31 agosto 2015
«Porquê?» - João
"Naquele chuveiro existia uma grande vidraça, fosca, por onde a luz da rua podia entrar e a tua sombra sair, vagueando pelo resto do espaço que ocupáramos, mas o teu corpo estava ali muito presente, e a água quente batia na tua pele e fazia pequenos rios que escorriam entre vales e valeiros, e o teu cabelo molhado era fonte de gotas pesadas que se avolumavam até juntar aos rios e cair aos teus pés. De costas para mim aproveitavas as chicotadas da água quente, e eu admirava-te, mergulhava o meu olhar em ti enquanto oscilavas muito lentamente o corpo, com as mãos afastadas, apoiadas na vidraça ao nível da tua cabeça. Sobrepus as minhas mãos às tuas, como que te dizendo que não te movesses, e empurrei suavemente o teu corpo, o meu caralho duro a enfiar-se entre as tuas pernas, e tu como que a ronronar, a repetir o meu nome, uma vez, várias vezes, porque me fazes isto, porquê?, e a água quente a cair sobre nós, o meu beijo no teu pescoço, os teus lábios com sede e o tempo a passar. Havíamos de chegar a horas, noutro dia qualquer."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
30 agosto 2015
Acontece...
Decidiu ver um filme porno durante a aula, mas alguma coisa correu mal com a ligação dos auscultadores...
Publicado por JCI na minha página no Facebook, que já tem quase 3.000 "gostos".
Nessa página, todos os dias são publicados conteúdos exclusivos, além dos posts deste blog. E tu, já lá estás?
Sydney student caught watching PORN when he... por huy-trn4
Publicado por JCI na minha página no Facebook, que já tem quase 3.000 "gostos".
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Sydney student caught watching PORN when he... por huy-trn4
29 agosto 2015
«utopia é a meta» - bagaço amarelo
Lembro-me de ser criança e de fazer sumos de laranja. Cortava as laranjas em dois e espremia cada metade para dentro de um copo. Fazia toda a força que tinha até sentir o meu corpo a tremer, pois não queria desperdiçar uma única gota. É o que eu ando a fazer agora ao mundo. Espremo-o com toda a força para não desperdiçar as pessoas que me são importantes. É uma sorte termos pessoas importantes na pequenez da nossa vida, até porque são elas que lhe dão alguma grandeza. Entre as poucas amizades a sério que tenho, a Odete é uma delas. O facto de ter como meta a utopia não me é um pormenor, claro. Aliás, é toda uma vida.
No blogue dela diz que eu lhe disse que é uma das pessoas que mais me influenciou na vida, e é verdade. Diria mais, os abraços da Odete influenciam-me todos os dias, mesmo quando não os tenho. Quando espremo a minha passagem pela política partidária, em que deixei de acreditar, sobra-me a Odete e o companheiro dela, por tudo o que me ensinou e me permitiu crescer, que é como quem diz que a política tem que ser um abraço sincero.
Quando me sinto só e me perco na cidade, entre faces petrificadas pelos dias sempre iguais e ombros embrutecidos sem destino, procuro a Odete. Ela está sempre lá, porque é de amigos que a vida é feita.
Visitem o blog dela... porque utopia é a meta. E porque eu a Amo.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Aniversário» - por Rui Felício
«Casal algarvio» em madeira e com olhos feitos com chumbos de pressão de ar Doação da Maria Augusta para a colecção de arte erótica «a funda São» |
Foi ontem, 29 de Junho de 2015, um dos dias mais quentes do ano.
Desapertou a camisa, aliviou a gravata, arregaçou as mangas e de casaco pendurado ao ombro desceu a avenida em direcção à paragem do autocarro.
Cansado, o suor escorria-lhe, ensopava-lhe a camisa
Quando chegou a casa, descalçou-se, atirou com os sapatos um para cada lado, tirou as peúgas e a camisa e deixou-se cair no sofá, exausto.
