07 fevereiro 2017

Torso negativo

Pequeno copo de vidro com o interior em relevo, com forma de torso de mulher.
Trabalho de Peter Borkovics, Hungria.
Oferta de Lourenço M. para a colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

06 fevereiro 2017

Comboios Virgin - «Do it better» (fá-lo melhor)



«Baixo, gordo, careca, pobre» - João

"Não tenho nada para te dar. Não tenho nada para ti. Sou baixo, sou gordo, sou careca, sou pobre. Tenho umas boas mãos, são quentes, sei tocar os pontos todos que arrepiam, sei explorar os pedacinhos de pele que causam frio e calor, sei libertar as torrentes do teu sumo. Tenho um bom caralho, de boa gente, apresentável, competente, honesto. Tenho um bom conjunto de neurónios, articulo ideias, transporto do vazio à gargalhada sem suar. E no entanto, ainda assim e apesar de tudo, todos os dias me convenço que não tenho nada para te dar. Porque sou baixo, sou gordo, sou careca, sou pobre."
João
Geografia das Curvas

Mãos ocupadas, corpos felizes...


05 fevereiro 2017

«Só as mulheres é que se protegem da chuva» - bagaço amarelo

- Estás com um ar cansado.

A Márcia diz-me isto, assim com um misto de ternura e de aviso. Há poucos minutos ouvi a voz dela escondida na chuva. Tinha os sapatos encharcados de tanto caminhar sem me desviar das poças de água. Procurei-a entre o pequeno grupo de mulheres que esperavam, no alpendre de um edifício velho, que as nuvens se cansassem e agora estou aqui, com ela ao alto a dizer-me que estou com um ar cansado.
Na verdade, foi também o que pensei quando a vi. Há dez anos, pelo menos, que não sabia nada dela. Parece que entretanto o vento lhe provocou alguma erosão na face, da mesma forma que o faz nas montanhas de pedra que se tentam manter em pé junto ao mar. Levou-lhe os sorrisos e o brilho de que me lembro. Deixou-lhe a beleza, mas entristeceu-a.

- Estás bonita.

E ela sorri encolhendo o sorriso, como se o quisesse engolir e não fosse capaz. Estou tão molhado e desconfortável que me apetece deitar no sorriso dela. Imagino-a a tapar-me com ele e a fazer-me uma festa na testa. Já não tenho a certeza, mas acho que foi assim que ela se despediu de mim a última vez.

- Talvez um dia eu volte...

Não voltou.
Os nossos olhares já se cruzaram algumas vezes, mas ainda não se fixaram um no outro. Parecem borboletas bêbadas a voar sem lógica. Tenho dúvidas que ela se lembre do que me disse quando me deixou e não me parece que a deva lembrar. O que eu sei é que são os Amores que terminam que me cansam, que me fazem andar à chuva sem me preocupar com as poças de água e, agora que penso nisso, o grupo de mulheres que se abriga neste alpendre aumentou. No passeio mais ou menos movimentado apenas homens andam à chuva. Talvez seja isso... talvez sejam sempre as mulheres a despedirem-se dos homens e a cansá-los assim.

- Só as mulheres é que se protegem da chuva?

Sorrio. Ela também, mas desta vez conseguiu engolir o sorriso.
Qualquer Amor, por curto que seja, é uma escultura que se ergue na nossa memória para sempre. De vez em quando, ao passearmos pelos dias que já passaram, paramos para a ver e ficamos a admirá-la. Como em qualquer obra de arte, descobrimos sempre um pormenor novo. Talvez seja mesmo isso. Todas as histórias de Amor são uma obra de arte.

- Parece que tens razão. Só as mulheres é que se protegem da chuva...

O que me apetece é abraçá-la. Os dois beijos que lhe dei souberam-me a quase nada. Acho que num deles nem sequer nos tocámos. Foda-se lá para o tempo que passa, para o fim dos Amores e para as mulheres que se abrigam da chuva.
Entre os homens há uma que passa e não se abriga. Leva um grande guarda-chuva amarelo com uma marca de uísque impressa. Não lhe vejo a face, mas sigo-a até desaparecer na primeira esquina.

- Vamos beber um galão quente e comer uma torrada cheia de manteiga?

Ela responde que sim apenas com a cabeça. Acho que o Inverno serve para isto mesmo, para nos sentirmos desconfortáveis sozinhos e nos lembrarmos que precisamos de alguém. Mesmo que não chegue para voltarmos um para o outro, que chegue para leite com café e pão torrado.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do estacionamento seguro


Palpites

Crica para veres toda a história
Suponhamos...


