14 fevereiro 2007


De manhã, quando acordou e se levantou da cama desalinhada, parou em frente ao espelho contando as rugas. Eram já muitas. Quando teriam começado a surgir? Despiu-se para o duche matinal e continuou o exame. O corpo. Aproximava-se dos quarenta e tinha o corpo morto.
Não só o corpo.
Nesse dia sairia de casa, como de costume, para ir trabalhar, e encontraria casais de namorados, de mãos dadas, ramos de flores nas mãos, trocando beijos ansiosos e felizes.
Que era tudo um negócio, ela sabia; mas o que sentia era bem diferente.
Mais do que lembrar-se daqueles que amou, pensou naqueles que a tinham amado. Pensou nas flores que tinha recebido, nos convites para jantar, nas surpresas à saída do escritório. Pensou em tudo o que já tinham feito por ela e na forma como tudo isso que agora lhe parecia tanto, lhe tinha então sabido a quase nada. Pensou naquele, o amor mais absoluto que alguma vez lhe ofereceram, desses que não esperam nada em troca porque há circunstâncias que não se mudam. Pensou nesse amor que tanto maltratou e que agora a entristecia mais do que as rugas e o corpo morto, e pensou que nada lhe teria custado ter sido menos dura, apenas porque um amor assim, ainda mais quando não se merece, é impagável e irrepetível.
Tanto tinha escolhido e tão pouco tinha cedido que agora lhe restava olhar-se ao espelho.
Saiu de cabeça levantada, que a solidão é de cada um, e não para ser ostentada como orgulhosa rosa ao peito. A máscara só se quebrou lá para o final da manhã quando um colega de trabalho lhe deu um beijo na testa dizendo que, pelo menos, sem um beijo ela não ficaria nesse dia que mais do que dos namorados, era dos que tinham sabido receber o amor que alguém tinha para lhes dar.

Agarrem-se ao Amor

Clica para teres mais onde te agarrar...
Foto: Vlad Gansovsky

happy valentine's day!


– O que é isto?
– Abre.
– Mas, o que é?
– É para ti.
– Para mim?!
– Sim, é a tua prenda.
– A minha prenda?!
– Sim, a tua prenda do dia dos namorados... Abre!
– Ah!
– ...
– Isto é a minha prenda?! O que é isto?
– Não estás a ver?
– Estou.
– Não sabes para que serve?
– … sei... Acho que sei.
– Lê bem.
– Estás a rir-te porquê?
– Nada, lê.
– Ah!... É para mim?
– Sim... bem... É...
– Para mim?!
– É para os dois.
– Para os dois?!
– Sim... Então… é a tua prenda!
– Isto é a minha prenda do dia dos namorados?
– É... Bolas!... Não queres?!
– …
– Não encolhas os ombros! Não queres?!
– Quero, já disse…
– Ninguém diria!
– Mas quero, amor, obrigado.
– Ah! Não me fazes favor nenhum…
– Não, eu quero, obrigado.
– Desculpa lá… Há aqui qualquer coisa que eu não estou a perceber!
– Tu também?
– Eu também o quê?!
– Não estás a perceber.
– Não estou a perceber o quê?
– Não sei… tu é que disseste…
– Não encolhas o ombro, porra! Se há coisa que eu não suporto é ver-te encolher os ombros!
– Não encolhi os ombros…
– Encolheste!
– Quando?
– Disseste “não sei” encolheste os ombros e disseste “tu é que disseste…”
– Disse o quê?
– Disseste... Bolas! Nada!... Queres isso ou não? Parece que te está a queimar as mãos!
– Quero, já disse que quero… mas isto é a minha prenda?
– Dá cá isso!
– Não! Não dou! Não é a minha prenda?
– Era! Era, mas já não é!!!
– Não?
– É…
– Afinal, é ou não é?!
– É, é… podes ficar com isso!
– Estás zangada?
– É claro que estou zangada! O que é que te parece?!
– …
– Não encolhas os ombros, foda-se!!!
– Estás fodida?
– Que pergunta de merda é essa?!
– Mas estás fodida?
– Foda-se! Estou, estou fodida!
– Ah! Ainda bem…
– Desculpa?! Ainda bem?
– Sim, agora que já te fodi, já te posso ir ao cu!

Uma carta de amor.

Sempre ouvi dizer que para lá de muitas outras coisas os homens se conquistam (também) pelo estômago...
Que melhor declaração poderia eu ter ao receber esta cartinha que agora vos deixo?
Só fiquei um bocadinho apreensivo com aquela dos... "bombeiros de Palmela"! Mas não há-de ser nada!
Então reza assim :
"Acabei de encontrar a minha alma gémea da cozinha!
Também há uma coisinhas assim parecidas com os panadinhos, mas são de frango. É só colocar aquilo no microonda e já tá! Ou então, deixas descongelar e é muito bom comer assim. Se gostas de esparguete, também há uns pacotes muito jeitosos, que em 5/10 minutos tens uma refeição deliciosa. Se gostas de noodles, uma massinha chinesa, basta colocar água quente e deixar repousar durantes uns minutinhos. Infelizmente, só gosto da de queijo... Ah! Também existem as sopas de pacote, mas que eu não aprecio. Deixa-me que te diga, que as panelas Tefal são de muita boa qualidade! Podes deixar queimar tudo até não existir mais nada dentro da panela, que ela, a panela, continua óptima, que nem ginjas! Acredita! Os meus últimos quatro anos passei-os a fazer esta experiência. Já dos panos de cozinha não posso dizer o mesmo... uma vez que apanhem uma chamazita, pimba!, ficam logo todos, irremediavelmente, queimados. Uns fracos! E dos fracos, não reza a história. Mas, por acaso, e só mesmo por acaso, não conheço os bombeiros de Palmela... Sinto-me como que... incompleta! Uma tristeza..."