A Marta tinha passado o dia a preparar um jantar especial. Aquele era um dia também especial, o dia do aniversário do seu casamento.
Mas o Carlos lembrava-se lá disso!
Esquecer uma data importante é a pior coisa que um homem pode fazer à sua mulher.
A Marta ficou furiosa, claro.
Desconfiava já há uns tempos que ele a traía. Aquele esquecimento era a prova disso.
Fez uma cena de ciúmes, berrou, barafustou, insultou-o.
O Carlos sem perceber nada não estava disposto a continuar a ouvir tamanho alarido.
Esparramado no sofá, pegou no comando.
Premiu a tecla Stop.
Em seguida carregou no Restart e esperou uns minutos que as configurações reiniciassem.
Por fim carregou no Play e ouviu a voz melodiosa e suave da Marta:
- Meu amor, estava ansiosa pela sua chegada. Há cinco anos que vivemos juntos. Mostrou-lhe, carinhosa um talão datado de 29 de Junho de 2010.
Foi então que o Carlos se lembrou que fazia cinco anos que ele tinha comprado aquele robot.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
28 agosto 2015
Bem broas!...
Ide a Avintes, ide, levar com farinha!
Festa da Broa
de 28 de Agosto a 6 de Setembro
em Avintes, na Quinta do Paço
Festa da Broa
de 28 de Agosto a 6 de Setembro
em Avintes, na Quinta do Paço
Eva portuguesa - «Desejo»
Nunca te sinto tão bem como quando escreves na minha pele com a ponta dos teus dedos. Usas o meu corpo nu para escreveres episódios do teu sonho. Desenhas mundos dentro do mundo enquanto me arrepias com a língua. Escreves em mim. Desenhas-me e crias-me à imagem do teu desejo. Sou tua então. Por ti. Para ti. Tornas-me o tudo e reduzes-me a nada. Assim...tão simples. Com o toque dos teus dedos. Com a doçura da tua língua. Com a força do teu desejo. Fazes-me tua e tornas-te meu. Por momentos. Para sempre. No meu corpo gravas a tua vontade. E permites que me reinvente nesse abraço húmido em que me destróis. Apenas para me voltar a construir...à tua medida, à tua vontade. És o meu deus e o meu carrasco. Prendes-me na tua necessidade, libertas-me no teu desejo... Vens?
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
«Tá certo» - Ruim
As únicas marcas roxas que uma mulher deve ter é na nalga e não na cara.
Os únicos arranhões que um homem deve ter é nas costas e não na cara.
Uma mulher só deve gritar "se páras, mato-te" a gemer e não "pára... vais me matar" a chorar.
Gritos numa casa só de prazer, e neste país continuamos a ficar mais incomodados com isso do que com situações de violência. Continuamos a não querer meter o bedulho quando a gaja do 3° mande com a cristaleira contra o marido ou o tipo do 2° mande uma arrochada na cara da mulher porque o empadão de vitela queimou. Mas ai que alguém grite de levar com ele, que é logo bilhetinhos na porta e recadinhos na escada.
Tá certo.
Ruim
no facebook
Os únicos arranhões que um homem deve ter é nas costas e não na cara.
Uma mulher só deve gritar "se páras, mato-te" a gemer e não "pára... vais me matar" a chorar.
Gritos numa casa só de prazer, e neste país continuamos a ficar mais incomodados com isso do que com situações de violência. Continuamos a não querer meter o bedulho quando a gaja do 3° mande com a cristaleira contra o marido ou o tipo do 2° mande uma arrochada na cara da mulher porque o empadão de vitela queimou. Mas ai que alguém grite de levar com ele, que é logo bilhetinhos na porta e recadinhos na escada.
Tá certo.
Ruim
no facebook
27 agosto 2015
Só conta o tamanho que está na cabeça
Apesar de nunca ter sido motivo de grande preocupação, confesso que, enquanto adolescente, me preocupava com o tamanho do meu pénis. Obviamente quando em repouso, dado que quando erecto, ficava orgulhoso da alteração substancial da dimensão e não havia comparação. Desconfio que seja um orgulho partilhado pelos adolescentes masculinos. Tal será o fascínio que a observação de tamanha transformação provoca.
