05 dezembro 2022

«Cotão» - Tó Barbo

Poema lido no
21º Encontra-a-Funda
Cotão lindo cotão belo
Tu és o maior flagelo
Que existe na habitação
E nunca se forma no gelo
Do olhar e da ambição.

Cotão firme como aquele
Que imaginamos na pele
Despida de preconceitos
É por ter a idade dele
Que é gáudio de insatisfeitos.

Cotão perto da ambição
Quer no sofá quer no chão
Mas nunca na cristaleira
Nasce da imaginação
Da fantasia brejeira.

Cotão solto esfiapado
Aparece em qualquer lado
Onde se movem tecidos
Porque é um inerte alado
Como o olhar dos convencidos.

Cotão cheio de corante
Num rodopiar constante
Da leve brisa que faz
É um cotão bamboleante
Em cada passo que dás.

Cotão feito a primor
É obstinação e é dor
Pra qualquer ser indiferente
Que acarreta um fulgor
Dentro do querer que se sente.

Tó Barbo

04 dezembro 2022

03 dezembro 2022

Postalinho de Coimbra sobre o Mondego - 10

 "O Parque Manuel Braga (Parque da Cidade), em Coimbra, teve obras de restauro dos muros sobre o rio Mondego. Algumas das pedras desse muro foram recuperadas e exibem figuras e textos gravados, em alguns casos, há muitas décadas. Nesta série de postalinhos, mostro uma seleção de marotices da terra dos doutores."

Paulo M.



02 dezembro 2022

Sabes o que é um "Eumachismo"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Eumachismo – recurso estilístico equivalente ao eufemismo mas dito por um gajo.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

29 novembro 2022

Mulher numa chávena

Chávena grande em barro vermelho vidrado com um desenho de um mulher nua no interior.
Mais uma peça de loiça com pintura original na minha coleção.






28 novembro 2022

Luís Gaspar lê «Morna», poema de Daniel Filipe


É já saudade a vela, além.
Serena, a música esvoaça
na tarde calma, plúmbea, baça,
onde a tristeza se contém.

os pares deslizam embrulhados
de sonhos em dobras inefáveis.

(Ó deuses lúbricos, ousáveis
erguer, então, na tarde morta
a eterna ronda de pecados
que ia bater de porta em porta.)

E ao ritmo túmido do canto
na solidão rubra da messe,
deixo correr o sal e o pranto
– subtil e magoado encanto
que o rosto núbil me envelhece.

Daniel Filipe
Poeta e jornalista cabo-verdiano, Daniel Damásio Ascensão Filipe nasceu em 1925, na Ilha da Boavista, em Cabo Verde e morreu em 1964, em Lisboa. Na poesia destacou-se pela combatividade revolucionária, aliada a uma fina sensibilidade lírica que o levou à prisão e tortura no regime salazarista.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

26 novembro 2022

Postalinho de Coimbra sobre o Mondego - 9

 "O Parque Manuel Braga (Parque da Cidade), em Coimbra, teve obras de restauro dos muros sobre o rio Mondego. Algumas das pedras desse muro foram recuperadas e exibem figuras e textos gravados, em alguns casos, há muitas décadas. Nesta série de postalinhos, mostro uma seleção de marotices da terra dos doutores."

Paulo M.



25 novembro 2022

Sabes o que é "Estimular"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Estimular – excitar uma mula.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

24 novembro 2022