24 novembro 2015

E depois a tarada sou eu...


Às vezes a neblina cobre a ponte Vasco da Gama com a elegância de uma lingerie.

Sharkinho
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adopção aprovada


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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 15







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Novas Cartas Portuguesas, vistas por Catarina Sobral

Impressão 1/20 de uma ilustração feita para uma exposição colectiva da Feira do Livro do Porto de 2015.

Como explica a autora, Catarina Sobral: "foi-nos pedido que escolhêssemos um livro e ilustrássemos a capa para uma exposição colectiva da Feira do Livro do Porto" (de 2015).

O livro «Novas cartas portuguesas» (NCP) é uma obra literária publicada conjuntamente pelas escritoras portuguesas Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa em 1972. As autoras ficariam conhecidas internacionalmente como “as três Marias” (The Three Marias tendo sido mesmo o título da edição original do livro em inglês). Nos anos setenta, a publicação de NCP assumiu um papel central na queda da ditadura dirigida por Marcelo Caetano, uma figura apenas superficialmente mais liberal que o seu antecessor António de Oliveira Salazar. O livro revelou ao mundo a existência de situações discriminatórias agudas em Portugal, relacionadas com a repressão ditatorial, o poder do patriarcado católico e a condição da mulher (casamento, maternidade, sexualidade feminina). NCP denunciou também as injustiças da guerra colonial e as realidades dos portugueses enquanto colonialistas em África, emigrantes, refugiados ou exilados no mundo, e “retornados” em Portugal.

Uma ilustração deliciosa na minha colecção.






Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

23 novembro 2015

Axe - «Massagem»


AXE / MASSAGE from FMKS on Vimeo.

«Batalhas campais» - João

"Leio algumas mulheres regularmente, o que poderia considerar-se estudo porque os homens já eu conheço, e Deus sabe que demasiados daqueles que partilham o género comigo são de tal modo primitivos que lê-los se torna penoso. Conto poucos homens que aprecio ler, e as mulheres, na sua complexidade – que não é mais ou menos que os homens complexos, apenas diferente no âmago -, oferecem leituras mais interessantes. Há uma matéria, porém, que me choca em alguma escrita feminina, e que se prende com a maternidade, com o ter ou não ter filhos, com o que fazer com eles. Choca-me não pelo conteúdo das opiniões, mas pela sua forma, pelo extremar de posições que é sempre pior entre mulheres.

Não nascemos todos para ser pais, mas na dança de conas e caralhos – ah, o core business desta Geografia afinal! – os filhos às vezes acontecem, com graus variáveis de premeditação, desejo e oportunidade.

Algumas das mulheres que leio são, ou aparentam ser, fortemente contra a maternidade. Enfurecem-se com idas a restaurantes onde estão crianças, reclamam espaços reservados a adultos, alinham em campanhas ferozes contra a amamentação, acusam os pais e mães de ter uma existência triste por comparação com os adultos que não têm filhos, em síntese, colam na testa daqueles que são pais uma etiqueta com um “idiota” escrito a marcador de ponta grossa e resistente à água. Talvez porque são as mulheres que transportam os filhos nas suas barrigas durante alguns meses, é a elas que eu vejo discutir isto. Os homens raramente se ocupam destas conversas, remetem-se ao sacrossanto futebol – que felizmente me transcende -, ao automobilismo ou, e isto sim acho bem, à apreciação das curvas femininas. É raro haver um comentário crítico da maternidade que não descambe numa batalha campal entre mulheres, com acusações diversas e argumentos gastos. “Não sabes porque não és mãe”, “quando fores mãe mudas de opinião”, “os filhos portam-se mal por causa dos pais”, e tantos outros que não reproduzo por fastio. Não nascemos todos para ser pais, mas na dança de conas e caralhos – ah, o core business desta Geografia afinal! – os filhos às vezes acontecem, com graus variáveis de premeditação, desejo e oportunidade. E talvez não faça sentido reagir com tanta violência às opiniões de quem os tem e de quem os não tem. E talvez também não faça sentido arranjar formas mais ou menos subtis de chamar idiotas aos que são pais e mães, ou de sugerir que as suas vidas são deprimentes porque têm filhos que berram e que os deixam cansados. Todos os pais têm momentos em que lhes apetece atirar os petizes pela janela. Possivelmente os nossos pais também o pensaram. Os pais de quem critica a maternidade também o terão feito, e no entanto, não tivessem eles vivido essa experiência, quem critica não o faria. Não estaria cá.