E nem consigo imaginar o orgulho feminino, aquando da descoberta da capacidade de provocar tamanha transformação...
Presumo que as primeiras auto-avaliações ocorram quando confrontados com os corpos nus de outros machos. Nessa época, sentia-me desfavorecido, sem que isso me inibisse de me despir em frente de outrem, quando necessário. No entanto, atendendo que nessas situações não há necessidade de impressionar seja quem for, não me impressionava. Por um lado, em repouso, o tamanho é praticamente inútil. Por outro lado, em situações de balneário, o sangue tinha sido canalizado para outras zonas do corpo, onde é mais útil. Nem os duches frios me intimidam ou envergonham.
Depois do início da vida sexual (a dois), a confiança aumentou ainda mais. Não só porque tenho dedos mais pequenos e, ao mesmo tempo, mais competentes na produção do prazer feminino. E também porque o intervalo de tempo para a produção do tal prazer, sempre me pareceu absolutamente díspar relativamente à do prazer masculino. Passei a concentrar-me no tempo e na habilidade.
Quem estuda estes assuntos, sabe que o cerne da questão do prazer feminino está logo à entrada. Quer literalmente, quer figurativamente. Quer espacialmente, quer temporalmente. Um mau começo, que tanto pode ser demasiado apressado, como desastrado, impede um bom desenvolvimento e acaba mal.
As mulheres são ao mesmo tempo as melhores juízas e as piores auditoras. Avaliam como só elas sabem avaliar, mas só transmitem essa avaliação como só elas sabem transmitir: ou seja, objectivamente, pouco dizem. Ao não indicarem o que deve ser melhorado, privam-se e privam os parceiros das oportunidades de melhoria que daí poderiam vir.
Em compensação, não beliscam a auto-estima do parceiro, ainda que a própria não melhore com esta atitude. Obviamente farão as suas avaliações, dificilmente imparciais, de acordo com a experiência que tiverem. E deixam apenas transparecer as avaliações favoráveis. A não ser que tenham um castigo escondido para aplicar.
E como reconhecimento que o processo da excitação feminina é muito mais complexo do que o masculino, só agora se apresentou um medicamento como o análogo feminino do Sildenafil (mais conhecido comercialmente como Viagra). Porque esta excitação não é tão mecanizada e é muito mais mentalmente elaborada. E se uma mulher estiver convencida que o tamanho é fundamental, dificilmente se conseguirá tirar-lhe isso da cabeça...
Frade satisfeito
Frade a rezar.
Estatueta em cerâmica com duas peças.
A mesa, onde está um livro, supostamente de teor religioso, retira-se e revela que por baixo da mesa está uma rapariga...
A religião sem moral... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal).
Estatueta em cerâmica com duas peças.
A mesa, onde está um livro, supostamente de teor religioso, retira-se e revela que por baixo da mesa está uma rapariga...
A religião sem moral... na minha colecção.
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26 agosto 2015
«conversa 2124» - bagaço amarelo
Eu - Às vezes cansam-me as alterações de humor femininas.
Ela - Não são assim tantas...
Eu - Eu acho que são. É verdade que têm uma explicação hormonal, mas são...
Ela - São o tanas, pá! Explicação hormonal o tanas, pá! Pareces parvo!
Eu - Não te zangues.
Ela - Como é que não me hei-de zangar?! Não digas parvoíces...
Eu - Okay, eu calo-me. Não abro mais a boca a não ser para beber do meu vinho
Ela - Ah! ah!
Eu - Agora estás a rir...
Ela - Claro. Com essa conversa de bêbado...
Eu - É conversa dum gajo que bebe para esquecer que está a ter esta conversa.
Ela - Também não me ponhas assim triste. Agora não queres falar comigo?!
