01 setembro 2022

«Gel de higiene íntima feminina» - uma história da vida de um anónimo

"Fui dos primeiros gajos a lançar em Portugal um gel de higiene íntima feminina. 
Amiga... com o sucesso que tive, exponenciei virtudes inexploradas até então.
Vivia em Lisboa no hotel Sol Palmeiras, era director de vendas de uma multinacional inglesa, era casado e tinha marcado uma linda algarvia, também casada, que eu pressentia que me tinha marcado e que supervisionava a força de vendas da sua empresa de promotoras. Como estávamos a lançar um novo produto (o tal de higiene íntima) reunimos no meu gabinete para prepararmos acções promocionais nos clientes.
Lembro-me de estarmos frente a frente e eu literalmente salivar só de olhar-lhe os olhos e o rosto. Tinhas umas pernas que me tiravam do sério. Acabou a reunião e combinamos encontrar-nos dois dias depois num hotel em Évora com as promotoras para um briefing. É claro que nunca mais as minhas cabeças tiveram sossego, queria era que os dias passassem. Chegou finalmente o dia e lá fui eu assistir à reunião que acabou +- 20h30. Jantámos todos no hotel. Acabou talvez às 11h30, cada uma foi à sua vida e disse-lhe que ia beber um copo a qualquer sítio e se queria acompanhar-me. Eu não sou nada de copos nem de noitadas mas estava obcecado por aquela cara. "Ok", disse ela. Foi em Março e quem conhece a EN 18, que liga Évora a Beja, sabe que existem retas extensas pouco iluminadas (pelo menos na altura).
Entrámos no carro e +- 2 ou 3 km depois, numa dessas retas sem iluminação à entrada de uma pequena subida, parei o carro no meio da estrada e agarrei-me a ela. Estava cego, ela também, só bocas e mãos trabalhavam e o aroma do perfume do produto de higiene íntima, que lhe tinha oferecido na primeira reunião, entrou nos meus sentidos até hoje. A coisa ainda durou cerca de meia hora. Sim, sem um carro a passar, no meio da estrada, só com os médios ligados. 
Retornámos para o hotel e a festa durou a noite a noite inteira. Saí do quarto dela às 8h00 para tomar um duche no meu e às 9h30 estávamos todos/as a sair do hotel com o pequeno almoço tomado.
Andámos aí uns 3 meses. Fazia-me surpresas aparecendo no hotel sem contar. Na intimidade era um verdadeiro tratado. Nunca estive com uma senhora que estivesse à minha altura nas conversas de cama. Sim, porque eu faço a festa, atiro as canas e depois vou apanhá-las. Tivemos de fugir um do outro por razões óbvias.
Há dois anos vimo-nos em Armação de Pêra. Estava com a neta, acho eu. Ainda houve uma troca de olhares poderoso, daqueles que fazem lume.
Recordações.

...tinha 35 anos e uma tusa infindável!"
Anónimo

30 agosto 2022

"Weidmannsheil" (saudação de um caçador a outro pelo sucesso na caça)

Caneca em vidro alemã de cerveja com uma gravura na tampa em estanho: o cão de um caçador rompe as cuecas de uma mulher que leva um coelho nas mãos. BMF BIERSEIDEL.
Mais uma caneca alemã malandreca para a minha coleção.












28 agosto 2022

Par de caracóis excitados

Par de cerra-livros em bronze proveniente de França.
Estão a ser bem práticos a apoiar os livros da minha coleção.








Saul T. Peter - For Women Only

LP de jazz com letras eróticas, EUA, 1959. A capa tem uma etiqueta amovível a tapar parcialmente a cueca do homem.
Faixas: lado A - Oooo Have I Got Hot Nuts For You; He´s The Queen Of Fire Island; Limericks That Sing; The Horse With The Hansom Behind; How Do Worms Make Love?; Ants In Her Pants; Tessie The Teaser; lado B - Don´t Let Your Busines Fall Off; She Loves Her Peter; Limericks That Sing; A Rag A Bone And A Hunk Of Hair; The Girl On Father´s Chest; Get Your Mind Out Of The Gutter.
Mais um disco em vinil para a minha coleção.



27 agosto 2022

Luís Gaspar lê «Alentejano» de Florbela Espanca


Deu agora meio-dia; o sol é quente
Beijando a urze triste dos outeiros.
Nas ravinas do monte andam ceifeiros,
Na faina, alegres, desde o sol nascente.

Cantam as raparigas meigamente.
Brilham os olhos negros, feiticeiros. 
E há perfis delicados e trigueiros
Entre as altas espigas d’oiro ardente.

A terra prende aos dedos sensuais 
A cabeleira loira dos trigais
Sob a bênção dulcíssima dos céus.

Há gritos arrastados de cantigas…
E eu sou uma daquelas raparigas…
E tu passas e dizes: «Salve-os Deus!»

Florbela Espanca
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, é uma conhecida e popular poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotismo, feminilidade e panteísmo.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Nasty Rockabilly - Vol. 9 - 14 Explosive Hot Sizzlers From The 50´s

LP, compilação, Alemanha, 2006.
Mais um disco em vinil para a minha coleção.




26 agosto 2022

Sabes o que são "Escolhões"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Escolhões – os grandes escolhos da vida; obstáculos que estorvam.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

Mulher com segredo no... rabo

Mulher em porcelana que calça um sapato e que, na parte de trás do vestido, tem uma parte articulada que, levantando-a, mostra o rabo dela.
Mais uma peça da sexão de mecanismos e segredos da minha coleção.