Sim, é verdade que os filhos podem ser maçadores. Dão trabalho. Sujam-se, cagam no chão, tiram sozinhos fraldas cheias de merda, são insuportáveis quando têm sono, comam o que comerem pingam do queixo, sujam a roupa, fazem birras por coisas que a nós parecem insignificantes, mas também são aqueles que se deitam ao nosso lado e dizem que gostam muito de nós, são aqueles em cujo cabelo se encontra a paz quando lhes fazemos carícias (há outros cabelos e outras formas de paz, e de pás, como sabeis), e a forma como cada um vive os momentos mais complicados – i.e., os mais sujos e barulhentos – é coisa nossa. Talvez as nossas vidas sejam um bocadinho deprimentes em alguns momentos da paternidade, assim como as vidas de quem não tem uma experiência familiar podem ser um pouco vazias de sentido a dado momento, mas nada disto define uma vida inteira. São curvas que fazemos, e o extremar de posições, que da normalidade ao insulto demora um segundo, é um disparate que eu convidaria as mulheres a não alimentar. E só não convido os homens a também não alimentar essas discussões porque sei que a maioria deles está a ler um jornal desportivo, e os que não estão provavelmente pensam qualquer coisa parecida comigo. Quem não quer ter filhos, viva com isso e divirta-se como ache melhor. Quem os tenha, ature-os e ame-os como deve. E deixem-se disso de achar que uma vida é melhor que a outra. Na soma de momentos e opções, nenhum caminho é totalmente certo."

João
Geografia das Curvas

Postalinho das mensagens subliminares

"Passou-me uma rapidinha ao lado."
Sofia Coppula


Vamos tentar sexo anal?



Capinaremos.com

21 novembro 2015

«Officina del Piacere» - Kinbaku LuXuria


Officina del Piacere 14 Settembre 2011 from KinbakuLuXuria on Vimeo.

Um video de kinbakuluxuria.com

A imaginação é a alavanca da humanidade

Crica para veres toda a história
Isto poderia acontecer


2 páginas

(cricar em «next page»)

«A rigidez dos conceitos jurídicos» - por Rui Felício

A fidelidade é a pedra angular do casamento.
O João e a Beatriz, ambos advogados, sabiam isso melhor do que ninguém. Ambos tinham estudado na faculdade que, entre as causas de divórcio, destacava-se a infidelidade de um dos cônjuges, como a principal, senão a mais inquestionável, causa de revogação do compromisso contratual que subjaz ao casamento.

Não só por razões estritamente legais, mas também, e principalmente, por questões éticas, tradicionais, socialmente estabilizadas, a fidelidade é um conceito imperativo, uma condição "sine qua non", universal, para a manutenção do vinculo conjugal.
O João, casado com a Beatriz, andava desconfiado...
- Tu tens outro! Diz-me a verdade!
- Juro que não que não tenho outro, defendia-se a Beatriz.
- Vejo no teu olhar que me estás a mentir. Tu tens outro homem, não tens?
- Já te disse que não. Tu és o único homem na minha vida!
«Duas mulheres»
Estatueta da colecção de
arte erótica «a funda São»
A segurança que a Beatriz demonstrava nestas respostas não tranquilizava, contudo, o João.
Um dia seguiu a mulher. Entrou sorrateiramente no hotel para onde ela se tinha dirigido, conseguiu, a troco de uma choruda gorjeta, obter uma chave duplicada do quarto onde ela estava, e, pela porta entreaberta, teve a confirmação de duas verdades insofismáveis.
A primeira, foi a de que a Beatriz, de facto, não lhe tinha mentido!.
A segunda, foi a de que ela lhe era, indubitavelmente, infiel.
Paradoxal, mas verídica, esta descoberta:
Na cama, a Beatriz, nua, entregava-se perdidamente, como nunca o tinha feito com ele, às carícias e beijos profundos da Marília, igualmente advogada e ex-colega de ambos na faculdade...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Será que passa factura?!...


A que acabei de pinar trabalhava por cona própria.

Patife
@FF_Patife no Twitter

20 novembro 2015

The Songwriters - «I Want You To Be My Wife»


The Songwriters - I Want You To Be My Wife from Pavel Ruminov on Vimeo.