Eu - Estás a ver? Já estiveste zangada, a rir e agora estás triste. Tudo em dois minutos.
Ela - É melhor calares-te, antes que eu me chateie a sério.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
A arte de Falk Gernegross
«Verão de 69», 2010, técnica mista sobre madeira, 70 x 100 cm
«Crepúsculo», 2009, óleo sobre tela, 100 x 140 cm
Via mon ami Bernard Perroud
25 agosto 2015
Ainda deve estar a cair...
Só a deixou cair quando teve a certeza absoluta de que aquela relação amorosa se transformara num buraco sem fundo.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
A sorte sorri aos audazes
Lote de vários pequenos amuletos metálicos que vieram da Tailândia para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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24 agosto 2015
«Estremecer» - João
"Ainda te sinto dentro de mim, apesar de me ter desligado da terra por uns instantes, sacudo-me, tremo, subi a um espaço só meu, e tu ainda estás dentro de mim, a preencher-me o corpo enquanto eu me venho, e tu seguras-me com as tuas mãos, e eu peço-te que te venhas, que te venhas também, e depressa, e em breve terei uma parte de ti no meu corpo, mesmo quando de mim saíres, e talvez eu escorra de ti, talvez eu pingue de ti, mas a minha pele recebe-te com carinho, com prazer, e não me importo. Ainda te sinto dentro de mim enquanto as minhas pernas se abrem para te receber, e repito o teu nome, um par de vezes, e multiplico isso por mais, e digo coisas que só tu entendes, e tu, tu estás numa desordem que até me diverte, a tentar fazer sentido, mas eu não te deixo, só me sacudo em ti enquanto me venho, e me venho, e tu, vem-te, acelera e vem-te, que estremeço, que quero pingar de ti, quero humedecer-me de ti, e em tudo isto eu penso enquanto te sinto, enquanto deslizas em mim daquela maneira que nada copia nem iguala, e vou-me desligando da terra, e tu beijando-me os seios, trincando-me a pele, e são instantes sobre instantes, até cairmos exaustos um no outro, e tudo isto eu vejo, enquanto tu ainda estás a entrar em mim."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
23 agosto 2015
Uma questão de género
Patife
@FF_Patife no Twitter
22 agosto 2015
«pensamentos catatónicos (321)» - bagaço amarelo
Saímos dessa história e caímos na realidade quando temos uma chatice no Amor. Quando somos maltratados, por exemplo. É por isso que usamos o verbo cair. A realidade é sempre uma queda e só nos tornamos a pôr de pé quando nos apaixonamos de novo.
As pessoas que sofreram muito numa história de Amor, às vezes desistem dele. Passam a considerar a solidão o maior dos bens, mesmo que seja triste, e optam por viver sempre sós. Podem escrever um pequeno conto de vez em quando, mas desistem de escrever grandes romances.
É uma pena que isso aconteça, perdermos a noção de que somos nós que escrevemos a nossa história de Amor. Até porque perdemos também a noção de que é melhor uma intensa verosimilhança do que uma frágil verdade.
Viva o Amor verosímil! Abaixo a realista solidão!
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Tempos de crise» - por Rui Felício
«Casal no banho» Azulejo da colecção de arte erótica «a funda São» |
Ela e ele tomam banho juntos.
Não.Não é por erotismo apenas!
Fazem-no para poupar água e gás...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
21 agosto 2015
Adivinha a que entrada vai corresponder esta ilustração...
... do Mestre Raim para uma das novas entradas da 2ª edição (na forja) do nosso «DiciOrdinário ilusTarado», cuja 1ª edição (2.500 exemplares) está praticamente esgotada:
20 agosto 2015
Até pareço mais tarada do que os censores que mandam no Facebook
Senhor padre, confesso: pequei. Vi isto hoje no Google Notícias e achei estranho uma notícia sobre a prisão preventiva de um advogado palestiniano em Israel, ter uma ilustração de uma pintura do torso de uma mulher deitada e a ver-se uma (grande) mama.
