09 dezembro 2015

Vinde a nós



HenriCartoon

Arte Erótica por Mary Basset


Erotic Art by Mary Bassett: NSFW from Esoterica Art Agency on Vimeo.

«monopólio» - bagaço amarelo

No Amor, joga-se como no Monopólio, até porque se há Amor, o que se pretende é o monopólio do outro. Não da pessoa, mas precisamente do seu Amor.
Andamos por aí de mãos dadas, felizes como dois anjinhos, mas depois da casa Partida podemo-nos afastar de forma cruel. Às tantas esticamos a mão na Avenida Todi, em Setúbal, e ela já vai na Rua Augusta, em Lisboa.
O que é que queremos receber e o que é que estamos dispostos a dar? Quase nunca é o mesmo. É por isso que vamos vivendo de acordo com a sorte dos dados, à espera que de vez em quando os dois parem na mesma casa e tornem a fazer Amor. Na rua Ferreira Borges, em Coimbra, por exemplo.
É claro que a vida tem a mania de ser um problema para o Amor. Todos gostamos de passear por aí, de vez em quando, livres como passarinhos. E ainda bem, para que às vezes nos apeteça ir juntos para a casa Prisão.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do IC2

"Este modelo do Alfa Romeo Giulietta, se já tinha umas luzes traseiras muito... interessantes, com uma das luzes fundidas ainda ganha outro simbolismo."
Paulo M.


Lógica



07 dezembro 2015

یکی شدن ائروتیک انسانهای عاشق‬‎

Sim, adivinharam, o título é «o amor erótico humano».
Filme para a exposição «Sade» no Musée d'Orsay (Outubro de 2014 a Janeiro de 2015).


‫یکی شدن ائروتیک انسانهای عاشق‬‎ from Tabbesh on Vimeo.

«Vigésima-quinta hora» - João

"Na vigésima-quinta hora ele entrou, nu, na sala clara com uma cadeira ao centro, e sentou-se, no mais absoluto silêncio. Minutos depois, ela entrou, de lingerie escura, e caminhou até ele. Silenciosa. Fez-lhe sinal para que nada dissesse, nada falasse. Afastou-lhe as pernas e puxou-o um pouco mais para a frente da cadeira e com isso sentou-se sobre uma das suas coxas. Assim que o fez, ele sentiu-se molhado, percebeu que ela estava perdida para os sentidos e para o mundo, como ele, e enquanto as mãos dela se apoiavam nos seus ombros, cravando as unhas na sua pele, oscilava a cintura esfregando a cona na coxa dele, até aquela coxa ser uma superfície sem atrito, e ela a morder o lábio, ela a vir-se, a tremer, o corpo em convulsão como se uma corrente eléctrica a percorresse. Depois, levantou-se, passou a mão pela cona encharcada e depois essa mesma mão pela boca dele, beijou-o, virou-se, e foi-se."
João
Geografia das Curvas

Postalinho do Minho

"Perto de Viana do Castelo, ou eram baratas em escudos ou são caras em euros".
São P.


O malabarista



Capinaremos.com

06 dezembro 2015

«Sexo conjugal» - Porta dos Fundos

«pensamentos catatónicos (326)» - bagaço amarelo

Eu não acredito no Amor. Acredito, no entanto, num Amor. Um qualquer, desde que seja um e não o.
Cansa-me um bocado ver o Amor constantemente comparado à pasta medicinal Couto (só os portugueses com mais de trinta e oito anos é que percebem isto). Anda na boca de toda a gente, mas não no coração.
Eu explico-me melhor. Às vezes parece-me que o Amor é estúpido. A normalidade é quem não sabe Amar fartar-se de dar lições sobre o Amor a quem sabe ou, pelo menos, a quem tenta realmente saber. Esse Amor é estúpido, sim. Mas, felizmente, resta-nos o paraíso de um Amor. Só um, aquela ilha.
Quem sabe Amar percebe que o Amor só pode ser esse, o um. E como o Amor só pode ser um, é preciso ir contra aquilo que a maioria pensa que é o Amor em geral, ou seja, uma boa bosta: "Não te separes!", "Vê se aguentas o que tens, pelo teu filho", "Olha que, se o deixas, não sei se arranjas outro...".
O Amor é conservador e aconselha sempre mal. Vai contra aquilo que é e deve ser um único Amor, uma água quente efervescente e não um lago tépido e sujo. Quando Amamos, o Amor não é nada importante. O que importa é quem Amamos de facto.
Amemos alguém com intensidade, por favor, e esqueçamos aquilo que o Amor dos que não Amam diz que deve ser. Amemos uma única pessoa, mesmo que essa pessoa seja outra no dia seguinte. Amemos alguém, menos o Amor.
Por favor.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do amor de sonho


Maitena - Condição feminina 4



04 dezembro 2015

NECRO - «Licinpusee»


NECRO - "LICINPUSEE" OFFICIAL VIDEO from NECRO - Official Video Page on Vimeo.

«conversa 2136» - bagaço amarelo

Ela - Passei a manhã toda a experimentar biquínis e não comprei nenhum.
Eu - Fogo! Não havia um único que gostasses?!
Ela - Passei a manhã toda para concluir que estou gorda e que, antes de comprar um biquíni, tenho que entrar em dieta rigorosa.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Sapo» - Ruim


R: "Sabes que se me beijares eu transformo-me num príncipe?"
J: "Isso é mentira...".
R: "Já alguma vez ouviste um sapo a mentir?"
J: "Tu não és um sapo, meu amor..."
R: "Croak!"
J: "Tu não és um sapo...
R: "Croak!!!"
J: "Se eu te beijar tu calas-te?"
R: "Sim!"
J: "Vês? Não és um sapo..."
F***-se....

