um Carvalho nunca tem um par de bugalhos iguais!"
Paulo M.



Volta ao Olimpo

Há quanto tempo ouvias esta melodia a chamar-te do Monte Olimpo? Há quanto tempo divagas pelo espaço sem chegar a mim?

Tempo demais.

Saudades.

Sem parar.

Como podes estar tão longe de deuses que pretendem ser a imagem da perfeição e tu, perfeito nas tuas imperfeições, não estás aqui?

O meu palco, a minha paixão, ser tua e deixar de ser. Companhia que enche a alma, o coração e preenche lacunas. Saberás tu o que já foste e deixaste de ser? Saberás que eu sei disso? Volta a ti, aqui mesmo no meu palco, mostra que és o que queres: imbatível, sedento, sedoso numa pele que me ofusca, num toque que me deixa de olhos fechados. Volta!

Por mim, por ti, pelo desejo, pela ambição, pela tua fome, por mais uma gota de suor a meu lado.

PINK POISON

Contra todos os riscos


20 março 2018

«é de madrugada» - Susana Duarte

é de madrugada que se soltam aves:
as aves líquidas dos teus passos,
as aves todas das vozes
submersas,

e as noites onde não soam, claras,
as palavras. é de madrugada,
que se entoam melopeias
encantatórias,

saídas de vozes espectrais de mulheres
cujos seios incendiaram noites
seduzidas pelo olhar
dos dedos.

será madrugada, de novo, quando aves
soltas pelos dedos renovarem
voos e dispersarem anseios
pela madrugada.

procura os dedos que soltam as aves,
e as vozes fundas das luzes
bruxuleantes das mulheres,

e ouve o grito que nelas se encerra.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Masculinismo

A prova de que muitos/as entendem o feminismo como uma ameaça é a forma como tentam ridicularizar o conceito desacreditando quem o defende.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Adão e Eva com bom cabedal

Gravura feita por incisão em couro com a reprodução adaptada de uma parte dos frescos da Capela Sistina, com Adão mais… contente.
Um trabalho muito entesante... sim, sim, eu disse interessante na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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19 março 2018

«Propaganda de puteiro em carro de som»

Postalinho do comércio

"Gato feliz numa montra da baixinha de Coimbra"
Paulo M.


Mulheres de pêlo na venta

Esta manhã acordei com um espalhafato bairrista à minha porta. Ainda mal tinha iniciado o processo de apaziguamento do morning glory do meu pincel, que me obriga a fazer o pino todas as manhãs para conseguir acertar na sanita, quando ouço o bradar do meu nome, em exaltação total: “Anda cá, Patife! Abre a porta que temos de falar! Não julgues que te escapas assim. Eu não sou como as outras. Não aceito isto! Se não me queres mais, vais ter de me dizer isso nos olhos. Isso de pinar e zarpar é para as gajas da margem sul!”. Curiosamente nenhuma mulher da margem sul me fez um espetáculo de pé de chinelo destes à porta de casa. Mas pronto. Podia ser do fraco raciocínio matinal mas nunca percebi esta mania do dizer as coisas nos olhos. Achas que o discurso muda por ter a tua linda cara à minha frente, patetinha? Olha lá, não posso só assomar-me à janela e dizer-te para ires para casa, que não estou assim tão interessado? Eu acho que só tenho paciência para aturar estas coisas porque reconheço que quem leva com este portentoso bacamarte, secundado por um menear de ancas digno de ginasta olímpico, depois fica “ó-cio ó-cio que não consigo agora voltar para aquelas coisinhas murchas e enfadonhas”. Tento ser compreensivo porque lhes dei a conhecer um admirável fundo novo e depois têm medo de não encontrar uma pichota que lhes preencha o vazio criado pelo meu bordalo de proporções epopeicas. Daí a histeria que algumas não sabem gerir e eu tenho o cavalheirismo e acto cívico de a tentar aplacar. Por isso, mandei-a subir. Ouvia-lhe os passos a subir as escadas, trémulos, apesar de vir a treinar o discurso, que bem a ouvi entrementes. Uma vez cá em cima a ira parecia ter desaparecido. Quase que lhe encontrei um olhar terno. Mas eu cá sou sabido e sei que aquilo ainda lhe está ali à boca de cena a arder no peito. Como não queria prolongar o jogo, expliquei-lhe simplesmente que para o Patife uma vez é ocasional, duas é relacional. Ui. O que fui dizer. Aquela estouvada da crica, possessa da pachacha, pantufeira de bocarra brocheira, devassa de bardanasca lassa, ficou com os olhos raiados de sangue, vociferando que as coisas não são assim e que ela é diferente e que não permite coisas destas porque é uma mulher que se dá ao respeito e muito senhora de si. A forma como a aviei à canzana a noite passada perante uma chuva de impropérios sexuais tira-lhe alguma credibilidade. Depois acabei por finalmente conseguir abrir os olhos ainda meio-adormecidos e reparei no seu singular rosto sob a luz solar que entra alaranjada e morna pela minha sala adentro e se desmancha em cheio na sua face esquerda. E tudo se iluminou. Não me entres de manhã pela casa a dizer que és uma mulher cheia de pêlo na venta, quando na verdade o que tens é buço.

Patife
@FF_Patife no Twitter