Não iria ler a notícia se não fosse pela curiosidade de ver a ilustração em ponto grande. E fui.
Afinal era isto...
Não iria ler a notícia se não fosse pela curiosidade de ver a ilustração em ponto grande. E fui.
Afinal era isto...
Carta de uma prostituta à mulher de um cliente
Uma prostituta VIP dos EUA, com o pseudónimo April Adams, escreveu uma carta especial cujo destinatário é a mulher de um dos seus clientes. No texto, April aconselha as mulheres acerca das suas vidas sexuais. E ficou viral na Internet.
“Dear wife
Não a conheço mas sei que provavelmente o seu marido a engana com uma prostituta. Sei porque sou uma delas e clientes não me faltam. Vai dizer que o seu marido não seria capaz de o fazer. Ele não! Os outros maridos talvez o façam, mas a vossa relação e vida sexual são diferentes. Há dez anos, quando foram para a universidade, fizeram um trio com o seu companheiro de quarto. Todos os anos contratam uma ama e fogem para Las Vegas. Nunca se perdem nas maratonas de “Lei e Ordem”. O seu casamento é excelente!
Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: Quando foi a última fez que fizeram sexo três vezes numa semana? Quando foi a última vez que o seu marido se queixou disso? Não acha que talvez seja possível que tenha decidido solucionar esse problema sem a sua ajuda e por isso veio ter comigo?
A boa noticia é que se o seu marido é meu cliente, então significa que quer continuar casado consigo. Está à procura de um pouco de carinho falso da maneira menos problemática possível. Imagine que em vez de mim, fosse com a ama, a sua vizinha ou a sua melhor amiga. Podia continuar, mas penso que já percebeu a ideia.
Sou uma profissional. Sou discreta, ainda que haja algo mais valioso do que a minha discrição: o meu tempo, a minha atenção e a minha sexualidade medem-se por horas, ou seja, quando o tempo termina, ele é todo seu. E o mais importante: não amo o seu marido e não, nunca o amarei. Não acho que o meu afecto por ele seja maior do que aquele que sinto pelo meu empregado de mesa favorito.
Nunca serei uma ameaça para o seu casamento porque quando termina o tempo, não quero ter nada a ver com vocês.
Nunca irei jantar com ele, nem ligar-vos a meio da noite ou sugerir que se divorciem. Nem vai dar pela minha existência. E se der, será por causa dele: ou é estúpido ou está chateado consigo.
Sim, às vezes alguns clientes apaixonam-se, mas é superficial porque sabem que o que fazemos é falso. Não acredita que o seu canalizador adore casas-de-banho, pois não?
Os homens sabem que o carinho que lhes dou depende do dinheiro que eles me dão. Ele não pensa contar-lhe sobre mim, sair a correr, chegar ao hotel onde estou e gemer com ternura o meu nome falso. Estou fora dessa vida. Sou uma empregada. Porque mais que se sinta sexualmente atraído, nunca vai arriscar a sentir algo por mim.
Se por alguma razão as coisas “se complicarem”, lembre-se do meu plano infalível: sou cara.
Na minha experiência, os homens – geralmente – não gastam mais do que aquilo que têm em sexo. Se o seu marido precisa do serviço a cada duas semanas e tem mil dólares livres para gastar, então vai procurar alguém que cobre menos do que eu. Ainda que ele queira mais, não acredito que possa pagá-lo. Tem que ser muito insensato para cometer o tipo de loucuras que terminam em: “Amor, tenho uma coisa para te contar”.
Se acha que sente algo por mim, de certeza que se vai esquecer disso em duas semanas como qualquer outro capricho. Se utiliza o dinheiro da reforma para comprar o meu tempo, então espero que lhe peça o divórcio porque esse homem não sabe administrar o dinheiro.
