30 junho 2014

Publicidade do MoSex (museu do sexo de New York)









Luís Gaspar lê «Madrigal melancólico» de Manuel Bandeira


O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito subtil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.

O que eu adoro em ti, Não é a
mãe que já perdi. Não é a
irmã que já perdi. E meu pai.

O que eu adoro em tua natureza, Não é o
profundo instinto maternal Em teu flanco
aberto como uma ferida.

Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.

11 de Julho de 1920
Manuel Bandeira

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«conversa 2085» - bagaço amarelo





Ela - Para mim o sexo é noventa por cento da relação.
Eu - Noventa por cento?!
Ela - Sim, mas não faças essa cara. Só estou com o meu namorado cerca de duras horas por semana. Uma vez ao sábado, outra ao Domingo.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Quadrilha


a putinha é a única feliz

Capinaremos.com

29 junho 2014

Rosinha - «Eu seguro no pincel»

«O amor é universal» - por Rui Felício

Tinham-se conhecido numa fábrica de Ermesinde, namoravam e vieram ambos trabalhar para Lisboa.
Arranjaram emprego num restaurante da baixa onde apareciam clientes de todo o género.
Ela queixava-se ao namorado que alguns, muito bem postos, fingindo-se delicados e com ar alheado, lhe passavam disfarçadamente as mãos pela alva pele lavada e cheirosa, nem reparando no arrepio que lhe causavam e a que ela se furtava enojada.
Os mais boçais e descuidados eram bruscos e, uma vez por outra, chegavam a derramar sobre ela o vinho que desajeitadamente entornavam. E até restos de comida! Ela bem se esquivava, mas às vezes não conseguia evitar o desaforo e, ainda por cima, tinha de afivelar um sorriso condescendente.
Porque, dizia o patrão, o cliente tem sempre razão.
O seu namorado, ciumento, enraivecia-se em silêncio, desejando que não tivessem que trabalhar no restaurante. Mas era preciso ganhar a vida...
Como ele ansiava pelos dias de folga em que ambos, sossegados, almoçavam em sua casa...
Ele afagava-a com doçura, alisava-lhe a pele com ternura e o arrepio que ela sentia era de prazer, de amor, nada que se comparasse ao nojo que os clientes do restaurante lhe provocavam.
Ele sentia-se confortado pela proximidade da namorada, pelo calor do seu envolvimento.
Ia às nuvens quando ela o puxava para si, o sentava no colo ou passava os lábios suavemente por ele.
Eram felizes, à sua maneira, no aconchego do lar.
A toalha e o guardanapo eram o casal perfeito.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Mulher em frente da polícia de choque no Brasil

Vamos ver quanto tempo este video se aguenta sem censura no YouTube...

Crise da libido



Pensamento de um penetra