01 novembro 2022

Luís Gaspar lê «Tanto tempo sem nós», poema de Samuel Costa Velho


Deu tempo para lembrar tudo
enquanto o meu corpo embatia no chão.

Desde o primeiro olhar fresco que trocámos
até à ausência mútua,
revivi e desvivi, nesse instante.
Com os ossos a desistirem de resistir ao encontro
[com o chão suave que me abraçava
[e a dor/prazer/tu a começar a sentir-se.
Morri aos pedaços quando a queda acabou, quando
[todo eu me apaguei contra o teu peito.
[Deu tempo para um pensamento.

O amor ou a tua mão, pergunto-me com qual
[me abandonaste primeiro.

Samuel Costa Velho
Samuel Costa Velho nasceu em Lisboa, em 1984. Sempre viveu uma dualidade entre o rural, por influência familiar, e o urbano, por obrigações habitacionais. Durante anos oscilou entre esses dois espaços, chegando a viver no Minho. Também por aí se possa justificar a escolha do seu curso superior, Antropologia, uma tentativa de aprofundar o conhecimento do outro.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Piscar de olhos

Lote de 6 estatuetas eróticas em plástico, com olhos que abrem e fecham quando se inclina cada peça.
Um conjunto muito curioso na minha coleção.








30 outubro 2022

Mulher floreira

Pequena estatueta em porcelana de mulher com orifícios no peito (para flores?) e a mostrar o rabo.
Mais uma peça decorativa na minha coleção.




29 outubro 2022

Até fica sem ar...


Postalinho de Coimbra sobre o Mondego - 3

 "O Parque Manuel Braga (Parque da Cidade), em Coimbra, teve obras de restauro dos muros sobre o rio Mondego. Algumas das pedras desse muro foram recuperadas e exibem figuras e textos gravados, em alguns casos, há muitas décadas. Nesta série de postalinhos, mostro uma seleção de marotices da terra dos doutores."

Paulo M.



28 outubro 2022

Sabes o que é uma "Espetativa"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Espetativa - esperança de ter sexo fundada em promessas ou probabilidades.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

26 outubro 2022

Postalinho de Coimbra sobre o Mondego - 2

 "O Parque Manuel Braga (Parque da Cidade), em Coimbra, teve obras de restauro dos muros sobre o rio Mondego. Algumas das pedras desse muro foram recuperadas e exibem figuras e textos gravados, em alguns casos, há muitas décadas. Nesta série de postalinhos, mostro uma seleção de marotices da terra dos doutores."

Paulo M.



25 outubro 2022

Luís Gaspar lê «A frouxidão no amor é uma ofensa», poema de Bocage


A frouxidão no amor é uma ofensa,
Ofensa que se eleva a grau supremo;
Paixão requer paixão, fervor e extremo;
Com extremo e fervor se recompensa.

Vê qual sou, vê qual és, vê que diferença!
Eu descoro, eu praguejo, eu ardo, eu gemo;
Eu choro, eu desespero, eu clamo, eu tremo;
Em sombras a razão se me condensa.

Tu só tens gratidão, só tens brandura,
E antes que um coração pouco amoroso
Quisera ver-te uma alma ingrata e dura.

Talvez me enfadaria aspecto iroso,
Mas de teu peito a lânguida ternura
Tem-me cativo e não me faz ditoso.

em “Citações e Pensamentos de Bocage”

Bocage
Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de Setembro de 1765 – Lisboa, 21 de Dezembro de 1805) foi um poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Kama Sutra em contraluz

Jenni Bolton - Kamasutra Collection. Robe pijama em algodão branco que, à contraluz, revela desenhos de casais asiáticos em várias posições sexuais.
Mais uma maravilhosa peça de lingerie na minha coleção.