13 outubro 2016

Postalinho do Sri Lanka 1

"Fresco «Donzelas Douradas», na Rocha do Leão de Sigiriya."
Daisy Moreirinhas

«Conselhos de mãe valorosos e dicas para as meninas!» - Cláudia de Marchi

Boa tarde gente! Que triste ter que usar o celular para escrever! Espero que meu notebook ressuscite! Acabei de atender um cliente de exatas: professor de física! Um fofo, está com o pé num namoro, ficamos só nos carinhos mesmo e ele gozou. A conversa foi longa e prazerosa. E ele me pagou mais de R$ 250,00 a mais pela hora. Um lord! Tava aqui me lembrando da sapiência da minha mãe. Entre final de fevereiro e o dia em que vim pra Brasília, período de maturação da ideia de tornar-me acompanhante, tive duas crises de covardia. Eu dizia pra minha mãe que para ter lucro eu teria que fazer coisas que não curtia, transar com mulheres e fio terra por exemplo. Ela dizia: "Quem te disse isso? Você só deve e irá fazer o que lhe dá prazer!". Eu, como a maioria de vocês sempre achei que a vida das acompanhantes fosse vazia, que elas tivessem que se sujeitar à tudo e sentissem nojo ou tristeza. Eu achava que nenhum homem quisesse agradar uma escort na cama, pois eles estariam pagando!Ledo engano meu! De fato, cobro um valor que não atrai qualquer um, mas os meus cortejados são demais! Como cansei de dizer, tenho mais prazer com eles do que com os homens que namorei. Eu, sou extremamente categórica e direta sobre o que faço ou não faço. Não atendo casais, pois não tenho tesão por mulher, não sei "comer homem" de forma alguma e isso não me excita nada, não faço swing ou coisas afins. Atendo mais do que um homem por uma hora num valor de R$ 1.500,00 a hora se forem 2 ou R$ 2.000,00 se forem três. Não atendo mais do que 3, porque me faltam cavidades penetráveis... Risos... Enfim, como cortesã eu não topo tudo, não vou até cidades satélites pobres e nem vou à festas sem receber adiantado. Tenho uma vida especialmente discreta e caseira como sempre tive e é como sou feliz. Não tenho amizade ou intimidade com colegas e nem quero. Pelo contrário, cada uma na sua. Já ouvi dizer que é preciso ter parceria nessa área e tal, mas pra mim não, pois não faço ménage de duas mulheres. Amo, simplesmente amo ficar sozinha! (Eu sei que sou esquisita!). Claro que livrarias, shopping, restaurantes e shows são bem vindos, Pubs talvez, mas não como Simone, apenas como Claudia e sem ficar com ninguém. Existem estupradores por aí, homens que batizam a bebida da garota, motivo pelo qual, cervejada em lancha e festinhas afins eu não vou. Apenas e tão somente com depósito antecipado do valor correspondente ao tempo em que irei abrilhantar o "evento". Não há nada de "topa tudo" por dinheiro na Simone, acompanhante de luxo. E feminista, que antinômico né?! Mas existe, eis-me aqui! Risos... Eu quero ter prazer, não apenas dar. O que me deixa desconfortável eu "passo". E deixo esta dica para as colegas de ofício: não percam o respeito por si mesmas fazendo coisas só por dinheiro. Cobrem mais e façam só o que realmente gostam! Simples assim. Sem desespero, sem autodepreciação e um sorriso após o atendimento e sono tranquilo e reparador à noite!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Criminosos do sexo - volume um - Um truque estranho» - Matt Fraction e Chip Zdarsky

Livro de banda desenhada.
Sinopse da editora (Devir): Suzie tem um segredo. Para ela, o sexo faz com que, em seu redor, o mundo pare – literalmente. Jon tem um problema. Odeia a sua vida, o seu trabalho, e também a peculiar maldição que o torna igual a Suzie. Rapariga encontra rapaz, rapariga engata rapaz. E pela primeira vez nas suas vidas encontram-se sozinhos, mas juntos. Portanto, fazem o mesmo que faria qualquer casal jovem e recente que desfrutasse de sexo e da capacidade de paralisar o tempo: põem-se a assaltar bancos.
Com este, são 207 livros de banda desenhada na minha colecção (num total de 1.900 livros).












A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Notícias Copulares» - Adão Iturrusgarai


12 outubro 2016

Nowness - «Describe beauty» (descreve a beleza)

«É por isso que estou aqui» - bagaço amarelo

Estou sentado ao balcão de um bar qualquer onde nunca tinha entrado. É pequeno, o espaço, e do outro lado uma mulher vai fingindo que tem coisas urgentes para fazer. Eu percebo-a. Não a conheço de lado nenhum e, se ela estivesse desocupada, estaríamos demasiado perto um do outro para quem não tem nada a dizer ao outro. Provavelmente seria eu a beber este copo de uísque a correr para procurar alguma privacidade noutro lado qualquer.
Porque é que não vou para casa? Porque preciso de estar sozinho com alguém perto de mim. De preferência alguém que não me conheça e finja estar a fazer alguma coisa para não cruzar o seu olhar com o meu. É assim que estamos os dois, a fingir que não damos pelo outro apesar de ambos termos uma presença pesada.
Ela é bonita. Tenho a sensação que muitos homens já se apaixonaram neste mesmo balcão. Talvez alguns tenham tentado meter conversa com ela e outros tenham simplesmente bebido demais para esticar o tempo deste impasse.
Ela não sabe, mas eu não estou assim tão sozinho como parece. Tudo o que eu faço já fiz contigo ao meu lado. É por isso que continuas a estar comigo, apesar de não estares. Por exemplo, há bocado abraçaste-me e pediste-me para molhar os lábios no meu copo. Depois disseste-me que não percebes como é que eu bebo estas coisas. Fizeste uma careta e eu saboreei o simples facto de existires.
É por isso que bebo estas coisas. Tudo o que bebo, o que como ou o que respiro sabe-me à tua existência e isso chega-me para me sentir feliz. Feliz é a palavra. Não há outra para definir o meu Amor por ti.
Ou então há. Estar assim num espaço pequeno, com uma mulher à minha frente sem fingir que está ocupada a fazer qualquer coisa, só me acontece contigo. Mesmo que tão calada como este copo que bebo. É por isso que estou aqui.
Onde estiver estarei bem.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Areias macias

Areias macias escondem pedras duras que nos magoam a sola do pé. Haverá uma razão para uma força superior ter criado um ser que chora, que odeia, ama, aprende, morre...
Nada mais fazemos aqui do que andar a destruir o mundo, alguns a iludirem-se com falsas citações do género "corre atrás dos teus sonhos e irás ter o que queres". Não sou de fugir à luta mas o meu sonho, entre outros, é ter a habilidade, as ferramentas, o poder para acabar com a fome e morte em África... Bono Vox, mediático, figura influenciável, grita nos seus concertos "Áfricaaaaaaaaaaaaa", conseguiu?
Seremos nós dignos de um passado rico como o Renascimento, ou o próprio nascimento da sabedoria, do pensar?
Eu sou digna daquilo que sei, não me orgulho de coisas que faço, fiz e farei enquanto se meterem comigo...  não correrei atrás dos meus sonhos mas sim de quem gosta de mim e tem fé em mim...



Ah, bicho danado!...


11 outubro 2016

Procu...rem



O que um disco riscado pode fazer à canção "Caminho Errado" do tenor Luís Piçarra.

A explicação detalhada desta ocu... ocu... ocu.. ocorrência está disponível aqui.



Ninguém está livre... mesmo de si próprio


Admito, já me apaixonei várias vezes pela pessoa errada. Acontece a qualquer de nós.
Por exemplo, já várias pessoas se apaixonaram por mim.


Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 59

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.






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Guarda-chuva malandreco

Aquele guarda-chuva parece ter vida própria... porque o vestido também...
Pequena taça em porcelana Rosenthal da série "amorosos" de Peynet, dos anos 60.
Mais uma peça a juntar a outras desta série, na minha colecção.






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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09 outubro 2016

Luís Gaspar lê «Tardinha…» de Florbela Espanca

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços…

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca … o eco dos teus passos
O teu riso de fonte … os teus abraços
Os teus beijos … a tua mão na minha.

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca…
Quando os olhos se me cerram de desejo
E os meus braços se estendem para ti.

Florbela Espanca
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, é uma conhecida e popular poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotismo, feminilidade e panteísmo.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«respostas a perguntas inexistentes (350)» - bagaço amarelo

O Amor dispensa planos. Quando duas pessoas que se Amam fazem planos fazem-nos para a vida, mesmo que pensem que os estão a fazer para o Amor. O Amor pouco mais planeia do que Amar. A vida é que requer planos para tudo, desde cada refeição até à forma como se vai ganhar a vida. Aliás, é por isso que falamos em ganhar a vida mas nunca falarmos em ganhar o Amor.
O Amor é estatisticamente absurdo. Somos sete mil milhões de pessoas no planeta, mas quando nos apaixonamos passamos a acreditar que encontrámos a única que realmente queremos Amar. É uma mentira óbvia em que passamos a acreditar. Uma vez disse-te que acho que aceitamos essa mentira porque Amar alguém é um acto criativo. Apesar de não haver planos, cada Amor entre duas pessoas é diferente do outro. É por isso que, ainda assim, é mais difícil Amar do que viver. A vida pode-se ganhar, o Amor não.
Quando me calei tu sorriste, apagaste as quatro velas da mesa do jantar com os dedos humedecidos na tua própria língua e molhámos a nossa vontade no fundo de mais um copo de vinho. Depois deitámo-nos na tua cama com os lençóis já tão usados. Acho que foi a primeira vez que fizemos Amor. Estava tudo planeado, menos isso.
É do que me lembro. Do jantar não.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Vai um setubalense?



Tou?… Ó pessoal, já estou aqui a caminho do Alentejo para dar uma satisfação à minha mãezinha que é a única mulher como deve ser que bem me lembro que enquanto vivi com ela sempre me tirou as espinhas ao peixinho mas depois vou logo ter convosco, estejam descansados.
O que foi é que… vocês bem sabem que eu tenho andado com uma depressão, assim a modos como o Silva que se enforcou com o cinto lá na casa de banho, porque aquela mulher tirava-me do sério e este filho da puta aqui à minha frente não anda nem desanda, parece que vai a pisar ovos e não na estrada. Agora a gaja, eu bem lhe dizia como ela havia de fazer mas ela não senhor, tinha sempre de fazer à moda dela, tinha de ser tudo como ela queria. Ela nunca me obedecia em nadinha desta vida e olha, passei-me de todo e peguei na minha menina e zumba acertei-lhe mesmo em cheio no coração que caiu aí logo redonda no chão que pontaria é coisa que felizmente nunca me faltou.
Ah, o miúdo não, não viu nada que tive o cuidado de primeiro o fechar na casa de banho não fosse ele ainda atravessar-se no meio do caminho que a mãe fazia-lhe todas as vontadinhas e era tudo do bom e do melhor para o menino, mesmo que não houvesse para ela e para mim. As gajas são a pior coisa da vida dum homem e sobretudo quando têm o nariz empinado e julgam que mandam alguma coisa, que é como eu vos digo a única mulher que respeito é a minha santa mãezinha.

Maitena - Condição feminina 48