23 dezembro 2021

Sabes o que é um(a) "Desempata-fodas"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Desempata-fodas – pessoa que facilita a outros um salto para a espinha.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

Cara de pila 2

Pequena estatueta em bronze. 
Peça igual à APS0518, na minha colecção.






22 dezembro 2021

Postalinho do presépio com dois... percebes?

"São Rosas
Já tenho este presépio há algum tempo, mas só hoje é que me apercebi de haver pequenos pormenores a «encabeçá-lo»... Santa inocência a minha!
É do filho da Júlia Ramalho, António Ramalho. 
Atendendo à época festiva, autorizo a publicação antes que se perca na minha chaminé."
Carlos Car(v)alho




Club 69 - Style

LP duplo, E.U.A., 1997.
Mais um disco em vinil para a minha colecção.






21 dezembro 2021

Luís Gaspar lê «Senhor, de que valeu o sacrifício?» de Álvaro Feijó


Quantos desejam, Senhor,
na calma de uns seios brandos
ter sonhos e ter amor…

Os que mendigam na vida
anseiam por ser meninos
e aninhar-se
— depois da faina de um dia, cansados já de ser homens —
junto dos seios de alguém.

Senhor! De que valeu o sacrifício,
se os seios não se abriram
nem se deram a ninguém!

Álvaro Feijó
Álvaro de Castro e Sousa Correia Feijó (Viana do Castelo, 5 de Julho de 1916 - Coimbra, 9 de Março de 1941) tendo falecido de cancro quando ainda não completara os vinte e cinco anos de idade. Fez os estudos secundários no colégio dos jesuítas de La Guardia, na vizinha Galiza, inscrevendo-se seguidamente na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Escaldada num fim de semana

Reprodução de desenho da série Quarentena em Risco, de Nuno Saraiva, feito ao longo da pandemia de COVID-19.
Um de oito desenhos (de muitos dessa série) que se juntam a outras pérolas do Mestre Nuno Saraiva na coleção.


20 dezembro 2021

O ciclo da vida

1 página

Fátima Murta & António Victorino D´Almeida - Afrodite (Antologia Sobre o Amor na Poesia Portuguesa)

"Disco falado". LP com declamação de poesias, Portugal, 1983. Inclui folheto com os poemas.
Lado A: Transforma-se o Amador Na Coisa Amada - Herberto Hélder; A Sombra do Amor (Excerto) - Teixeira de Pascoaes; Tu Que Renasces do Abandono Magia Verde - António Ramos Rosa; Amor - Irene Lisboa; Soneto de Amor - José Régio; Para Atravessar Contigo o Deserto do Mundo - Sophia De Mello Breyner Andresen; Povoamento - Ruy Belo; Segredo - Maria Teresa Horta; A Boca as Bocas - David Mourão-Ferreira; Canção - António Botto; 6º Motivo do Corpo - Natália Correia; Lado B: A Invenção Do Amor (Excerto) - Daniel Filipe; Como Eu Não Possuo - Mário De Sá Carneiro; Ambiciosa - Florbela Espanca; O Jovem Mágico - Mário Cesariny; Adeus - Eugénio de Andrade; Carta a Ângela - Carlos de Oliveira; Amo-te Muito, Meu Amor, e Tanto - Jorge de Sena; Poema - Fernando Pessoa
Mais um disco em vinil para a minha colecção.






18 dezembro 2021

«Fazer amor com controle» - Rui Felício


Vai para quinze anos fui parar ao Hospital de Santa Maria com uma tensão arterial altíssima. Estive umas horas no Banco de Urgências a fazer sucessivas medições da pressão arterial, ao mesmo tempo que os médicos de serviço me iam fazendo engolir comprimidos nem sei bem para quê.
 Lembro-me apenas de, a certa altura, também me terem dado uma injecção  com a finalidade de me obrigar a urinar. 
Explicaram-me que a expelição da urina pode facilitar a descida da pressão arterial. Não me doía nada, sentia-me relativamente bem, mas os valores das medições continuavam altos. A médica de serviço disse-me:- Não posso deixá-lo sair daqui com a tensão arterial tão elevada. Corre o risco de lhe dar alguma coisa já à saída do Hospital e voltar aqui com algum problema grave.
- Vai ter que ficar aqui em observação esta noite.
- Ok. Respondi eu. A Doutora é que manda.
Permaneci até às quatro da manhã no SO e depois mandaram-me para uma enfermaria com a tensão arterial já estabilizada.
No dia seguinte depois de almoço uma médica veio ter comigo à enfermaria, conversámos e ela disse-me que me ia dar alta acompanhado com uma receita de uma série de comprimidos para ir tomando.
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Daí a 15 dias voltei ao Hospital para uma consulta que tinha ficado marcada pela médica. Auscultou-me e disse-me que estava tudo normal e que me ia mandar fazer uns exames.
 Perguntei-lhe quais seriam as precauções que devia ter no que respeita à alimentação. Mandou-me reduzir ou mesmo eliminar o sal, as carnes com demasiadas gorduras, enfim essas coisas que todos já ouvimos falar...E, claro, que deixasse de fumar.
Não me falou numa coisa que me preocupava e que para mim não é menos importante que a alimentação e o tabaco
.
Perguntei-lhe: Doutora e sexo?
E ela, franzindo o sobrolho: Diga?!!!
Retorqui-lhe, explicando: 
Sexo, Doutora! Fazer amor! Na minha ignorância de medicina, parece-me que a tensão arterial pode descontrolar-se quando se faz amor. E queria que me dissesse que precauções devo tomar. Ela compreendeu e recomendou:
 Bom, são coisas naturais a que o organismo se adapta, não havendo razão para medidas especiais,  mas reconheço que nada custa prevenir  os riscos. 
 Recomendo-lhe que, nesses momentos, mantenha algum controle da tensão, evitando excessos e exageros.
Como sou obediente, desde então, tento fazer amor ( quando calha...) com o medidor de tensão apertado no meu braço e o tubo ligado a um monitor que comprei e mandei pendurar na parede do quarto, para onde olho de vez em quando, fazendo o que a médica mandou:
Controlando a tensão arterial que o monitor vai indicando...

Reedição de um conto Felício publicado aqui em 3 de Setembro de 2016

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido