O regreço do Lalito...
...Que mal é cuma bisha toda: “sé la roze lamportanse” pode faser há Çôssiedade?...Melhéres!
O Lalito já shegou!
Veio das Caraíbas! Trasia uma bela camizola quinté çó le faltava o dezenho do fasso-tum bicu, queu mandei prá Cão Rozas!
Tinha uma páçara açim meio despenada debaicho duma palmêira e uma gaija de covas quaize há vista.
Tava a çubir a Avenida da Repúlbica pra ver çe shegava ali a Alvalade melhéres, perque ando a topar um puto açim todo rozadinho que anda nas Univerçidades mejmo ali ao atraveçar da Avenida e que me paresse que abafa a pastilha.
Ai melhéres çe vossês çobesseim….Ai filhas….nham nham….! É lindo de morrer!
Ando açim cum umas çodades de papar um puto, e aquele anda-me mejmo no goto. Olhei pra ver çe o via cuando nishto avistei o meu eis-namurado!
O Lalito que andava nas Caraíbas, cuande vendeu o meu carro; o meu NeloMobil, que diçe que hera pra me dar o dinhêiro pra eu cumprar um milhor e coizo, mas asdepois foi-çe imbora cum a cunverça quera uma viaje de negoiços e nam çei o queim...
Ai melhéres…mal u vi, eu fui logo ter com ele, e diçe-le açim:
- Ôissa lá Lalito melhér: Até que einfim o veijo. Fartôu-çe de paçear há minha custa com o dinhêiro da venda do meu NeloMobil ó sinhor Olandês….Já tive com ele á dias perque ele veio bescar os papeis cu sinhor Lalito tinha ficadu de levari cuando viéçe ter cumigo pra me dar o dinhêiro, mas nunca mais me aprasseu, e…...-Beim melhéres! Neim me deichou acabar a cunverça! Interrumpeu com um beiju todo o tamanho mejmo nos meus bêissos quinté vi as strelas!
- Nelo amor!...- Diçe ele. - Ai que bom que te vejo, homem! Já tinha umas saudades tuas meu querido. Escuta, anda daí que temos umas coisas a acertar meu amor. -
E disendo ishto tirôu umas notas gróças dentro do cazaco e mostrôu-mas.
- Onde é cu sinhor Lalito foi bescar tanto dinhêiro? - Diçe eu inda meio apardalado com as bêissolas a arder.
- Anda çempre tezo, cala-te boca, qué éi çó de dinhêiro, perque o resto nam veijo rijo çei lá à que tempos, que vossê éi uma falça e anda com melhéres…- Diçe-le eu açim toda spantada per cauza de ter visto tanta nota nas mãos do Lalito.
- Ah amor, Nelo querido. Isto é uns trocos que arranjei nas Caraíbas nos meus negócios.
E é por causa disso que te queria falar. Como vês quero pagar-te e ao Pé de Boga. Mas ele deve andar chateado comigo,e sabes que com o feitio dele, primeiro bate e depois é que faz perguntas. Por isso dá-lhe tu o dinheiro. E como eu sou um individuo compreensivo, dou-te mais duzentos Euros para comprares o que quiseres, e e uns cem para ele, à laia de compensação.
Só que há um problema, que é eu ter muito dinheiro todo trocado e tu podias fazer-me o favor de ires ao Banco, antes de eu te pagar, e levantares umas quantas notas de 100 Euro, para eu não andar por ai com tanto dinheiro trocado nos bolsos.
Beim melhéres! De repenti fiquei com uma quantidade de notas de dez Eros.
Uma parte pra pagar ao Boga, ôtra parte do mé dinheiro da venda do mé carro, e finalmente a parte maior quera o dinhêiro que truquei ao Lalito pra ele andar com menus volume de notas na cartêira. Neim les digu cumo ficou a minha poxete...hihihihi. Pracia que stava de speransas!
Como nam çôu melhér de intrigas fui logo ter com o Armando e açim, e dei-le o dinhêiro e eli, fofos, nam quis acerditar.
- Nelo!- diçe ele. - Ainda bem, porque eu andava a jurar-lhe pela pele e se apanhasse o Lalito fazia-o num novelo! E outra coisa! Ele que não pense que eu lhe agradeço por ele me ter dado os cem €uro como indeminização. Fez o que devia...Esse vigarista!..-
Ûffff, melhéres! Que brutamontes!
Inda beim quisto se resolveu queu andava açim meio tonta a pençar no que o Armando pei de Boga poderia faser ao Lalito, quele (o Diabu seija segu surdu e murdu) andava a dezer que le punha a tomatada na boca (Glup)
Bom maziço foi no principio da çemana e agora tou descançada, cu mundo é um lugar sheio de cor.
Ai melhéres agora estou outra vez a topar çe veijo o puto rozadinho a ver çe le fasso um broshe e depois le papo a bilha, çó que à uma coiza que mintriga que a Belinha me diçe á pouco no caféi pela ora da bicona; Nam pressebo cumo o Armando Pei de Boga com tanto dinhêiro que le dei çe foi meter em encrencas.
Intam nam éi que ele foi prezo à dois dias por tentar paçar notas falças?
Ai Armando, Armando….ts..ts…ts....
Logo agora que le tinha dado uma boa maquia….
Ai mas cuande a cabessa nam tem juízo…
Paresse que estou a ver o puto rozadinho ali do outro lado da rua.
Deicha lá atraveçar agora que stá verde prós piões...
Olheim…um carro da Pelícia parou agora mejmo há minha frente e um sinhor Ajente saiu do carro.
- Bom dia!-
- Bom dia, sinhor Ajente, melhér. -
- O senhor é Gonçalo Manuel da Silva? -
- Ai pois çôu eu mejmo. - Diçe eu
- Venha connosco, temos um mandato de detenção em seu nome! -
- Em meu nome? Senhor Ajente melhér, mas perqueim? Que mal é cuma bisha toda:
“sé la roze lamportanse” pode faser há Çôssiedade?-
- Bem, senhor Gonçalo…-
- Pode tratar-me por Nelo…-
- Senhor Nelo, parece que o senhor está metido num problema que tem a ver com a passagem de moeda contrafeita…-
Ai melhéres que fiqui çeim presseber nada.
- Contra queim? - diçe eu spantada olhande pró Ajente da Otoridade.
Mazele nam me rispondeu e meteu-me no carru da Pelicia.
Spero que me xpliqueim as coizas da contra nam çei queim com muedas e açim, que stou toda a leste, a beim dezer….
Ai ai …que broshe melhéres…que broshe….