14 outubro 2014

13 outubro 2014

«Quarto 20»


Room 20 from WWM on Vimeo.

Postalinho picante

"Nas prateleiras do Jumbo do Dolce Vita, em Coimbra!
O picante é afrodisíaco, mas este deve ainda ser mais!"
Henrique P.

«conversa 2107» - bagaço amarelo

(ao telefone)

Ela - Desculpa por este fim de semana.
Eu - Desculpa o quê?!
Ela - Por não te ter dito nada. Eu tinha prometido telefonar-te para jantarmos os dois, mas o tempo passou a voar e nem te avisei que não podia.
Eu - Não faz mal. Nem sequer me lembro de me teres dito que ias telefonar...
Ela - Não?!
Eu - Sinceramente não...
Ela - Raios, pá! Então eu faço-te uma coisa destas e tu nem ligas?!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Ei, isso é preconceito

Não pode fazer piada com essas coisas.



Isso mesmo, amor, agora sou um saco de banha e não farei nada pra mudar isso.

Capinaremos.com

12 outubro 2014

«Teat Beat of Sex»


"Teat Beat of Sex" from Signe Baumane on Vimeo.

Luís Gaspar lê «Encontro» de Margarida Piloto Garcia


Se puderes
dobra essa esquina e abre os olhos
para me espreitares por dentro
Em qualquer pedaço de gesto, demora-te.
No intervalo da minha ausência
muda o tempo do verbo, mas não o próprio verbo
Desagua o verso sem pressa e faz fintas à vida
sem esquecer que a felicidade é um abraço
imprevisto
Se puderes
perde o rasto da razão mais-que-perfeita
e sorve o vento embalado num beijo inesquecível
a bater no chão fecundo do meu seio.
Se quiseres
vem com o vazio das mãos ávidas de mim
perseguindo o impensável sem curvas nem ossos
com o tempo a chiar e a tomar para si o pó dos dias
Se quiseres
ama esta inevitabilidade feita de um querer comum
e escreve sobre o amor abrigo ou inquietação
Depois
se puderes
se quiseres
sente as impronunciáveis emoções
e no obsceno arrepio que inventamos
a vida será chama sem palavras
e nada mais importará

Margarida Piloto Garcia
(Este poema de Margarida Piloto Garcia foi gravado no âmbito do direito que as pessoas registadas na Loja da Raposa têm de verem gravado um poema seu ou do seu poeta favorito.)
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Parte-se-me o coração


Parte-se-me o coração de o ver ali estatelado no sofá, cansado do trabalho que já não pode com uma gata pelo rabo, com uns olhos meiguinhos a fazer vaivém entre o seu zézinho e a minha face, que uma mulher não é de ferro.

E fui buscar a caixa dos kleenex macios mesmo perante o seu olhar de reprovação e pousei-a à beirinha do sofá. Com os joelhos flectidos sentei-me sobre as suas ancas e atirei com a t-shirt de alcinhas para rapidamente alternar os meus mamilos na sua boquinha em busca da sua linguita molhada e do seu sugador instinto primário. Desapertei-lhe a camisa e espreguicei os meus braços no seu peito enquanto andava para trás como o caranguejo para fazer o bonitinho de meter os dentes na fivela do cinto que dá sempre o ar de animal selvagem a querer devorar a presa, mesmo que depois tenha sido à mão que o desapertei e lhe abri a braguilha para com ambas as mãos lhe pegar o músculo ainda amolecido e o lamber de cima abaixo e às voltas enquanto ora esticava os dedos pelo meio das suas bolinhas esponjosas ora as amassava até a consistência permitir degluti-lo centímetro a centímetro de forma cada vez mais enérgica.

Partiu-se-lhe o coração de eu ter terminado a limpar afincadamente as minhas mamas com os kleenex mas estou tão satisfeita comigo porque nesta época crítica de dietas não posso engolir nem mais um grama para não estragar a figura a exibir na praia e assim, como nos anúncios de iogurte, empenho-me nas calorias pelo zero, o sabor por inteiro.


Postalinho do Butão (7)

"Acho que tens uma parecida!
Beijinhos
Daisy"