15 dezembro 2013

Arqueologia sacra

(Foto © Patologista)

Em miúda, o que eu gostava de fazer furinhos naquelas caixas da Regina para saírem chocolates mas com o avançar do tempo passei antes a preferir a exaltação de usar a pressão dos meus dedos para fazer saltar aquele creme pastoso que sai das borbulhas.

E se ele outros predicados não tivesse bastar-me-ia este. Ele alongava-se de barriga para baixo expondo toda a sua pele macia e como um gato permitia que lhe afagasse todo o pêlo e até a traquinice de lhe tactear as bolinhas de râguebi enquanto a minha respiração acelerava sentindo na polpa dos dedos estendidos aquela suavidade e a mínima protuberância digna de extirpar, alucinada ainda mais pela visão daquele rabinho soerguido a que encostava as minhas ancas antes de me debruçar sobre ele a espremer cada um dos maravilhosos achados e creio mesmo que o ouvia ronronar.

Esgotado o espólio, serpenteava sobre o seu corpo e delineava-lhe um rasto de saliva da primeira vértebra cervical até ao sacro, murmurando que já lhe espetara um dorsal e podíamos começar a correr a maratona.

Fecha dura


Objetos (espaço dedicado aos nossos amigos diários)

14 dezembro 2013

«Burlesque-ooh-rama»

Espectáculo de burlesco com Tronicat la Miez, Belle La Donna e Xarah von den Vielenregen.


Burlesque-ooh-rama from Zismo on Vimeo.

E aqui ficam umas musiquinhas excelentes para ambientes de burlesco, de bónus:








