20 junho 2007

Calções


Já estava farta de me sentir marginalizada nos cochichos do escritório que é sabido que as gajas e os gajos se unem naquela ideia de que quem não veste igual a mim é contra mim e lá me decidi a comprar uns calções até aos joelhos a bem das relações laborais.

Valha a verdade que já aqui há atrasado os usara iguais ao desta estação e também enfolados como os do Tintim e até curtinhos e largos como uma mini-saia, época esta que foi um maná para a descoberta das largas e fartas coxas deste país.

O frio que se lixe naquele bocadito de joelho que transparece entre o fim dos calções e o início das botas altas de salto para manter o figurino, em prol do aumento da pressão nas coronárias masculinas com a visão de uns glúteos alçados de sobremaneira no arredondado do tecido, tanto mais que a exposição de tanto traseiro assim vestido irmana em juventude todas as mulheres que por aí pululam.

E como os tempos são de crise até se coaduna a poupança do tecido com a espiral de excitação como antigamente quando pouca gente tinha uma televisão em casa e o aumento demográfico disparava.

CISTERNA da Gotinha


Joss Stone com pouco ou nada à sua volta.

Pilosidades
púbicas de vários formatos.

Ó meninas, este
Fernando Sippel não consegue estar quieto com as mãos. Alguém o ajuda?

Vídeo: Gulodice.


Miss Monologues: Uma mulher russa que tem um blog com imagens e vídeos dela.

Poemas breves

1º Poema breve

Se existir
For esta explosão dos sentidos
Quando dentro de mim és.
Então existo.
Se viver
For esta força que me toma o corpo
E o eleva
E o arrebata
Ao sentir o teu corpo meu.
Então eu vivo.
Se o nada
For o tempo que te prende
Numa ausência permanente.
Então eu morro.
De saudade de ti.


2º Poema breve

Se soubesses do nó que sinto no ventre
Nó que é fome
Desejo quente
Premente
Que cresce e arde
Que cresce e abrasa
As coxas cerradas
E palpita no sexo
Desperto
Deserto
Faminto do teu.


3º Poema breve

Quisera eu só pensar
Em carícias claras
E em beijos lentos,
Em abraços voos nas asas do vento.
E seria o meu sono
Nosso sonho.
Se pudera eu das noites,
Só as nossas noites
Ter no pensamento.

Encandescente
Blog Erotismo na Cidade
Três livros de poesia publicados («Encandescente», «Erotismo na Cidade» e «Palavras Mutantes») pelas edições Polvo (para já...).

18 junho 2007

Admiração, assombro, pasmo



Quando vemos coisa nova que não conhecíamos e que em si é admirável, recebemos uma impressão agradável que chamamos admiração; se a coisa vista é do género daquelas que inspiram terror, experimentamos assombro; quando a admiração cresce ao ponto de causar como uma suspensão da razão, chamamos-lhe pasmo.

ROQUETE, J.I., O.F.M. 1885: 18-19

CISTERNA da Gotinha



Bustyful Breast: site dedicado em exclusivo às mamocas.

Samantha Rios: conhecem?!

Fetish Dollies: sugestão da Matahary.

Mecânico com um amor especial por carros: tão especial, tão especial que até faz amor com eles.


Carteira da moda

Daqui








Outras Coisas

17 junho 2007

Panfletário


O folheto sugeria que era possível perder peso, em pouco tempo e ao nosso ritmo, acenando eficazmente com as delícias de uma barriga lisa. Desfilaram-me imediatamente as imagens do meu corpo suado naqueles aparelhos modernaços pré-programáveis e tudo e o conforto de ver nascer desse sacrifício um corpo escultural e moldado firmemente em todas as curvas.

E também não era despicienda a visão de um batalhão de gajos naqueles fatinhos de lycra para suar mais e evidenciar os traseiros musculados e o design dos pára-choques fronteiros. Ou nas calças largas de algodão acompanhadas com camisolinhas sem mangas, a deixarem entrever no peito a pilosidade ou a falta dela e a permitirem a avaliação da compleição dos braços, essencial na qualidade das flexões produzidas pelos seus proprietários.

Aliás, o ambiente dos ginásios é um mimetismo de rituais de acasalamento pleno de jogos de olhares que aumentam o nosso egozinho ou o nosso desejo por mais exercícios mas sem aparelhos metálicos.

E rodopiando o panfleto entre os dedos como se fosse uma epiderme descubro que o folheara ao contrário, de trás para a frente e que este ostentava um sinal de proibição com a legenda os homens ficam à porta, tal e qual como os cães no supermercado. Soltei-o das mãos como se queimasse que um lugar que descrimina a entrada em função do sexo só pode ser uma casa de banho e ainda não me acostumei a pagar por essa necessidade.

The Cock Poster & The Pussy Poster


Garm's Gallery

via EroticArtists.org