04 junho 2024

Sexo de Verão

"Sexo de Verano". Número especial da revista El Jueves nº 2390, de Agosto de 2023, com vários artigos sobre sexo.
Mais uma revista de humor na minha coleção.














03 junho 2024

Postalinho? Ora, São!

"Olá, São Rosas
No Diário de Aveiro de 20 de Maio, publicitaram a oferta de serviços no domínio da consolação dos aflitos..."
Lourenço Moura



02 junho 2024

Notícias falsas



HenriCartoon

Tabelas de preços - mais um contributo

Publicação de 2010 eliminada pelo Blogger em 28/3/2023 sem qualquer justificação mas que, por ser de interesse sociológico divulgar e não ter nenhum conteúdo ilegal em Portugal, volto a publicar.


Sou mesmo uma mulher de sorte. Já tinha um ponto G e agora tenho um ponto M, que me enviou esta informação:

"Vi o seu site A Funda São e o pedido de contribuições para uma tabela de preços.

Como sou pessoa experiente nesse campo, vou deixar aqui algumas informações:

- putas de rua: cobram 10 a 20 euros, dependendo do prato. Tanto as há a cobrar 10 por broche e 15 por sexo vaginal, como umas que cobram de 15 para cima. Depende da qualidade;

- putas de pensão e massagistas baratas: cobram a partir de 20 euros, geralmente 25 euros. Algumas podem cobrar trinta, mas é a despachar. São sobretudo massagistas portuguesas ou sul-americanas. As brasileiras são mais boas [Nota da São - não necessariamente melhores] e cobram mais;

- massagistas: cobram a partir de 40 euros e os preços sobem por aí acima consoante a cena. A dois, a três, com ou sem sexo anal, etc. Geralmente as massagistas cobram 50 euros mas, como há crise, algumas desceram para 40, se for rapidinha;

- escorts: de 150 euros para cima; são putas de luxo, modelos, acompanhantes, e o preço depende da duração. 150-200 euros por uma hora, mas o fim de semana pode chegar a 1000 euros ou mais!

Sexo a três, depende da casa aceitar. Geralmente, com dois clientes, cobram o mesmo preço a cada um. Se o cliente quiser duas meninas, nuns sítios paga o preço de cada para se vir uma vez, noutros o preço inclui duas ejaculações, e fazem desconto se só ejacular numa delas.

Espero que ajude."

A cultura é uma coisa muito linda!

01 junho 2024

Pedrinho, esse desconhecido... - Número 10

Revista que andou por aí em vários números nos anos 70 ("distribuição em Portugal: Agência Internacional"). Eram aventuras de um bebé que tinha a característica de não haver fralda que lhe servisse, para gáudio das amas e das amigas que tomavam conta dele.
Mais uma revista de BD, neste caso muito difícil de encontrar, na minha coleção.









30 maio 2024

Os conflitos sexuais da mulher

Estudo da Doutora Hélène Michel-Wolfromm.
Coleção O homem, esse desconhecido, Editorial Inova, Porto, 1975, 512 páginas.
Mais um estudo sobre sexualidade e erotismo na minha coleção.






27 maio 2024

26 maio 2024

«O capítulo geral dos Franciscanos» - José Anselmo Correia Henriques

Tinha a Fama veloz passado os mares,
Levando a nova a diferentes Lares,
Que morto fora em tantos de tal ano
O Venerável Chefe Franciscano.
Chama-se a votos toda a Fradaria,
Para aclamar em plena Confraria
Um digno sucessor viripotente,
Capaz de governar fradesca gente.
Em Toledo, em Capítulo chamados,
São os robustos frades deputados;
O Capítulo enfim já começava,
Quando vermelho Frade assim falava:
 