E sobre as doenças? Contrariamente ao que vê nos filmes, é possível que a maioria das prostitutas de hoje em dia sejam mais saudáveis e conscientes que a secretária carinhosa. Lembra-se do que lhe disse sobre o pouco afecto que sinto por ele? Também incluiu o seu perfil epidemiológico. Também não tem que se preocupar com gravidezes. A probabilidade de ficar grávida com o trabalho é de 0% com um desvio padrão de “É brincadeira, não é?”.
Entendo que ainda assim não queira que ele durma comigo. Volto a perguntar: Quando foi a última vez que fizeram sexo três vezes numa semana?
Não digo que a sua obrigação seja satisfazê-lo. O que quero dizer é que talvez já não queria ter sexo com ele tão frequentemente. Está ocupada, stressada ou simplesmente já não a excita tanto. Entendo, a mim também não me excita.
É esse o ponto. Sou o ingrediente secreto de um grande número de casamentos bem-sucedidos, porque quando me pede ajuda, os dois têm a quantidade de sexo que querem. Desde que deixe o seu telemóvel em paz, podem chegar ao 50.º aniversário, sempre e quando não espreite o seu telemóvel.
You're welcome”.
April Adams
A carta foi publicada pela revista Vice e esta tradução veio do jornal i.
“Dear wife
Não a conheço mas sei que provavelmente o seu marido a engana com uma prostituta. Sei porque sou uma delas e clientes não me faltam. Vai dizer que o seu marido não seria capaz de o fazer. Ele não! Os outros maridos talvez o façam, mas a vossa relação e vida sexual são diferentes. Há dez anos, quando foram para a universidade, fizeram um trio com o seu companheiro de quarto. Todos os anos contratam uma ama e fogem para Las Vegas. Nunca se perdem nas maratonas de “Lei e Ordem”. O seu casamento é excelente!
Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: Quando foi a última fez que fizeram sexo três vezes numa semana? Quando foi a última vez que o seu marido se queixou disso? Não acha que talvez seja possível que tenha decidido solucionar esse problema sem a sua ajuda e por isso veio ter comigo?
A boa noticia é que se o seu marido é meu cliente, então significa que quer continuar casado consigo. Está à procura de um pouco de carinho falso da maneira menos problemática possível. Imagine que em vez de mim, fosse com a ama, a sua vizinha ou a sua melhor amiga. Podia continuar, mas penso que já percebeu a ideia.
Sou uma profissional. Sou discreta, ainda que haja algo mais valioso do que a minha discrição: o meu tempo, a minha atenção e a minha sexualidade medem-se por horas, ou seja, quando o tempo termina, ele é todo seu. E o mais importante: não amo o seu marido e não, nunca o amarei. Não acho que o meu afecto por ele seja maior do que aquele que sinto pelo meu empregado de mesa favorito.
Nunca serei uma ameaça para o seu casamento porque quando termina o tempo, não quero ter nada a ver com vocês.
Nunca irei jantar com ele, nem ligar-vos a meio da noite ou sugerir que se divorciem. Nem vai dar pela minha existência. E se der, será por causa dele: ou é estúpido ou está chateado consigo.
Sim, às vezes alguns clientes apaixonam-se, mas é superficial porque sabem que o que fazemos é falso. Não acredita que o seu canalizador adore casas-de-banho, pois não?
Os homens sabem que o carinho que lhes dou depende do dinheiro que eles me dão. Ele não pensa contar-lhe sobre mim, sair a correr, chegar ao hotel onde estou e gemer com ternura o meu nome falso. Estou fora dessa vida. Sou uma empregada. Porque mais que se sinta sexualmente atraído, nunca vai arriscar a sentir algo por mim.
Se por alguma razão as coisas “se complicarem”, lembre-se do meu plano infalível: sou cara.
Na minha experiência, os homens – geralmente – não gastam mais do que aquilo que têm em sexo. Se o seu marido precisa do serviço a cada duas semanas e tem mil dólares livres para gastar, então vai procurar alguém que cobre menos do que eu. Ainda que ele queira mais, não acredito que possa pagá-lo. Tem que ser muito insensato para cometer o tipo de loucuras que terminam em: “Amor, tenho uma coisa para te contar”.
