14 outubro 2022

Sabes o que é "Esperma"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Esperma – retardar o orgasmo; _ aí: frase de alerta para ele aguentar mais um bocado.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

13 outubro 2022

«Escrever as palavras a foder» - Luísa Demétrio Raposo

"Gosto muito de escrever as palavras a foder porque além de políticas elas atordoam na descoberta afinal e deixam destelhada a miséria de quase todos os dentes e da caralhada.
Hoje em dia está muito em voga entre os verbos, encontra-se um por outro e até parecem estremecer quando se abre o livro porque assim deve ser e porque convém à boa digestão das livreiras. Das profundezas inumeráveis um pipi não se pretende rebelde, é mais pelo prestável, já uma cona ou um caralho falam muito e muito alto fodem muito e não usam guarda lamas e comem tudo e o sem fundo e com os dedos e nos dedos criam tudo o que arrancam ao que fazem um ao outro dentro um do outro ao fundo.
Um pipi dá beijinho. Um pipi escreve apenas a palavra com quatro letras, foda sim, meu dono.
Em boa verdade, um texto meu não é nem nunca será lugar para nenhum.  Estou só e só o meu nome está cheio de fogo e de queimas que a carne devora, da força incontrolável e a esfola, como é a monta de qualquer um dos meus textos.
Um pipi é um petisco ou um puto se à mulher delicia e até à boca se for múltiplo entre o que apeteça."

ldr

Luísa Demétrio Raposo

Mangualho

Mangual (ou malho, para malhar cereais) do Penedono, com formato fálico.
Mangual - utensílio composto de duas peças de madeira ligadas por uma correia, uma delas comprida e delgada (mangueira), que serve de cabo, e a outra mais curta e grossa (pírtigo), com que se malham cereais e legumes, na eira; malho. Oferta de Antonino e Lurdes Silva para a coleção.





11 outubro 2022

Luís Gaspar lê «Carro para Campolide. Dia sexual», poema de José Gomes Ferreira


Uma mulher de carne azul, semeadora de
luzes e de transes, atravessou o vidro
e veio, voadora
sentar-se ao meu colo
na nudez reclinada
dum desdém de espelhos.

(Mas que bom! Ninguém suspeita
que levo uma mulher nua nos joelhos.)

José Gomes Ferreira
José Gomes Ferreira (Porto, 9 de Junho de 1900 - Lisboa, 8 de Fevereiro de 1985) foi um escritor e poeta português. Estudou nos liceus de Camões e de Gil Vicente onde teve o primeiro contacto com a poesia. Colaborou com Fernando Pessoa, ainda muito jovem. Está em todos os grandes momentos "democráticos e antifascistas" e colabora com outros poetas neo-realistas num álbum de canções revolucionárias compostas por Fernando Lopes Graça, com a sua canção "Não fiques para trás, ó companheiro".

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Especial sexo en verano

Número especial da revista El Jueves, nº 2.356, 2022, 92 páginas.
Doação de Dunia Campos Perez para a coleção.















09 outubro 2022

What does baby want?

Tupera Tupera (design de Meagan Bennett), Phaidon, London, 1ª edição, 2017.
Livro para bebés sobre a amamentação. 
Veio para a «sexão» do que não era suposto ser erótico, da minha coleção.








07 outubro 2022

Sabes o que é um "Espetáculo"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Espetáculo – aquele que espeta cus (do castelhano, hombre); enrabador (ver rabejador, que é a mesma coisa mas ao contrário).

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A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

06 outubro 2022

Luís Gaspar lê «Invisível a meus olhos» poema de Al-Mu Tamid


Invisível a meus olhos,
Trago-te sempre no coração
Te envio um adeus feito paixão
E lágrimas de pena com insónia.
Inventaste como possuir-me
E eu, o indomável, que submisso vou
ficando! Meu desejo é estar contigo sempre
Oxalá se realize tal desejo!
Assegura-me que o juramento que nos une
Nunca a distância o fará quebrar.
Doce é o nome que é o teu
E aqui fica escrito no poema: Itimad.

Al-Mu Tamid
Beja, Silves, Sevilha e Agmat (Marrocos), este o percurso de um príncipe que viveu no século XI e foi senhor de um dos mais brilhantes reinos muçulmanos da Península. Chamava-se Al-Mu'Tamid Ibn Abbad, era poeta e deixou alguns dos mais belos versos da Literatura árabe. Al-Mu'Tamid nasceu em Beja, foi governador de Silves, cujo castelo tomou em nome do pai, o rei da taifa de Sevilha, a quem mais tarde sucedeu no trono. Ibn Abbad foi o último rei da taifa de Sevilha. Os tempos eram de confronto entre os muçulmanos do sul e os cristãos do norte e a poderosa Sevilha situava-se entre duas sociedades guerreiras. Nesta guerra perdeu-se Al-Mu'Tamid, que morreu exilado em Marrocos.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

05 outubro 2022

Postalinho por ti, mão...

"Bom dia, São Rosas
Não será novidade mas na dúvida... aqui vai uma "Banhista" na visão do artista sérvio Vesna Pantelic em Porti_salvo seja_mão."
Carlos Car(v)alho