19 dezembro 2018
DiciOrdinário - ainda estás a tempo de oferecer esta excelente prenda de Natal...
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Cavalheiro do pinanço
É como diz o provérbio: Rapariga nova é como o ananás. Em cima está verde, mas em baixo está capaz.
Com o idealismo próprio da casa dos vintes a pulular hormonas acima, haviam de ver a batalha que tive de enfrentar para sair daquele redemoinho de lençóis ainda mais aviltante do que na hora em que entrei. Os lençóis devem facilmente ter triplicado os borbotos com a intensidade do esfreganço e até a cor parecia mais enfadonha depois de ter sido exposta ao meu ritmo frenético de bombada. Se bem que aquilo já nem sequer era cor. Aquilo era o máximo que a cor pode fazer quando quer renunciar a ser cor. E eu, que só queria entra nos meus lençóis de cetim francês, perfumados e sem uma única ruga de tecido. Mas não. Insistia que tinha de dormir lá, "aninhadinhos", que lhe devia isso depois dela me ter dado a cona. Ela não disse bem assim, mas estão a ver a ideia. Já idealizava novas pinadas completamente abismada com a quantidade de orgasmos que tinha tido. Parece que há meses que só apanhava tipos que se vinham antes dela atingir o clímax e agora, de papo-cheio, fazia planos de futuro sem pedir licença. Toma lá que é para aprenderes. Mas convenhamos. É o apanágio de ser um cavalheiro do pinanço. Nunca atiro o meu foguete antes da fresta.
Patife
@FF_Patife no Twitter
18 dezembro 2018
«em cada...» - Susana Duarte
há mistérios no dorso
proeminente
das aves surdas,
e sacrilégios em cada plúmula.
das nuvens às árvores,
as aves perdem os dias
e os dias desencontram-se
das quimeras.
há, nas aves negras, as toadas
silenciadas pelo ritmo
das vozes.
em cada voz, um vôo perdido
em cada plúmula, um corpo
desencontrado de si
em cada ave, um amor suposto,
e em cada um, um futuro desaparecido
nas brumas
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
proeminente
das aves surdas,
e sacrilégios em cada plúmula.
das nuvens às árvores,
as aves perdem os dias
e os dias desencontram-se
das quimeras.
há, nas aves negras, as toadas
silenciadas pelo ritmo
das vozes.
em cada voz, um vôo perdido
em cada plúmula, um corpo
desencontrado de si
em cada ave, um amor suposto,
e em cada um, um futuro desaparecido
nas brumas
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Quem mais?!...
"As forças da natureza são sempre espectaculares de observar mesmo que para nós tenham efeitos devastadores"
ExRobot
Não se zanguem comigo, mas as primeiras que me vieram à ideia foram as mulheres.
#ShameOnMe
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
ExRobot
Não se zanguem comigo, mas as primeiras que me vieram à ideia foram as mulheres.
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Sharkinho
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A queima dos soutiens
Gravura em folha A3 com assinatura original do autor e reprodução em folha A4 da capa da revista «Inimigo Público» nº 39, suplemento do jornal «Público» aonde foi utilizada.
Junta-se a outros trabalhos de Nuno Saraiva, este grande artista e amigo na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
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17 dezembro 2018
16 dezembro 2018
15 dezembro 2018
«eras tu» - Susana Duarte
eras tu, a árvore da minha vontade
de voar para onde as aves
falam de naufrágios
e de arribas
escondidas
pela erosão fácil da alma.
perdi os dias a falar com as ondas,
e as noites à procura do ar
lento que as aves
soletram,
apátridas
como as almas que deambulam
ao largo, onde o sargaço se move
e a praia é um lugar longe.
longe de ti, longe de mim
e do mundo das pessoas,
procurei ainda a sombra
azul das águas
entristecidas
pelas marés estranhas do ser.
não soube ir além da foz e, todavia,
eis o sorriso fácil da árvore
da vida, nascido
dos teus olhos
e derramado
como luz sobre a maré
onde, outrora, me uni
às arribas fósseis da vontade
de navegar,
para, em ti, ser soluço,
voz de ave,
maré indissolúvel.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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de voar para onde as aves
falam de naufrágios
e de arribas
escondidas
pela erosão fácil da alma.
perdi os dias a falar com as ondas,
e as noites à procura do ar
lento que as aves
soletram,
apátridas
como as almas que deambulam
ao largo, onde o sargaço se move
e a praia é um lugar longe.
longe de ti, longe de mim
e do mundo das pessoas,
procurei ainda a sombra
azul das águas
entristecidas
pelas marés estranhas do ser.
não soube ir além da foz e, todavia,
eis o sorriso fácil da árvore
da vida, nascido
dos teus olhos
e derramado
como luz sobre a maré
onde, outrora, me uni
às arribas fósseis da vontade
de navegar,
para, em ti, ser soluço,
voz de ave,
maré indissolúvel.
Susana Duarte
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