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O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São» |
Em 5 de Novembro de 2004, voltou a repetir-se um duelo de mestres:
Odes à Desgarrada
À Encandescente, com Mergulhador à vista:
Pele de pele
Lábios prementes
Língua que toca
E que sabe a mel
Arquejo de dentes
Mãos ofegantes
Mordentes
Trementes
E a perna lisura
Roçando a textura
Da púbis sedenta
Corpo ofertado
Um de cada lado
Este suspirado
Aquele na premência
Do abraço fundido
Quase violência
Quase sem sentido
E de consentido
A febre do orgasmo
Um grito
O espasmo
E depois o mar
A onda
O remanso
Esse cair de amar
E sentir de ti
A carícia
O descanso...
OrCa
Ao Orca:
Preparo-me para o combate
Anseio o embate
Não fujo da luta
Gosto do desafio
Pele com pele
Mãos no corpo
Corpo nas mãos
Carícias trocadas
Em jeito guerreiro
Cavalgando teu corpo
Valquíria me torno
Encandescente
Então, aticemos a imaginação dos nossos desbragados (sem bragas, entenda-se...) leitores:
À Encandescente:
Peça a peça me aproximo de ti toda
Tanjo a carne que me atiça de volúpia
E ao querer ser o senhor do teu desejo
Sofreguidão de nos querermos tão sem culpa
Dou por mim a apropriares-te do meu corpo
E eu do teu
Ambos sedentos
Os dois cúmplices
E assim
Nessa maré de sal de beijos
Se sou o mar onde se afoga o teu desejo
Tu és a areia que me envolve e que me enleia...
OrCa
À Encandescente e ao OrCa:
Se há padrinhos de casamento, porque não há-de haver madrinhas de queca?
Sou eu! Sou eu!
São Rosas