Este livro foi publicado em Novembro de 2002 pelas Edições Asa. "Finalmente Atingi..." transmite-nos a experiência de uma jovem de vinte anos que procura obsessivamente o orgasmo.
Derreti-me com estes excertos:
"Seria tão simples que nos acariciássemos com ternura, que nos sorríssemos, que nos falássemos abrindo-nos sem pensamentos reservados. Existirmos como os personagens dos romances, iluminados pela luz da consciência do autor. Os nossos comportamentos tão orientados, tão dirigidos, seriam então menos absurdos".
"Vejam as ruas das cidades: lugares de não-dito, de mentiras, de vernizes de aparência onde rodopiam milhões de desejos, locais de frustração e de tempos perdidos".
E, depois de muitas experiências frustradas, contadas com todo o detalhe (como quando "ali mesmo, naquele hall de um prédio burguês desconhecido, força o meu cu com o seu caralho que, de resto, não era tão grosso como o de Eric. Felizmente, graças a Deus!"):
"- ESTOU A VIR-ME! Estranho paradoxo da presença intensa e da ausência total".
No fim do livro, a autora (?! Sarah é um nome fictício) constata:
"Um dia, sem dúvida, haverá pessoas pudibundas que condenarão a minha atitude por libertina. É uma gente que me choca e contrista. Todavia não há perversidade em mim. Recuso-me simplesmente a representar o papel que os moralistas hipócritas foram alimentando através dos tempos. O prazer, para mim, é venerável. É a violência que me parece pornográfica. A intolerância, irmã da ignorância. No mundo de hoje, receio ver cada vez mais escravos agarrarem-se como a um arrimo aos mecanismos que o trabalho, o comércio e os media fabricam em sua intenção".
Vale a pena comprar.
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Uma por dia tira a azia