09 setembro 2014

Documentário sobre um filme norte-americano dos anos 60


13174_10429_the_very_sensuous_wife1.mov from Oddball Film + Video on Vimeo.

Eva portuguesa - «Momentos»

Gosto de momentos. Reais. Sentidos. Verdadeiros. Quando deixamos de ser quem queremos e passamos a ser quem somos. Quando deixamos cair o faz de conta e expomos o Eu. Gosto de conhecer esse Eu. O meu e o teu. Gosto de ver os meus defeitos. E gosto quando me deixas ver os teus. Gosto de momentos honestos. Momentos mal dispostos de quem eu gosto. Gosto de verdades. Gosto de viver os dias cinzentos e conhecer os sonhos guardados. Gosto de pessoas honestas, verdadeiras, transparentes. Gosto do teu lado atrevido, aventureiro, sexual. Gosto da tua faceta carente, rabugenta, solitária.
Mas acima de tudo, gosto de ti. E dos momentos vividos contigo.


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«talvez as tuas mãos se tenham perdido, entre o nevoeiro e o silêncio das águas» - Susana Duarte

talvez o nevoeiro tenha espaços sombrios
onde cabem as mãos.

talvez por isso, as
dúvidas te habitem os olhos.

talvez as tuas mãos se tenham perdido,
entre o nevoeiro e o silêncio
das águas.

as águas agitam as mãos
escondidas nas névoas
de Setembro,
e escondem as dúvidas
nas teclas negras do piano.

és o toque abrupto da partida,
e a seda suave sobre o leito.
nas tuas dúvidas, os sonhos;
nas minhas mãos, o peito nu
e a trémula rosa desfolhada.

talvez as mãos caibam onde
cabem os dias. e as noites.
talvez sejas mais do que me lembro,
e menos do que pressinto.
talvez o nevoeiro te esconda o rosto,
e a memória se nutra de absinto.

talvez tu, sobre os dias.
talvez os dias, sobre as névoas.
talvez o silêncio, sobre tudo o resto,
e a infinitude das memórias com que me vestiste.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Cinto com uma mulher a beijar... outra

Fivela de cinto em metal dourado com 2 mulheres.
Idêntica a uma outra fivela que já tinha na minha colecção mas num dourado mais claro e sem o cinto.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)




08 setembro 2014

Red Bull - «Danny MacAskill na Mansão Playboy»

«conversa 2099» - bagaço amarelo

Ela - Não devia ter cortado totalmente a relação com o meu ex-marido.
Eu - E cortaste?
Ela - Sim, o ambiente entre nós tornou-se insuportável. Infelizmente, acabámos da pior maneira.
Eu - E estás arrependida, é isso?!
Ela - Sim. Esta semana tenho que levar o carro à inspecção e ele dava muito jeito para isso. Não tenho é coragem de lhe pedir...
Eu (risos) - Estou emocionado com tanta sensibilidade.

(dois minutos depois)
Ela - Estava à espera que te oferecesses para me levar o carro à inspecção, pá!
Eu - Azar, também detesto levar o meu carro à inspecção.
Ela - Pronto... nem como ex-marido me servias.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Você terá empatia com essa estátua…

Nem todos somos africanos.


Capinaremos.com

07 setembro 2014

«fl(e/u)sh»

«fl(e/u)sh» é uma conversação sobre a erotização do corpo, particularmente da própria carne. Aqui a paisagem da figura é desprovida dos seus significados óbvios, e as formas da carne não especificadas mudam num único quadro. Como os verbos se manifestam na corporalidade, o espectador é livre para projectar ou refutar uma implicação erótica.

[colaboração entre Linda Cornflake & Traci Matlock]


fl(e/u)sh from Traci Matlock on Vimeo.

Por um Dia do Selo



Façamos de hoje o Dia Nacional do Selo, essa antiguidade leve, fininha e rendilhada remetida para peça de museu pelo advento dos endereços electrónicos e das novas tecnologias que na prática apenas sobrevive impressa nos bilhetes dos Correios e nas preciosidades dos coleccionadores.

Não obstante não devemos desperdiçar estes dias de alguma coisa e sem querer apelar à agressividade de começarmos a distribuir selos uns aos outros creio que podemos aproveitar para comemorar a liberdade de hoje não nos preocuparmos com alguma coisa. Em concreto, os homens podem hoje esquecer o cuidado da última pinguinha não cair no cuecame já que a sua evidência é apenas comemorativa deste dia. Também as mulheres, excepto se lhes calhar hoje ser dia de tampão ou de penso higiénico, podem não colocar o pensinho diário na cuequita e ostentar orgulhosas o selo do dia, ao mesmo tempo que permitem a sua leitura labial.

Uma última coisa que me motiva a comemorar este dia é a descompressão que permite já que durante estas 24 horas mais vale selo do que parecê-lo, como uma dia extra de Carnaval em que ninguém vai levar a mal.



Beleza tá nos olhos de quem vê



Renan Lima
Dentro da Caveira

05 setembro 2014

Estudante corre nua em praça de Amsterdão para conseguir ajuda para pagar os estudos

Mais um post!


«Antes da chuva» - João

"O edifício era muito alto e oferecia vários quilómetros de visibilidade, não fora a tempestade que ao longe parecia formar-se e a pouco e pouco se sobrepunha ao azul que no céu ainda nos brindava e deixava um sol laranja banhar os nossos corpos. Havia ali uma grande superfície de vidro, vidro espesso, forte, que nos separava do abismo da altura, e o alto que estávamos fazia de nós gente imune à gente que vê, que espreita, que comenta. O teu corpo tinha começado vestido, sim, mas agora já não tinha roupa, a não ser restos de uma lingerie que te fui removendo, até sobrarem umas meias que tinhas trazido contigo especialmente para mim, porque sabias que eu gostava. Abraçava-te por trás, porque ficámos os dois virados para a paisagem, a ver o céu azul, as nuvens ao longe, e as cidades que se desenrolavam sob os nossos olhares. E o meu nariz passeava pelo teu cabelo, e inspirava com um prazer infinito, enquanto movia as minhas mãos pelo teu corpo, desenhando linhas invisíveis com os dedos por todos os locais onde eu sabia que tu gostavas de ser tocada. E onde eu gostava de tocar. O meu caralho pulsava, como que arrumado às portas do teu corpo, como que parqueado ao lado da tua cona. Podia sentir-se. Estava húmida, estava quente, e não me davas opção. Compreendes que não havia opção, não compreendes? Tive de encostar-te à vidraça com moderada violência, as tuas mamas um pouco espalmadas contra o vidro, a tua anca a bater-lhe enquanto eu entrava dentro de ti, e os teus braços seguros acima da tua cabeça, primeiro apenas com as minhas mãos e depois com a minha gravata que consegui alcançar – o contorcionismo de que somos capazes numa foda! – amarrando-te os pulsos. Estavas à minha mercê, e de certo modo também eu à tua, enquanto o prazer crescia dentro de mim, e tu ias tentando manter-te em pé, a custo. A muito custo, dos repetidos orgasmos, do quanto te vinhas, ora comigo em ti, ora com os meus dedos que te massajavam. E tu dizias que querias mais, e tu dizias mais depressa, e tu dizias vem-te, que és tão minha, e eu perdia-me em sonetos desconexos de prazer ao teu ouvido, mas fodemo-nos a tempo. A tempestade avançara rápida, galgaram as nuvens escuras e o céu azul estava finalmente engolido, e não tardaria até que gotas grossas, caídas do nada, batessem fortes na vidraça e nós entendêssemos que havia chegado a hora da melancolia, das coisas amorosas, que assim como as carruagens se transformam em abóboras, também as nossas fodas se transformam em romantismo quando chove, e das vidraças castigadas por corpos irrequietos, passamos ao aconchego de uma manta que nos cobre, deitados lado a lado, encaixados numa concha que dá repouso, e mimos, muitos mimos. Os nossos mimos que depois, debaixo do Sol, dariam de novo lugar à foda bruta, improvisada, animal como nós."
João
Geografia das Curvas

«A albarda»



Pierre Subleyras (1699-1749)
«Le bât» (The pack saddle / A albarda)
1732
Óleo sobre tela
30.5 x 24.5 cm
The State Hermitage Museum

Via Bernard Perroud