10 maio 2024
09 maio 2024
Chucha La Loca - Caperuchuchita Roja
Cassete áudio de comédia erótica. Espanha, anos 70.
Lado A: La Verdadera Historia De Caperuchuchita La Roja. Lado B: Recogiendo Chavos; Los Recien Casados
Mais uma cassete áudio na minha coleção.
08 maio 2024
07 maio 2024
Franco Nebbia - L´Amore È Una Cosa Pericolosa (Love Is A Dangerous Thing)
LP com capa especial desdobrável em quatro, Itália, 1973.
Lado A - L´Aritmetica Del Sesso; Ballata Per Un Maniaco Sessuale; Un Uomo Solo; Una Famiglia Rispettata; Dietro La Facciata. Lado B - L´Amica Degli Animali; La Canzone Di "O"; Canzone Verde; Donna Di Letto; La Rogne De Campagne; Hai Trasferito I Capitali In Svizzera.
06 maio 2024
05 maio 2024
«A paixão do verso» - António F. de Pina
A palavra marca encontro urgente
Com a paixão do verso que há em mim
Letra a letra sílaba a sílaba
Num jardim de Outono de folhas secas
Sempre atenta aos devaneios do caminho.
O Sol no alto descreve uma curva generosa
No sentido literário do teu corpo
Na penumbra mais intrínseca da carícia.
As brisas são condescendentes e mornas
E inventam danças com aromas que despontam
No percurso percorrido em cada verso...
Entre os reflexos dourados que libertas
No eclipse do sol que há teu rosto.
À hora exacta no silêncio da tarde
O pensamento fervilha de emoção
E o olhar desprende-se da névoa solitária
Que os pássaros arduamente constroem
Pousando-a delicadamente nos lábios
Que trazes brilhantes e entreabertos.
Talvez queiras dizer algo e eu não oiço
Porque a minha atenção prende-se a tudo
O que a paixão abraça impaciente
Num bailado de palavras impossíveis.
Não sei se é beijo ou cansaço esta dormência
Esta candura suave da polpa dos dedos
Este deslizar macio na textura do papel
Esta ânsia louca de ensaiar segredos
Este som presente ímpar e consequente
Esta sofreguidão orgástica e lesta
Que me leva a ti na aragem solta que corre
No âmago do verso se o contentamento impera
Neste poema nado que não solto o choro
Pelos poros abertos escarpados e em brasa
Que tudo têm de mim menos palavras
Menos sorrisos com sentidos abstractos
Só um olhar ansioso e inexplicável
Sobre a planura da ternura inexpugnável.
Sinto o som destemido do mar ao longe
Em ecos de profunda sensualidade
Rouco buliçoso entre entre espuma e salpicos
E sonoros gritos de aves planadoras.
Sinto a força animal da onda crescente
Na inquietação da palavra polinizada
Com os aromas coloridos das pétalas
Que viçosas se vão desprendendo de ti.
... Mas talvez o mar me ajude a prolongar
A intermitente erecção da tinta escura
Na planície alva e pudica do papel.
«Na tarde liquefeita dos teus olhos», 2023
© todos os direitos reservados
04 maio 2024
Pedrinho, esse desconhecido... - Número 3
Revista que andou por aí em vários números nos anos 70 ("distribuição em Portugal: Agência Internacional"). Eram aventuras de um bebé que tinha a característica de não haver fralda que lhe servisse, para gáudio das amas e das amigas que tomavam conta dele.
Mais uma revista de BD, neste caso muito difícil de encontrar, na minha coleção.03 maio 2024
02 maio 2024
F. García Lorca, Arnoldo Foà - Poesie D´Amore
EP de poesia, 33 RPM, Itália, 1958.
Mais um disco de vinil na minha coleção.01 maio 2024
30 abril 2024
Casais sintonizados
Placa asiática de 45x21 cm em madeira escavada com vários casais em posições sexuais.
Mais uma peça de artesanato erótico na minha coleção.29 abril 2024
Postalinho da Eslováquia
"Olá, São Rosas
Envio-te este postalinho de um autocarro em Bratislava.
Faz tu a legenda..."
Livino Pontes
Há por aí muita malta que gostaria de apanhar este...
28 abril 2024
«Solstício» - António F. de Pina
Surgiste envolta em bruma e brisas abertas
Quando a clara manhã já estava anunciada
Mas não rasgava o ventre do amanhecer.
Trazias os olhos raiados de sol e demoras
A notar pelo brilho lento que irradiavam.
Nos teus delicados dedos trazias a urgência
Porque o dia ainda começara
E já dos teus cabelos pendiam certezas
Douradas e longas que me envolveram
Num bailado suave e belo como um beijo
Como um pássaro pequeno em doce canto.
E porque intensos eram todos os abraços
Corremos os reposteiros da manhã
Alheados da tarde e de tudo o que é finito.
Repousámos submissos de imensidão
Nos tecidos paralelos e desalinhados
Do tempo. O tempo nem sempre é grave
Porque as flores que em ti plantei floresceram
E deram frutos que amaduraram no Verão
Pois o Sol aí é infinito e quente
E as sombras verticais nunca esmorecem.
Não fosse o solstício e o dia se manteria igual.
Mas foi assim que de repente tudo entardeceu.
«Na tarde liquefeita dos teus olhos», 2023
© todos os direitos reservados
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