10 outubro 2021

O fundo Baú - 140

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»







Em 18 de Dezembro de 2004, apresentámos...

O carro oficial da funda São


(estacionado pela Gotinha e pelo Tamtam)

Ode oficial do carro oficial da funda São:

"Ai que susto, uma bicha!..." 
Dirá uma bicha tonta 
Ao ver no retrovisor 
Uma racha de tal monta 

Mas de luzidio manto 
Na graça que o macho acha 

O que lhe dá mais encanto 
É no carocha a pachacha 

De resto que mais dizer 
Da curvatura à matrícula? 
Por tanto daqui me rir 
Até me dói a vesícula... 
OrCa 

Piropo oficial ao carro oficial da funda São: 

O meu carro pediu-me para eu lhe conceder 
o direito a uma participação de sinistro 
no seguro, assim só de vez em quando. 
Diz ele que anda doido por uma 
colisão frontal. Rapidinha... 
Sharkinho

Serge Reggiani & Loleh Bellon, Claude Roy - Amants, Heureux Amants...Les Plus Beaux Poèmes D´Amour Français

Poemas de amor franceses declamados por Serge Reggiani, Loleh Bellon e Claude Roy. LP, França, 1969.
Mais um disco em vinil na minha colecção. Este, de poesia.





08 outubro 2021

Sabes o que é estar "Deleitado"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Deleitado - sem esperma (ele) ou sem leite (ela); gajo com os tomates secos; forma subtil de dizer que um gajo já não consegue dar outra tão cedo.

Ainda tenho alguns exemplares disponíveis. 
Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

Francis Lai - Bilitis - Générique

Single, França, 1977.
Mais um disco em vinil na minha colecção.





05 outubro 2021

Luís Gaspar lê «Morangos» de Rui Pires Cabral


No começo do amor, quando as cidades
nos eram desconhecidas, de que nos serviria
a certeza da morte se podíamos correr
de ponta a ponta a veia eléctrica da noite
e acabar na praia a comer morangos
ao amanhecer? Diziam-nos que tínhamos

a vida inteira pela frente. Mas, amigos,
como pudemos pensar que seria assim
para sempre? Ou que a música e o desejo
nos conduziriam de estação em estação
até ao pleno futuro que julgávamos

merecer? Afinal, o futuro era isto.
Não estamos mais sábios, não temos
melhores razões. Na viagem necessária
para o escuro, o amor é um passageiro
ocasional e difícil. E a partir de certa altura
todas as cidades se parecem.

 Rui Pires Cabral 
António Manuel Pires Cabral nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, em 1941. Licenciou-se em Filologia Germânica. É conhecido sobretudo como ficcionista e poeta. Na área da ficção, publicou até ao momento oito livros de contos e seis romances. Tem textos traduzidos para alemão, castelhano, catalão, eslovaco, francês, húngaro, inglês e italiano.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa