07 julho 2021

As lenkas... digo, lentes bifocais do Jorge Castro

Hoje [4 de Julho de 2021], enquanto não há mais desenvolvimentos sobre o atropelamento ministerial (ou não...) e com a angustiante falta de notícias que para aí vai, dei por mim a pensar nos mamilos da Lenka, salvo seja.

Enfim, tudo é válido para promover a nossa agitação neuronal. Parados é que eles não estão bem...

Mas, tal como se explodisse um caleidoscópio dentro do meu cérebro, ocorreram-me, intempestivas, imagens de culto  - que não de oculto - de tantos e tantos programas televisivos (e não só...) onde a mulher se nos apresenta como individualidade vistosa (que chamar-lhe objecto é muito redutor), como paradigma sexual, expondo algo muito seu (ou construído) mas para gáudio das multidões - onde acredito que as masculinas prevaleçam.... Com que frequência se engrandece uma boa voz previamente apresentada por umas pernas estéticas? 

Ocorreram-me, ainda, os palcos dos cantores pimba, com as suas flausinas, algumas balzaquianas, também, a abrilhantar com seus maneios despidos e sugestivos a escassez de inspiração dos artistas principais; ocorreram-me as mostras de automóveis, em que os topos de gama se acompanham de esbeltas beldades; ocorreram-me os festejos dos ciclistas vitoriosos, rodeados, no palanque da vitória, por jovens mulheres, muito beijoqueiras e escassamente vestidas. E que dizer das provas de fórmula um ou de motociclismo...?

Depois de me ocorrer isto tudo, confesso que não consigo perceber a polémica em volta dos mamilos da Lenka. Aquilo deve ser alguma fixação que ficou em alguém que não terá sido amamentado na tenra idade...     

Isto ele anda é mesmo muita hipocrisia por aí...

(E alerta-me alguém, aqui ao lado: «- Então e os gajos, senhores, não se descascam porquê? Haja igualdade e harmonia e, já agora, gozemos todos e todas, que sempre é mais democrático...». Na verdade, há argumentos inelutáveis.)

Jorge Castro 

Já vos disse que adoro publicidade?

A colecção de arte erótica «a funda São» integra um conjunto de pubiscidade (publicidade de cariz erótico) tanto em suporte físico como em suporte informático. Aqui, vou-te mostrando semanalmente alguns exemplos dessa «sexão».





Abat-jour em porcelana com litófanos

Abat-jour em porcelana que, iluminado pelo interior, revela imagens eróticas.
Uma maravilha dos jogos de luz na minha colecção.






04 julho 2021

O fundo Baú - 128

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»




Em 21 de Novembro de 2004, dois dias depois do 2º Encontra-a-Funda, em que reunimos num jantar 24 membros e membranas deste blog, o OrCa odeu a acta:

A Fun’Danço

No II Encontro d’A Funda São 
- Restaurante Simões dos Leitões, Mealhada, em 19 de Novembro de 2004 - 


Aqui estamos uma vez mais reunidos 
Alguns mecos que dão corpo ao manifesto 
Talvez poucos, porventura, mas unidos 
Que dos outros nem reza a História, de resto... 

Quantos somos e que ninguém se apoquente 
Que, afinal, nós seremos tantos quantos 
Os que formos a vogar nesta corrente 

Ao leitão, outra vez, à cabidela 
Ao vinho branco e fresco, e ao marisco 
E àqueles que não alcancem a gamela 
Mandaremos, por email, ar do petisco 

Esta é, companheiros, a Funda São 
E fundidos, refundados - porque não?... 
Nós cá estamos, p’lo Simões, no afundanço 

Celebremos, pois, amigos, a amizade 
Onde, por nosso grande mal, mas na verdade 

Vai de erguer, com fervor a nossa taça 
Ao deus Baco e também à deusa Vénus 
À Afrodite, a Marte e à populaça... 
Nem tem jeito que o brinde seja por menos

Pois se é certo que esta vida são dois dias 
E que até um se perdeu já neste enredo 
Deixemo-nos de merdas e agonias 
E bebamos desta vida sem ter medo

- Jorge Castro (OrCa) 

E já não basta ele oder-me, ainda me deixa toda molhadinha: 
"Quero deixar aqui testemunho da excelsa qualidade no acolhimento da nossa anfitriã: 
São, filha, o teu apuro técnico, a ternura do teu olhar, o séquito de que te rodeaste, anuncia a alvorada de um mundo novo! Raramente poderá alguém gabar-se de sentir assim o seu ego tão lambido... e falo, julgo eu, por todo o grupo. Seria essa a "órgia" de que falava o Jorge Costa? A verdade é que a humidade andava no ar. Mas ninguém conspurcou os cortinados! Na próxima, amiga, lá me tens, de corpo e alma, qu'isto o amor é o c'agarra..." - OrCa 

O prazer foi todo nosso... hmmm...

Cartas com gravuras eróticas só visíveis contra uma luz forte

É uma reprodução alemã relativamente recente de um baralho de cartas originalmente produzido na Holanda no século XVIII.
Junta-se a outros exemplares de cartas de jogar litófanos, na minha colecção.