«conversa 2133» - bagaço amarelo

Ela - Fui para a cama com um gajo há três dias e ainda estou à espera que ele me telefone.
Eu - Queres muito que ele te telefone?
Ela - Por acaso, quero.
Eu - Já lhe telefonaste tu?
Ela - Não tenho coragem.
Eu - Porquê?
Ela - Logo no primeiro dia, eram para aí umas três da tarde, mandei-lhe uma mensagem a dizer que os homens são todos uma vergonha. Levam uma gaja para a cama e depois não dizem nada...
Eu - Hum...
Ela - Achas que o espantei?
Eu - Sei lá. A mim espantavas-me de certeza.
Ela - Opá! Estava ansiosa... Ele foi tão encantador. Fez-me o pequeno-almoço e tudo...
Eu - Fez-te o pequeno-almoço?
Ela - Sim, porquê?
Eu - É bom sinal. Eu só faço o pequeno-almoço se gosto muito da pessoa com quem passei a noite.
Ela - Fixe. Mas então porque é que ele ainda não disse nada?
Eu - Se calhar espantaste-o...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Obsceno» - Ruim

O que será para uns não será para outros, a obscenidade é como ananás na pizza ou o pickle do Big Mac e será sempre uma questão subjectiva sujeito à interpretação individual que cada um tem. Esta nossa avaliação moral que temos e que fazemos constantemente é o produto de anos de educação e exposição a vários elementos do nosso meio social.
O nosso julgamento a nós nos pertence e o meu partilho quando me o pedem, tentando sempre transmitir de forma a que a pessoa perceba o meu ponto de vista estando do meu lado.
Nesta questão partilho um pouco a visão do Larry Flint, um gajo que parece ter levado com uma pá de coveiro na cara, mas que teve uma luta de vida contra o cínico moralismo americano. Não vou estar aqui a citar o homem palavra por palavra, mas o fundador da revista pornográfica “Hustler” pôs as pessoas a pensar sobre o que podemos considerar obsceno. O corpo humano? Sexo? Homens nus? Mulheres nuas? Porque é o sexo obsceno? Em que medida um acto natural é de tal forma nos incutido como algo falado em forma de tabu que quando somos expostos há sempre parte de nós que se retrai? Até eu. Eu um dia se tiver uma filha, vou ter dificuldade em falar de sexo com ela porque de certeza vou ser demasiado cientifico e técnico porque a última coisa que qualquer pai deseja é falar de mamar em sardos com a própria filha. “Vai falar com a tua mãe, eu vou lá abaixo comprar tabaco” – seria a minha resposta.
E porque é que é assim? Porque eu, tal como vocês, e por muito que alguns de nós tenhamos sido criados por pais liberais (o meu caso), continuamos a viver num meio que de uma forma ou outro nos mina a cabeça para continuarmos a manter o sexo como algo que deve ser falado off topic. Há sim coisas que devem ser mantidas na intimidade, como em tudo porque entrar na vulgaridade é outro tipo de questão em si. Mas quando a simples visualização do corpo, de partes do corpo, de actos perfeitamente naturais (e não estou aqui a falar de dois anões a espetar cones de sinalização no rabo de uma alemã vestida de bailarina) é algo obsceno… a mim deixa-me algo triste. Não estou a dizer que devemos todos andar a espalhar fotos de nabos e senaitas em panfletos e distribuir à porta do metro no Saldanha apenas porque sim, dado que isso era ridículo e sem nexo. Agora quando uma coisa é com sentido e num propósito que se consegue encaixar num contexto e/ou conceito e no fundo até tem um sentido positivo, é muito triste constatar quem em pleno 2015 haja tamanha tacanhez de espírito.
Tacanhez de espirito essa que não se deixou impressionar ou achar obscena a foto de uma criança morta.
As imagens de violência que percorrem os nossos canais e redes sociais.
As imagens sangrentas de uma tourada em pleno horário nobre.
A exploração do sofrimento humano por parte de alguns media.
A violência psicológica e por vezes física para com mulheres que alguns dos reality shows nos trazem ao ecrã do nosso lar.
Portanto foi uma pila com olhos que incomodou? Ou umas mamas? Um rabo?
E não estou a dar demasiada importância a isto dado que foi uma denunciazinha parva e até quase sem maldade (espero eu), mas era um tema que já queria falar há algum tempo e aproveitei a maré.E sim, fiz uma tempestade num copo de água porque eu também gosto de me fazer de vítima. Sou uma diva de barba.
O que é obsceno? Que tipo de mundo estamos neste momento que já nem pisca os olhos a imagens de porrada, mas deixa-se ficar melindrado por uma pila com olhos?
O nosso.

Ruim
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«Sistema nervoso» - Shut up, Cláudia!



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