14 agosto 2019
Havemos de fornicar juntos
Havemos de fornicar juntos.
Normalmente, toda a gente está demasiado preocupada em colocar a sua barra na "cliente seguinte", estão ansiosos, nervosos, têm medo que aquele que está à frente lhes leve os pares de mamas, têm medo de encontrar um vestígio daquele que foi primeiro. Enquanto não lhes arrancam as cuecas e espetam a sua estaca, não descansam. Depois, não descansam também, inventam outras maneiras de distrair-se com quem pode vir a seguir a eles. É por isso que poucos chegam a aperceber-se de que a verdadeira imagem do amor acontece num momento muito delicado, naqueles segundos em que um está a pôr a lentrisca em riste para fora e o outro se está a preparar para alojá-la na senisga.
As canções e os poemas ignoram isto. Elevam campos, abraços, o pôr do sol, falésias, jardins, estrelas no céu, a magia de ver os aviões, trastes de guitarras, mas esse momento específico, com ela de cuecas no meio das pernas a tremelicar, tal a sofreguidão de o meter, que antecede o momento de arrombar pela primeira vez a pachacha de uma mulher é ignorado ostensivamente por todos os cantores e poetas românticos do mundo. Bem sei que há a crueza das palmadas que se seguem, há o barulho infernal de quem está a levar uma bem dada, gemidos histéricos, ai-ai-ai Patife, que me arrebentas as bordas da chona, há o barulho dos meus taurinos tomates a embater nas nádegas, arranhões e apertos, todo um manancial de ordinarice que passa pela cabeça e que apetece fazer a seguir, a noção de que depois seremos dois estranhos que não voltarão a tocar-se. Mas tudo isso, à volta, num plano secundário, só deveria servir para elevar mais ainda a grandeza daquele momento.
É muito fácil confundir o banal com o precioso quando surgem simultâneos e quase sobrepostos. Essa é uma das mil razões que confirma a necessidade da experiência. Foder é muito diferente de ver foder. Pelos olhos passam-nos as fodas que escolhemos uma a uma e os instantes futuros que tememos que se sucedessem com essa escolha: quando a seguir ela estiver a tentar ligar sofregamente vezes sem conta, a perguntar por que não saímos novamente, a querer saber qual foi o problema-parecia-estar-tudo-bem, é que pinámos uma vez e agora parece que temos logo de tomar o pequeno-almoço, pôr roupa suja na máquina, lavar os dentes juntos, refletidos pelo mesmo espelho, em vez de estarem com a boca cheia da minha generosa meita, a comunicar por palavras de sílabas imperfeitas, como se tivessem ficado com uma deficiência na fala depois de ter o meu Pacheco na boca.
As canções e os poemas ignoram tanto acerca de pinar. Como se explica, por exemplo, que não falem da quantidade de quecas que devemos dar? Não há explicação. Amor também é pinar por aí afora, sem freios nem espartilhos sociais, é brincar com a arbitrariedade e aprender com as pinadas menos boas. Talvez seja uma queca épica, talvez seja uma desgraça, não importa. Mamas são mamas e não haverá televisão alguma que me distraia daquilo. Se me virarem o rabo também serve.
Havemos de fornicar juntos, esse era o nosso sonho. E quando era assim estava tudo bem. Há alguns anos, depois de perder um sonho assim, precisamente porque fornicámos, pensaria que me restava continuar a fornicar por aí. Agora, neste tempo, acredito que me resta fornicar ainda mais.
Patife
@FF_Patife no Twitter
13 agosto 2019
Mulher-tartaruga
Mulher deitada com carapaça de tartaruga, em porcelana não vidrada e com vestígios de pintura. Levantando a carapaça, vê-se o rabiosque.
Da mesma série da mulher-caracol (APS1660) para a sexão de Mecanismos e Segredos da minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook.
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12 agosto 2019
Postalinho do Caminho de Assis - 4
"Mais um postalinho. Este no Palácio dos cônsules em Gubbio.
São marcos decorativos que se vêm em fontes, por exemplo."
Lurdes e Antonino
São marcos decorativos que se vêm em fontes, por exemplo."
Lurdes e Antonino
11 agosto 2019
O fundo Baú - 28
O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
Em 20 de Abril de 2004, foram publicados os primeiros postalinhos, de muitas centenas que as visitas e os visitos do blog me têm enviado de todo o mundo.
Na Madeira há qualidade no atendimento ao turista.
Na Madeira não há complexos colonialistas.
10 agosto 2019
«Desafinações» - Fernando Gomes
Quando o violoncelo foi à viola, armou-se o baile. Em menos de um tempo, as coisas ficaram com fusas. A flauta levou na corneta, o trompete levou nos cornes, o oboé levou nas trompas, foram aos fagotes à tuba, o sax alto foi-se abaixo e o clarinete fez um cromatismo craniano. A batuta ainda tentou acertar o compasso, mas foi corrida a toque de caixa e gritos de filha da pauta. A marimba, como é seu timbre, não deu a mínima para o desconcerto final.
Fernando Gomes
Fernando Gomes
Emanuelle
Jogo de 1986 da Intercol com 54 cartas de transformação (os símbolos dos naipes integram-se no desenho erótico de cada carta) com arte de Patrick Cuenot.
Inclui instruções e uma carta especial ás de espadas.
Mais um jogo de cartas para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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09 agosto 2019
Sabes o que é "Bestial"?
O DiciOrdinário ilusTarado explica:
Bestial - expressão de regozijo de quem faz sexo com animais.
Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
Bestial - expressão de regozijo de quem faz sexo com animais.
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