20 setembro 2020

Postalinho molhadinho

"Dois repuxos no seu auge."
Irene Nunes


O fundo Baú - 87

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 28 de Agosto de 2004, publiquei uns excertos de um livro da minha colecção:

Leituras de verão - 4

(...) o sexo das mulheres é bem maior do que o dos homens e, nesse aspecto, representa o pleno e eles são o vazio.
(...) Nunca acabamos de pagar o preço deste seu amor. Esses conhecem o abismo irrecuperável do meio das pernas. É a caverna deles e todos desejam ser os quarenta ladrões num só.
(...) E quando olha diz que não somos nada quando comparadas a ele, que traz aquele dardo não excisado.
(...) é por isso que se amam entre eles, que possuem essa espécie de atracção irreprimível, pois assim se confortam e nisso podemos ver, de facto, uma espécie de fragilidade. Portanto, também podemos entender por que estão tão preocupados com eles próprios, por causa dessa fragilidade que espera ressuscitar o caos primevo, aquele de onde jorra a luz se tivermos a paciência de suportar a dor das trevas, que parece eterna.
(...) - Só os rapazes sabem chupar os homens? - murmurei, pois isso já o meu namorado me dissera.
(...) Portanto, eles, cuja virilidade imperativa é, por princípio, vitoriosa, sabem obscuramente que não podem satisfazer esta expectativa qualquer que seja o seu amor ou o seu ódio, tal como os seus sexos não podem preencher o sexo da mulher, feito para a dilação da criação.
Nenhum membro pode pretender alcançar o tamanho do filho que engendra.

Catherine Breillat
«Pornocracia»
Edição: Editorial Teorema

«Origem do Mundo» - Gustave Courbet

A terceira lei de Newton - Joyce Lee

A terceira lei de Newton, ou princípio da acção e reacção, diz que a força representa a interacção física entre dois corpos distintos ou partes distintas de um corpo.

19 setembro 2020

El sexo hoy

O sexo hoje. Número especial da revista espanhola El Jueves nº 2.240, de 29 de Abril de 2020. Dedicado ao sexo em tempo de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Oferta da Dunia Gasque para a minha colecção.


A colecção de arte erótica «a funda São»...

... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook. Podes também pesquisar por tópicos e palavras-chave todo o cadastro da colecção disponível online:

Em algum momento





Ricardo - Vida e obra de mim mesmo

18 setembro 2020

Postalinho a borrifar

"Impróprio para cardíacos. 
Beijos"
Sofia Coppula

Sabes o que é "Conão"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Conão - contracção de ‘que’ com ‘não’, como em "Foder é bom. Ai não, conão é" ou "ai, professora, conão sei".
Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
Na editora (Chiado) podes comprar em formato eBook (€ 3).

Publicidade enganosa

Crica para veres toda a história
Carnossauro

17 setembro 2020

Mulheres nuas abraçadas

Aguarela original assinada, proveniente da Alemanha, 42x30 cm.
Junta-se a muitos outros desenhos originais na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São»...

... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook. Podes também pesquisar por tópicos e palavras-chave todo o cadastro da colecção disponível online:

«A tórrida linguiça» - Bocage revelado pela Jacky

Jacky - Amorizade

16 setembro 2020

«Maiombe - o paraíso na terra» - Mário Lima

Em Cabinda, o 'Bar Girassol' era ponto de encontro de todos nós. Perto, o mar. A areia era 'negra' devido às fortes correntes marítimas vindas do sul que arrastam o aluvião da foz do Rio Zaire. Ao largo, as plataformas bombeavam o 'ouro negro' que saía das profundezas do oceano.

Nas noites quentes, casais por ali deambulavam à procura de um lugar mais escuro onde o clarão dos poços que iluminavam a noite não os denunciasse.

O calor da noite era propício ao calor dos corpos e, naquelas areias, muito amor se fez ao som das ondas que, mansamente, beijavam a areia com doçura.

Cabinda era uma cidade pequena mas muito arejada. Não faltavam lá recantos, onde a tropa se 'perdia' em noites de bebedeiras e prazer. Onde há tropa, há sempre um séquito de meretrizes que os acompanham, já no tempo do Império Romano assim era.

As noites quentes e húmidas, eram compensadas com o barulho das ventoinhas que traziam um pouco de fresco ao corpo que dormindo como tinha nascido, o suor escorria. De manhã acordava-se e não se sabia como, com o lençol até ao pescoço.

Depois do MVL (Movimento Viaturas Logístico) que fazia o abastecimento ao quartel, era o regresso à floresta do Maiombe.

A beleza luxuriante daquela floresta era de cortar a respiração. O seu despertar com a névoa subindo aos primeiros raios de sol, criava um misto de admiração e surpresa, como o cosmos tinha feito do 'Caos' o que de mais de belo o nosso planeta tem, as suas florestas. Ouviam-se os primeiros pássaros no despertar daquele imenso 'mar' vegetal.

No rio que percorria a aldeia, embora fossem as mulheres que mais ali trabalhavam nas pequenas roças que tinham, velhos pescadores tentavam pescar. Tudo era feito nas calmas, no silêncio dos dias, onde o astro-rei é que mandava no tempo.

A floresta era palco de muitos animais exóticos, o papagaio era rei e senhor dos ares.

As suas águas cristalinas, os recantos onde as belas cabindas se banhavam em cascatas com reflexos do sol, os seus risos cristalinos, o debruçar da vegetação sobre as suas margens, tornavam todo aquele cenário um local idílico, onde o rio, a floresta e as suas gentes, faziam daquele lugar o último paraíso da terra.

foto: quadro da pintora Josefa Moura intitulado 'Cabinda'

Mário Lima
Blog Sons no silêncio
Blog O sonhador