«Vós, dignos pedestais da Fradaria,
Que fazeis dominar a Momeria,
Que tendes por herdade, e sois os donos
Do direito feudal dos Cus e Conos;
Vós, que vindes aqui ao Candidato
Com as vãs pretensões de ser Prelado,
Não vos fieis debalde nos talentos,
Que isso seria dar razões aos ventos.
Quem quiser aspirar a ser Prelado
Não deve por talentos ser julgado.
Seja ele embora da mais sábia raça,
Por São Francisco mesmo não há graça
Se não apresentar grande Caralho
Perde agora o seu tempo e o seu trabalho.
Quem melhor o tiver será Prelado
E seja este da escolha o ponto dado.
Dêmos, pois, a nós outros novo lustre
Escolhendo o Caralho mais ilustre.
Preparai-vos, ó Padres, neste instante,
A mostrar-nos o cetro fornicante.
Dos Marsapos brutais a reverência;
Vejamos quem terá a pr’eminência.»
 
Então mostrando o seu lhes diz choroso:
 
«Vede o sinal funesto, mas famoso;
Ainda que cortada meia pica
P’ra ser Geral, ah, vede o que me fica!
Ela é boa, meus Padres, segundo acho,
Seu aspeto bisonho é bem de macho.»
 
De zelo transportado, um Frade santo
Chega pertinho a ver prodígio tanto.
Depois de examinado o tal corisco,
Duas vezes jurou por São Francisco
Frei Tapa-Cu que o Velho mal julgava,
Com um ar de desprezo assim falava:
 
«Eu juro pela braga Franciscana
Que o velho Santarrão aqui se engana.
Frei Tassalho, segundo o rito usado,
Não tem Porra capaz de ser Prelado.»
 
Com a dextra a sotaina levantando,
Na esquerda a Porra enorme sopesando,
Bem digna de fazer, em todo o estado,
Feliz quem possuísse um tal bocado,
Grosso e vermelho, duro qual o corno:
 
«Eis», diz ele, «um Caralho feito ao torno;
Não aquele que mostra o frei Tassalho.
Bem pode sem bazófia meu Caralho
Doze vezes fazer o Cono em borra,
Sem que nas seis se desencaixe a Porra.»
 
A Fradaria riu-se do argumento,
Quais palavras que leva o rijo vento;
O Frade desespera da risada
E bate com tal força uma pancada
Com a ponta da Porra no sobrado,
Que o Concílio ficou todo assombrado.
 
«Admiram-te a Porra altipotente»,
Diz o Frei Tapa-Cu, o Presidente:
«Susta um pouco esse nobre entusiasmo,
Qu’essa Porra brutal nos faz um pasmo.
Um Caralho tão grande e tão grosseiro
Qual raio faz tremer todo o Mosteiro.
A sua vez será de ser medido
E se for o maior será pref’rido.
Padre Examinador, comece a roda.
Com ordem seguirá a chusma toda.
Sejam todos medidos na grandeza,
Na forma, na figura e na beleza,
Não escapando nada no tal Nabo
Que não seja anotado até ao rabo.
Que cada qual enfim mostre o que pode,
E o prémio seja dado a quem mais fode.»
 
Findou o tal exame de pancada,
Ficando a resol’ção ‘inda empatada
Frei Fura-Cono e Frei Escalda-Rabo
Dividem entre si o maior Nabo.
Na Porra igual valor mostram os Frades,
Nos Colhões mesma força e qualidades.
 
«Fica o caso em Concílio reservado
A qual dos dois s’elegerá Prelado.
Para tirar os Frades da incerteza,
Exp’rimente cada um sua presteza.
Tragam aqui Rapaz e Rapariga,
Para em tudo cumprir a regra antiga.
Veja-se qual dos dois destes Marsapos
Porá o Cono e Cu em mil farrapos.
Qual dos dois na fodenga é mais mestraço
Ou na frase fradesca, mais Cachaço.»
 