1 página

04 fevereiro 2017

«Horários adequados para ligações» - Cláudia de Marchi

Prezados, durmo por volta da meia noite, 1h. Com muita sorte, antes (ninguém mantém uma beleza jovial com escassez de sono). Silencio os meus aparelhos de telefone antes de dormir, portanto, quem me liga as 3:00, 4:00, provavelmente nunca será atendido. Se você consegue segurar a vontade de transar, mande mensagem que respondo ao acordar, do contrário, não retorno. Acho muito sinistro ligar de madrugada para pessoa alguma. Anota o número e comunique-se depois. Atendo clientes qualquer horário desde que marquem com antecedência e, no mínimo, liguem marcando antes das 23 horas. Já escrevi sobre a diferença entre cortesã e uma prostituta qualquer. O auto-respeito, a elegância e a seletividade são algumas delas, por exemplo. Eu sou sim, uma gostosura, mas mesmo que você pague, saiba que não me dou pra qualquer um. Há de saber ser fino desde o primeiro contato. O cliente de hoje à tarde que o diga. Obrigada.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Sexo também é saúde

Bilhete postal da Postalfree com campanha de 2013 da SPA - Sociedade Portuguesa de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodução.
Oferta de Daisy e Alfredo Moreirinhas para a colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
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Faltaste às aulas...


"Não podes com uma rata pelo nabo". Foi assim que aprendi.

Patife
@FF_Patife no Twitter

03 fevereiro 2017

Eva portuguesa - «Cuida de ti»

Cuida de ti, não te deixes perder, não te deixes esquecer, não te deixes atropelar pelas dificuldades da vida. Cuida desse coração. Não existe medida exacta para o amor, não existe limite, mas encontra um equilíbrio. Nada que te magoe demais. Encontra um amor bonito, simples, sem jogos, sem esperas, que embale o teu sono e te dê paz. Que te faça sorrir. Guarda amigos. Poucos mas verdadeiros. Cuida deles e deixa que cuidem de ti. Não percas nunca a fé, a esperança e, muito menos, o sorriso, por nada nem por ninguém!

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Postalinhos de Aveiro

"Na ria de Aveiro, o erotismo e a religião convivem pacificamente."
Paulo M.








#necessaire #cambadedurôtes - Ruim






Meus putos que usam um nécessaire: já guardaram tudo? Lâmina da barba? After-shave? Um pense-higiénique?
Não se esqueçam de lá guardar os tomates, já que não precisam deles.

Ruim
no facebook

02 fevereiro 2017

Eutanásia para todos



HenriCartoon

Esta música hipnotiza qualquer um


RESET! - OH YEAH! [CLEAN OFFICIAL VIDEO] from RESET! on Vimeo.

Conjunto «Voyeur»

Conjunto Ann Summers com padrão «Voyeur», de homens e mulheres em posturas sexuais.
Junta-se ao espartilho da mesma série, na minha colecção.




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«Violar a lei» - Adão Iturrusgarai


01 fevereiro 2017

Homens, fiquem abananados! (3/3)

Please do Fuck me



Tu não queres mesmo. E eu não gosto disto. Eu sou tua e tudo em redor me diz que tu devias ser meu. Não leves a mal, mas um dia serás meu. Falarei contigo da forma como gostas, escreverei no céu a tua constelação para que te se sintas iluminado pelo meu amor. São apenas estrelas, mas são também aquelas para quem tu olharás e sentes que deves ser meu.
Chama por mim a qualquer hora, grita por mim, sabes que irei, que te vou abraçar, olhar-te olhos nos olhos, sorrir para ti como se fosse a primeira e a última vez… sou louca? Ou quero-te? Quero que a tua vontade se escreva no meu corpo, que o meu palco desapareça e que os deuses fechem os olhos desta vez, quero suor, sem pudor! Quero sentir-te de mim quente e tu tão latejante que dói e não aguentas o ritmo cardíaco, queres que seja a tua puta e assim serei, sabes bem que gosto de ser a tua puta na cama. 
Eu e tu estaremos sempre num universo paralelo quando eu entro na tua imaginação e penetro as entranhas que te movem até mim.
Anda.
Despe-me.
Anda e fode-me.
Depois, ama-me.



Se for só uma mulher, não participas?!



31 janeiro 2017

Aquele tubo de escape...

Apaixonei-me apenas pela sua beleza e estou a pagar um preço alto por isso.

Um carro também pode dar lições de vida a um gajo.


Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Caralhos fodam esta sociedade hipócrita!

Esclarecimento de Valter Hugo Mãe sobre a polémica das duas frases retiradas de uma sua obra e queimadas na fogueira da santa inquisição dos media e das redes sociais:

Ver o meu romance, "o nosso reino", reduzido a duas frases, e por duas frases julgado, é sintomático do tempo de sentenças sumárias em que vivemos. Opinar passou a ser uma espécie de chelique imediato em que a maioria dos opinantes não sabe o que está em causa; não sabe, por isso, o que está a dizer. "o nosso reino" é a narrativa de uma criança de oito anos, de profunda candura, que ausculta a figura de deus numa tristeza grande pelos infortúnios da vida. Entre os assuntos que magoam esta criança estão as terríveis palavras que lhe dizem sobre a tia e, mais tarde, sobre um tio que chega de França. Essas duas passagens, no cômputo do livro inteiro, estão como punhais no peito puro da criança, e quem lê o livro não se choca com as palavras, choca-se com a tristeza e o desamparo de que se fala. Nos meus livros é-me comum abordar o abandono a que somos votados. Sou, desde sempre, impressionado pela solidão e "o nosso reino" é um retrato de uma solidão espiritual a partir do vulnerável ponto de vista infantil. Lamento que quem discuta acerca do desconforto de alguns pais, de jovens de 14 anos, com "o nosso reino", pareça ter-se esquivado a ler o livro e a perguntar se o choque provocado vem da sua efectiva leitura ou das duas frases que se autonomizaram sem contexto, parecendo sugerir que a obra é um exercício de perversão. Não sou professor, fui aluno e tive 13 e 14 anos, como é bom de ver. Não me compete ajuizar da adequação de um livro a uma determinada idade escolar. Mas sei que o escândalo normalmente está na competência, ou falta dela, com que se abordam os assuntos. E sei que ter 13 e 14 anos não é uma deficiência, é um tempo natural de descobertas e de maravilha. Acho muito bem que os pais que considerem os seus filhos imaturos para lerem determinadas obras os orientem noutras leituras. Como acho muito bem que os pais que reconheçam maturidade aos seus filhos os acompanhem em leituras desafiantes, no sentido de verdadeiramente esperar algo dos jovens que não seja apenas fútil e sempre adiado. Sou a favor de não se tratar os jovens como estúpidos. Falta-lhes informação, mas a grandeza e a complexidade humanas estão plenamente contidas em alguém de 14 anos de idade. Importa saber se queremos fazer de conta que existem crianças com essa idade ou se preferimos atentar no esplendor do aparecimento de um ser mais pleno, perto de estar inteiro. Seja como for, o que me compete dizer é que o meu livro não é um torpe discurso. É, muito ao contrário, uma exposição enorme de ternura. Para não o perceber basta não ler. * "a santidade era uma coisa para todos os dias, mas era difícil. porque a vontade de me manter santo não me assistia da mesma forma, alguns conseguiam destruir-me por dentro a esperança de os salvar." in "o nosso reino"

As frases em causa são estas:

“e a tua tia sabes de que tem cara, de puta, sabes o que é, uma mulher tão porca que fode com todos os homens e mesmo que tenha racha para foder deixa que lhe ponha a pila no cu”
“fazem amor pelo cu porque não têm racha, enfiam coisas no cu percebes... maricas é meter coisas no cu... nem querem saber de terem uma pila”

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 75

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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«69 picante»

Garrafas grande (66 cl) e pequena (33 cl) de cerveja artesanal com gravura erótica antiga nos rótulos.
Oferta de Lourenço M. para a colecção.














A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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29 janeiro 2017

«respostas a perguntas inexistentes (359)» - bagaço amarelo

Assim que saíste

Reparo nas paredes. Só o faço quando me sinto só. Quando não me sinto, mesmo que o esteja nunca reparo nelas.
Tu entraste e disseste-me olá ainda do lado de fora da porta, demoraste alguns segundos a mais do que o normal a limpar os sapatos no tapete da entrada e esperaste por mim com o longo casaco preto vestido. Eu tinha ido à casa de banho deitar algum cotão na sanita, com a perfeita consciência de que estava a subtrair provas do meu crime masculino que é preocupar-me mais com a organização dos discos de música do que com a sujidade que se acumula pelos cantos da casa.
Por isso é que tinha as mãos molhadas, ainda com resquícios do sabonete líquido, quando te vi. Dei-te dois beijos na face enquanto as sacudia como se os meus braços fossem as asas de um pássaro que quer levantar voo.
Estavas com uma mão numa das paredes da entrada. Percebi que, assim que te fosses embora, ia sentir a solidão de não te ter quando olhasse para ela. Para a parede, digo.

- Casa comigo só hoje, mas como se fosse para sempre! - pensei, mas não te disse, antes de sorrir.
- Tens planos para jantar? - Respondeste tu ao meu pedido inexistente.

Nessa noite quis Amar-te com a energia duma preguiça. Tu olhavas para mim no escuro e o meu braço demorava uma eternidade a aterrar na tua pele deserta. Era assim, num movimento tão longo quanto iminente, que eu perdia o medo de estar entre quatro paredes brancas, tão brancas como esta da entrada, para onde acabei de olhar assim que saíste.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do mar enrola na areia


Mário netas

Crica para veres toda a história
O punho de feltro


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