«O motor do desenvolvimento tecnológico» - João

"Não sei se existem mais homens ou mulheres nos domínios de investigação relacionados com computação e tecnologia em sentido lato. Arrisco dizer que seja maior o número de homens, talvez pela ideia que tenho de que nos cursos tecnológicos há mais homens do que mulheres. Poderá ser uma concepção errada, mas que me ajuda muito a suportar a ideia chave que vos quero apresentar: o mundo tecnológico desenvolve-se por uma única razão. Gajas.
Não me venham com tretas. A internet, os computadores, os telefones, a televisão de alta definição existem porque queremos ver gajas. Eu lembro-me de usar computadores com 20MB (sim, vinte megabytes) de disco rígido, e com monitores de apenas 4 tons de verde (CGA). Em relativamente poucos anos a ciência informática deu saltos de gigante. Alguém se lembra de que foi há poucos anos (menos de 10) que ainda se usavam muitos processadores 486 e que os discos rígidos tinham capacidades de poucos gigabytes? E querem convencer-me de que tudo isso evoluiu porque era preciso ter máquinas de maior capacidade para fazer documentos e folhas de cálculo? Para registar correspondência? Ou até mesmo para… jogar? Não! Os computadores evoluíram muito porque a horda de homens engenheiros por detrás do seu desenvolvimento queriam desenvolver algo que lhes permitisse ver mais gajas. Os discos rígidos aumentaram em capacidade para poder guardar mais gigabytes de gajas nuas, em fotos ou em vídeos. Querem convencer-me de que as placas gráficas evoluíram para melhorar a performance tridimensional dos jogos de computador? Não! As placas gráficas evoluíram porque era preciso reproduzir com maior fidelidade os finos detalhes da pele das gajas! O resto veio por acréscimo, só para disfarçar.
Mais… os telefones. Para falar ao telefone em qualquer canto do mundo basta que o dito aparelho permita atender chamadas, e fazê-las. Ter uma agenda é conveniente para não escrever sempre os números, mas desde que tenha essa dita agenda, permita digitar números, atenda e marque, cumpre a sua função. Certo? Certo. Mas nós temos telefones com displays a cores, muitas cores, com câmara fotográfica, com chamadas de video, com comunicação bluetooth, etc. E querem dizer-me que isso serve para comunicar melhor, para ser mais produtivo, para ter a informação na mão em qualquer lado? Não! Isso serve para contactar gajas, para fotografar gajas, para enviar e receber fotos de gajas nuas, para nós enviarmos fotos das nossas pendurezas (das quais elas se vão rir se estiverem, de facto, penduradas) por MMS, e para fotografar gajas desprevenidas na rua ou na praia.
A internet. Alguém se lembra da internet por dial-up? Olhem que não passou muito tempo. Há 7 anos por exemplo ainda se usava muito. Com modems de 56K. Em 2001 ou 2002 havia ainda pouca gente com banda larga (o próprio nome é parecido com bunda larga, lá está, de novo, a ligação às gajas) e a maioria dos acessos à internet fazia-se por linha telefónica em sistema dial-up, para consultar e-mails e fazer alguma pesquisa. Alguém precisa de banda larga para ler e-mail? São precisos 10, 20 ou 100Mbit de downstream para ler e-mail? Não! Isso serve para fazer download de gajas. A gente quer internet rápida para sacar muitas gajas da net. E se alguém disser “ah bom, mas mesmo para ler o e-mail, é bom ter banda larga”, isso é apenas porque o e-mail está cheio de gajas. São powerpoints com gajas. Videos com gajas. Gajas em todo o lado. Porque se o e-mail fosse usado para texto, sem anexos, a banda estreita chegaria quase sempre (há excepções, claro… enviar informação geográfica por e-mail exige mais. Mas se fosse só por isso, ninguém apostava na banda larga).
A televisão. Querem convencer-me de que a televisão de alta definição serve para ver melhor os jogos de futebol? Alguém quer ver com detalhe a relva dos estádios? As caretas dos jogadores ou os brincos do Ronaldo? Alguém precisa ver as manchas de sangue do CSI com maior detalhe para entender a história? Não!!!! A alta definição na televisão serve para levar para o sofá da sala aquilo que nos monitores dos PCs já existia: imagens de gajas com detalhe! Videos com detalhe, imagem com detalhe, gajas nítidas. Só isso. Note-se, a esse propósito, como um dos principais iscos dos sites eróticos é oferecer imagens cada vez maiores. Imagens de gajas em resolução 1024×768 é fraquinho, não entusiasma ninguém. O que os machos querem é imagens enormes, de 4000 ou 5000 pixeis no lado mais largo da imagem, imagens de muitos, muitos megapixeis, que num zoom de 100% permitem ver todos os sinais da pele da gaja, e até permitem ver qual o método que ela usa para se depilar. Podem ser um exagero, e para se conseguir ver a gaja completa é preciso ver a imagem com um zoom de 10 ou 15%, e cada imagem pode ter vários megabytes, mesmo comprimida em JPG. Mas isso não interessa. Porque a gente quer é gajas, e ter o poder de fazer zoom e ver a gaja ainda mais perto do que se estivessemos lá encostados com o nariz… é colossal.
Por isso, não me venham com tretas. O motor do desenvolvimento tecnológico é apenas um: gajas. Os computadores servem para ver gajas, os discos externos servem para transportar gajas, os telefones servem para receber e enviar gajas, a televisão serve para ver melhor as gajas, e a internet é o veículo das gajas. Não há nenhum segredo nisto.
O que eu não sei é o que seria da tecnologia se as gajas fossem as principais responsáveis por ela. Mas seria diferente."

João
Geografia das Curvas

Ninho com ovos

Estatueta em madeira com tronco de mulher e ovos sobre a vagina.
Trabalho de autor português, comprado em 1988 para a minha colecção.

Postalinhos da Capadócia

"Capadócia, Turquia, com as suas formações geológicas únicas, resultado de fenómenos vulcânicos e da erosão."
Rosa Amélia M.


12 dezembro 2013

Filipinas: «T-Bar» - anúncio a t-shirts que não chegou a ser posto no ar

Taça «carta de jogar ás de copas» com mulher nua deitada

Peça em faiança da minha colecção.


O Jardim Separado

"Escrevo para foder os contrafortes da mente, escrevo a fêmea que submerge da legião profunda e entra, rasgando todos os encalços nas labaredas húmidas do mundo. Fodo e escrevo, os caminhos ardentes do solstício uterino que permanece ininterrupto, a cada eclodir, as bocas ressonâncias, nos sexos que possuo encostados ao cio, aos lábios grandes, ligando- me as frases aos gemeres incompletos dos ventres que balouçam entre os faróis, demolindo, biografias, sítios, e os incêndios que alvejam de dentro das palavras pénias, expostas, grossas, fálicas, e que cadenciam as fodas laboriosamente, que eu amo e que me libertam o corpo dos trilhos machos."

do livro O Jardim Separado.

Luísa Demétrio Raposo

Não há fartura que não dê em fome

Crica para veres toda a história
A lâmina da espada


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