Ruim
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«Não vais a bem...» - Shut up, Cláudia!



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03 dezembro 2015

«Feathers» (penas)


feathers (color) from suharevskiy roman on Vimeo.

Postalinho do Norte

"Sobre a mesa..."
São P.



«História do pecado» - estudo de Oliver Thomson

Interessantíssimo livro (editora Guerra & Paz) da minha colecção.

Sinopse:
A tese provocadora de Oliver Thomson é um olhar sobre a complexa relação entre aquilo em que uma sociedade acredita e o modo como se comporta. Alimentada por inveja, idolatria, ganância, racismo, megalomania ou luxúria, a criatividade dos pecadores não tem fim.
Acessível e repleto de pormenores sobre tendências éticas e os catalisadores que as moldam, História do Pecado abrange um espantoso leque de informação, recolhendo exemplos em praticamente todas as culturas e ao longo de todas as eras da História.


Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Bodas de porcelana» - Adão Iturrusgarai


02 dezembro 2015

Pessoas assistem a filmes porno ao lado de actores desses filmes


Homens assistem pornô ao lado de atores pornô from Sweetlicious Tube on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (317)» - bagaço amarelo

Um homem leva o dedo à boca e depois às calças. Tenta tirar uma nódoa com a própria saliva enquanto segura um cigarro fumegante na outra mão. Está à porta de um café que costuma ter homens de meia idade a beber ao balcão e uma mulher mais nova a atender. Espreito lá para dentro e confirmo esse hábito.
Entro para tomar café. Sento-me numa mesa e abro as páginas de um jornal desportivo com vários dias. Não faz mal, não o vou ler. Vou só virar as páginas como quem faz outra coisa qualquer. Às vezes damos pela nossa vida assim, como se virássemos cada dia sem o ler.
O som de um televisor imperceptível disputa o ruído do café com os homens todos, que se exaltam e gesticulam enquanto falam de coisas banais como futebol ou a vida privada de alguém. Tenho a sensação, no entanto, que nenhum deles fala para quem olha, mas sim para a mulher. É por ela que eles querem ser ouvidos. Não uns pelos outros.
Compreendo-os. Há uma solidão em mim que é igual. É aquela que nenhum homem no mundo pode resolver. É preciso ser ouvido e compreendido por uma mulher, mesmo que se diga as maiores asneiras do mundo. Ela é que não compreende. Continua a arrumar copos e pratos como se não ouvisse ninguém.
É uma das coisas que o Amor nos deve dar sempre: uma resposta a uma banalidade. As respostas a coisas banais são a forma mais eficaz de matar a solidão. Isso e o sexo. São dois condimentos essenciais da vida. Quando um Amor não dá para isso, então não dá. É quando se começa a levantar a voz e a tentar tirar nódoas com a própria saliva, sempre perante alguém que arruma copos sem nos ouvir.
Levanto-me. Aproximo-me do balcão para pagar o café e a mulher, que estava de costas, vira-se e vem ter comigo. Pergunta-me se quero número de contribuinte na factura. Que não, respondo. Ela dá-me o troco e o talão. Saio.
É assim, às vezes não ouvimos os outros, mesmo sabendo que eles estão lá. Lembro-me de já ter sentido isso. Pego no telefone e ligo à minha companheira de vida. Preciso de a ouvir por dois segundos que sejam. Ela atende. Sorrio. É essa a importância duma banalidade.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do continente

"Tomate chucha é uma ordem!"
Sofia C.



Dá para os dois lados



30 novembro 2015

Doritos - «À pesca»

«Número» - João

"Para eles és um número, uma pessoa que passa, mais uma, mais um, menos, tanto se lhes dá, diriam que é igual ao litro. Para eles és corpo dado às balas, és esqueleto a quem tirar o tapete, tirar chão, face sem expressão, corpo sem rosto, uma coisa. Uma coisa que hoje está aqui, amanhã ali, e a memória é vaga, não reconhecem valores, não sabem o que fizeste, se fizeste, se ficou por fazer. Para eles és um número entre muitos. Para mim és a pele que me veste, os cabelos que me fazem cócegas, és as pernas que se lançam sobre mim para me segurar no colchão, no sofá, no chão, és as mãos que me apertam em abraços quentes. Para mim és a boca que me beija, os olhos que brilham ao som do meu nome, mulher que faz o mundo acontecer. Tu sabes que também és a cona que recebe o meu caralho, os dedos que mo seguram e encaminham se no calor do momento nos desencontrarmos, és o meu par de uma dança primitiva, o outro lado do espelho. Para eles és um nada. Para mim, mal tive tempo de começar, e não teria linhas suficientes para terminar. É por isso que eles são apenas eles, e eu sou eu. É por isso que eles nunca te viram e eu sempre te vejo. É por isso que eles estão perto, e eu não."
João
Geografia das Curvas

Postalinho das Alturas (serra do Barroso)

"A volta de hoje foi pelos recantos da Serra do Barroso.
Fomos procurar a dona Luísa, procurar alheiras. Não tínhamos esperança, porque os enchidos são feitos no Inverno ou por encomenda, não fumados.
Estava a alimentar os porcos. Fugira-lhe uma porca para o monte e apareceu prenha de um javali.
Era ver os filhotes, bem diferentes dos bísaros, de focinho arredondado e grandes orelhas sobre os olhos!…
Fugiu outra há pouco tempo. «Ela volta…»"
Alfredo e Daisy

A porca...


... e os filhos: