11 abril 2023

Na vidraça da janela

Medalha da série "EROS". José Simão, 2003. Anverso: "Na vidraça da janela, a chuva, leve, tinia… A. Botto”. Ao centro, dois amantes abraçados, Reverso: Os rostos dos dois amantes contemplando um céu estrelado.
Medalha da série “EROS” composta por seis medalhas dos escultores Helder Batista, Raposo França, Vítor Santos, José Aurélio, José Simão e José Teixeira. A minha coleção não inclui a medalha de José Aurélio ("Lascivo Salivo Cativo"), a única que teve uma edição de autor.




10 abril 2023

Sabes o que é "Filosofoda"? E um "Filosófodo"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Filosofoda - busca constante do saber foder. 
Filosófodo – aquele que estuda e pratica a filosofoda.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

09 abril 2023

«Naquela tarde» - António F. de Pina

Naquela tarde
Havia um bailado de aves
Sob a chuva miudinha
Posso jurar.
Havia dormência no olhar
Constante como ausência
Prenúncio ruim e circunstante
Na dolosa angústia enraizada.
De repente despertei
E num sobressalto
Translúcido e inesperado
Surgiste tu.
A precisão dos teus passos
Desafiava o som descompassado
Borbulhante e solto
Da pluviosidade desaguante
Na sarjeta.
Afagavam-te o rosto
Diminutas gotículas
Que serpenteavam a gravidade
E a ternura do momento.

Tinhas os olhos febris
E uma luminosidade crepuscular
Nos lábios entreabertos.
A tua respiração era ofegante
Descomedidamente
Apressurada.
Por vezes o desejo
Adivinha-se no tremor
Dos dedos e da voz
Ofuscando o nosso redor:
Miragem de um horizonte rubro
Palpável como se fosse real.
Não existia tempo nem destino
Apenas um cúmplice silêncio
Rigoroso e vertical
Naquela amálgama
De sentidos despertados.
O resto
Não digo
Porque me deixa saudoso
Melancólico
E definha-me o pensamento. 

«O silêncio e o gume da palavra», 2022
© todos os direitos reservados



08 abril 2023

Mulher procura algo nos seios... e mostra o rabo

Estatueta em porcelana que pode servir de pequena bandeja, com segredo.
Proveniente da Alemanha.  
Mais uma peça na sexão de mecanismos e segredos na minha coleção.










06 abril 2023

L´éjaculation sentimentale

Livro de banda desenhada de Wassim, coleçãoBD Cul, edição Les Requins Marteaux, França, 2018.
Hormonas, porra, drogas e dedos no cu, para Louis, Sasha e Théo, é a promessa de uma noite inesquecível! Mas a festa anunciada rapidamente se transforma numa aventura de pesadelo para os adolescentes. Particularmente Louis, o nosso herói virgem, que entre impulsos sexuais e frustrações intensas gradualmente se afunda numa psicose mantida por essa vozinha que o persegue.
Mais um livro de BD na minha coleção.


04 abril 2023

O acusado



HenriCartoon

Eros & Psik

Medalha da série "EROS". José Teixeira, 2003. Anverso: o símbolo de Marte, dentro do qual está um pequeno porco. Orla com a legenda “€RO$ &”. Reverso: o símbolo de Vénus, tendo no seu interior uma vaca. Orla com a inscrição “P$IK”.
Medalha da série “EROS” composta por seis medalhas dos escultores Helder Batista, Raposo França, Vítor Santos, José Aurélio, José Simão e José Teixeira. A minha coleção não inclui a medalha de José Aurélio ("Lascivo Salivo Cativo"), a única que teve uma edição de autor.



03 abril 2023

Sabes o que é um "Filólogo"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Filólogo - aquele que tem uma fixação em línguas e nas suas utilizações para além da fala.

Faz a tua encomenda aqui. Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
A editora (Chiado) já não tem este livro à venda. Só o encontras aqui!

02 abril 2023

«Ansiedades» - António F. de Pina

Trazias nos olhos um brilho de mulher
E um sorriso prematuro como um beijo
Um torvelinho em cada braço sem saber
E o linho claro de um conceito no desejo.

Porque as palavras para aquém da fluidez
Emaranhadas nas teias da nossa mente
Lembram sangue lembram Pedro e Inês
Neste tempo que é urgente estranhamente.
Quase não lembro qual era a sensação
Na presença real do teu corpo abstraído
De ter tudo sempre tão presente tão à mão
E tão distante ao tocar-lhe embevecido.
Mas eras tu feita saudade permanente
Amazona deste tempo galopante
A esbrasear gritos em cada fria madrugada
Numa implosão de ansiedade requerente
Que resumidamente
É quase tudo é quase nada.

Trazias nos olhos um brilho de mulher
E um sorriso prematuro como um beijo
Um torvelinho em cada braço sem saber
E o linho claro de um conceito no desejo.

«O silêncio e o gume da palavra», 2022
© todos os direitos reservados