Se acha que sente algo por mim, de certeza que se vai esquecer disso em duas semanas como qualquer outro capricho. Se utiliza o dinheiro da reforma para comprar o meu tempo, então espero que lhe peça o divórcio porque esse homem não sabe administrar o dinheiro.
E sobre as doenças? Contrariamente ao que vê nos filmes, é possível que a maioria das prostitutas de hoje em dia sejam mais saudáveis e conscientes que a secretária carinhosa. Lembra-se do que lhe disse sobre o pouco afecto que sinto por ele? Também incluiu o seu perfil epidemiológico. Também não tem que se preocupar com gravidezes. A probabilidade de ficar grávida com o trabalho é de 0% com um desvio padrão de “É brincadeira, não é?”.
Entendo que ainda assim não queira que ele durma comigo. Volto a perguntar: Quando foi a última vez que fizeram sexo três vezes numa semana?
Não digo que a sua obrigação seja satisfazê-lo. O que quero dizer é que talvez já não queria ter sexo com ele tão frequentemente. Está ocupada, stressada ou simplesmente já não a excita tanto. Entendo, a mim também não me excita.
É esse o ponto. Sou o ingrediente secreto de um grande número de casamentos bem-sucedidos, porque quando me pede ajuda, os dois têm a quantidade de sexo que querem. Desde que deixe o seu telemóvel em paz, podem chegar ao 50.º aniversário, sempre e quando não espreite o seu telemóvel.
You're welcome”.
April Adams
A carta foi publicada pela revista Vice e esta tradução veio do jornal i.
Vai de roda...
Cinzeiro em metal da Tailândia com motivos eróticos, da minha colecção.
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19 agosto 2015
Censura Emocional
Censura Emocional / FB / A8 from pau ros on Vimeo.
Os mitos são fruto de proibições ? Os mitos são o desconhecido, o que é insustentável, inacessível; Uma vez perante o mito ele deixará de o ser. Assim , podemos impor a censura emocional a nós mesmos? Quais são os limites ? O que é aceitável e o que não é e porquê? Será que estamos restringidos por problemas físicos ou deveriamos ter mais medo da nossa fragilidade emocional ?
«pensamentos catatónicos (320)» - bagaço amarelo
É que para os homens, o Amor é uma balança continuamente desequilibrada. Se às vezes se equilibra por alguns momentos, é por causa do sexo. A caminha, a lambidela e o "toma lá disto" são o verdadeiro Amor ao quilo. Um quilo de um lado, outro quilo do outro e ficamos todos felizes. Até ela sair da cama, pelo menos.
Não existem casos de Amor justos. Talvez por isso se diga que a Justiça é cega. É que é mesmo cega. Ceguinha de todo. O mais pequeno pormenor e nós, os homens, sentimos que Amamos mais do que somos Amados. É uma merda ser homem. Ela atende o telefone de um call center qualquer e o mundo deixa de ser como era. Temos ciúmes, ficamos inseguros e choramos por dentro. Enfim, sofremos porque os quilos estão todos no mesmo prato. Mas quem será que estava do outro lado da linha?
Ainda por cima não é suposto um homem chorar. Fingimo-nos fortes e não há melhor maneira de enfraquecer do que o fingimento da força. É assim o Amor.
Depois vem o sexo provar que o call center era mesmo um call center. Não era um amante mais giro. mais forte e com uma pila maior. Fodemos, beijamos e fazemos juras de Amor eterno, mesmo sabendo que a eternidade é a única mentira maior do que o próprio Amor. Tudo se equilibra no Universo. As estrelas, os planetas e até os quilos na balança.
As mulheres deixaram que o homem parecesse o sexo forte para o enfraquecer ainda mais. É por isso que no fim do sexo elas ligam a tv e eles adormecem. É o descanso do herói.
bagaço amarelo
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