Estou sensibilizado. É ou não de um homem ficar pelos beiços?
Da minha (JÁ) muito amiga... Espia.
P.S.: Gosto de mensagens subliminares. E acho graça à palavra... PACOTE. Mas gosto de comer ainda mais devagar. P'ra deglutir bem... percebem?
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Nota da editora (sim, São eu) - o que o George Coast não diz é que esta mensagem é uma resposta à desabufa dele: "Eu não só sei fazer sopa... como até sei queimar batatas cozidas! (não sabia que se podia queimar as batatas a cozê-las!). Para quem não sabe... a água na panela tem de estar a cobrir as batatas todas. O quê, toda a gente sabia?!"

Dia dos Namorados

É pró menino

Bobby

E prá menina

Fire & Ice

Truques para o dia dos Namorados


Polaroid - vantagens dos óculos escuros

Reminiscências dos tempos de namoro


Sem palavras e com legendas

13 fevereiro 2007

A minha vizinha.


Ena cum caralho!
Foda-se que um homem aqui das bouças está habituado a ver de tudo o que a natureza dá mas há cum cada coisa que num lembra ao caralho mais velho.
Já há dias tinha deitado um olho cheio de apetites à cachopa mais velha da Maria zarolha, essa que o marido é padeiro e que mora a duas portas do meu barraco. Já lhe tinha feito uma conversa ou duas e ela a rir cumo quem num gosta a ir para casa a abanar a anca.
Cumo sabeis, gosto de apanhar um pouco de sol na parte de trás da minha casa onde tenho a garage, e uns pipos de tinto e de verdasco e um sofá já velho mas que serve muito bem quando lhe ponho uma manta a compôr.
Estava sentado em cima dum cepo juntinho ao portão, a morder uma broa com chouriça no intervalo dos beiços no caneco, quando reparei na cachopa que ia estender a roupita ali numa corda estendida entre dois pinheiros. Bem ela agachou-se, veio um ventito e levantou a saia...Ena cum caralho, cum filha da puta, que um homem aqui nas brenhas desta parvalheira quande ve assim uma coisa destas....
E a cachopa está uma mulheraça, caralho!....Deve mandar já ai uns vinte anos que anda por cá...e se está boa.
Bem.... Esperei que ela pendurasse a roupa e quande ela vinha de regresso, cunvidei-a a matar as sedes
- Oh vizinha....Então....É inverno mas o sol está quente, num está?...Não tem sede? Olhe que este pingo de verdasco está tão fresquinho....
Entre!... -
Bem! Mal a cachopa entrou, fechei a garage e nem lhe dei tempo nem ela se fez rogada. Saiote abaixo, cueca a aliviar nas pontas dos dedos e só lhes digo.
Hehhehehe cum caralho, que caçar neste mato é mesmo para quem num tem medo de pito.

Mezinhas para aumentar/diminuir as mamas (riscar o que não interessar)

Não contentes com as simulações nas partes genitais, os acautelados fazedores de virgindades em fanadas donzelas pretendiam ainda dar-lhes aos seios caídos, moles e engrandecidos, o vigor perdido e acudir aqueles que iam já no pendor da frescura.
E assim Ande Laguna recorre à erva stellaria pois que

«aplicada à las tetas las constriñe y reforma de tal manera que aunque sean barjuletazas
(1) las buelve como mançanicas de San Juan».

Erva bendita era tal, pois, não repugna ao Amato Lusitano aconselhá-la para «arredondar e endurecer as mamas caídas».
Para que as tetas pequenas se conservassem sempre assim e para que as alentadas diminuíssem a olhos vistos, no século XVII usavam com geral agrado a fressura
(2) de lebre a que misturavam igual quantidade de mel comum. O emplastro obtido á custa deste produto, aplicados nas mamas e regiões circunvizinhas desde que fosse repetidas vezes mudado para não secar, era remédio tido por infalível.
(…)
Venete acha bom o emprego de formas de chumbo besuntadas com óleo de meimendro para as mamas caídas e sorvadas.


AGUIAR. 1924:149
_______________
(1) barjuletazas (barjuleta): bolsa grande.
(2) fressura: conjunto de vísceras que compreende o coração, o fígado e os pulmões.

CISTERNA da Gotinha


Esta menina gosta muito de posar em frente ao espelho... andará à procura de imperfeições?!

Calendário
2007 Kamasutra: profusamente ilustrado

6 fotos de
Alessandra Ambrosio

Lingerie às bolinhas é um clássico.

A menina chama-se
Merrit Cabral e gosta de se espreguiçar. Quem não gosta?!

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