Findou enfim a regular Visita.
Eis vem Rapaz, e Moça bem bonita,
Bela qual fresca rosa em primavera,
Onde Amor com prazer ali impera.
Os Frades só de vê-la se arreitaram,
Os Marsapos as bragas arrombaram.
Dá sinal o Geral a Fura-Cono,
Que salta sobre a Moça como um mono.
Foi dito e feito em cima de um estrado,
Que fora para o efeito preparado.
A burrical linguiça lhe pespega,
Obtendo à força quanto Amor lhe nega
Na vítima que jaz ali prostrada,
Pronta a sofrer a horrenda Caralhada.
E qual o Vencedor que a palma ganha
Em langonha e prazer a Porra banha.
Doze fodas lhe dá o Frade logo,
Sem que uma só vez errasse fogo.
O Caralho sacando do Besbelho,
Mostra a Moça loiríssimo Pentelho,
Nevadas Bimbas, que o Coninho esconde,
Crica beiçuda que o pudor confonde.
O Caralho do Frade, erguendo a testa,
Pede nova fodenga e nova festa.
Com luxúria escumando livremente
Entra no Cono estreito de repente.
Mostra em segundo ataque o tal Fradinho
Que Marsapo arreitado abre caminho.
Não podendo passar além do rabo,
O Cono borra com licor do Nabo.
Tem Fura-Cono, ilustre Candidado,
Todos os votos para ser Prelado.
 
Segue de Tapa-Cu a sua vez,
Qu’em uma só pancada fode dez.
Com três golpes de cu mostrou o Frade
Do São Francisco a rara qualidade.
Ficou a Moça desmaiada em pranto,
Que tal pode da Porra o furor tanto!
Trocam-se em ais os choros da Donzela,
Qu’o foder eletriza a Moça bela.
O Frade fodilhão, qual trovoada,
Dos diques genitais abre a enxurrada.
Avante, sem parar, no Como ardente,
Doze vezes soltou a grossa enchente.
Findadas, doze, cuida a Fradaria
Que a proeza do Frade acabaria.
Eis que, voltando da Moçoila a facha,
Vermelha Porra pelo Cu lhe encaixa.
Duas fodas lhe dá quando, acabando,
O Caralho do Cu saca pingando.
Em seu favor os votos tem o Frade
Da potente fodaz Comunidade.
 
Eis quando se lhe opõe o Frei Tassalho,
Com dentes no saial, mão no Caralho.
E com voz de trovão assim falava
Ao Concílio fodaz, que já votava:
 
«Para a escolha em questão eu tenho parte,
E a pretendo impugnar, juro por Marte!
Não é tão graúdo, Padres, meu Caralho,
Mas para fornicar, eis Frei Tassalho.
A prova é esta: dou-lhes sota e ás,
Começando a foder este rapaz.»
 
Do noviço as calcetas abaixando,
Vai o Cu do rapaz patenteando
E, sem cuspir em cima, encaixa a Porra;
No rego culatral dá suja borra.
As mãos bate a sórdida Quadrilha,
Cuidando ser milagre, ou maravilha.
O Frade, sem perder razão ou tino,
Fura sem dó o vaso masculino,
Dizendo foderá ali um ano
Sem que jamais do Cu tirasse o cano.
Fodeu o Santarrão no tal traseiro
Por seu próprio gosto um dia inteiro.
 
Os votos recolheu o Presidente.
Foi Frei Tassalho eleito plenamente
Quando um Frade taful, barrando a estrada,
Saída nega a toda a canalhada,
Dizendo que nenhum Geral seria
Sem primeiro mostrar que foderia
Quarenta vezes, tanto em Cu e Cono,
Em honra do convento e do Patrono.
Protestando apelar deste Concílio
Por um erro maior que o do sigílio:
 
«Pretendo dar as provas do argumento
Fodendo d’alto a baixo este convento.
Inda pois que o Capítulo murmura,
Hei de fodê-lo através da fechadura!»
 
Com o pé atrás e com a Porra alçada
Os Frades vai pilhar nesta cilada.
A Confraria assenta que convinha
Se apresentasse o Cu a quanto vinha.
Tantos que saem, quantos vão fodidos.
Nem mesmo os Velharões são excluídos.
O Frade por detrás a todos fode,
Fazendo dos seus Cus barbas de bode.
E a todos fornicou com força tal
Que não podem negar-lhe o ser Geral.
____________________________ 
Poesias eróticas escolhidas, 1818
Incluído na «Antologia do homoerotismo na poesia portuguesa», pp. 174 a 181