30 setembro 2015
«coisas que fascinam (178)» - bagaço amarelo
No Amor nunca encontramos a pessoa certa. Apaixonamo-nos sempre pela pessoa errada. O Amor não é muito mais do que uma sucessão de erros até que, errantes, nos maravilhamos com o maior dos erros: outra pessoa qualquer. Ainda bem.
Quando ouço um homem dizer que não se separa porque encontrou a mulher certa, nunca acredito. Logo a seguir vem uma enxurrada de adjectivos e características que justificam que aquela é mesmo a mulher certa. Ela é trabalhadora, ela é corajosa, ela é isto e aquilo. O Amor nunca se deu com tanto calculismo e, normalmente, não estamos a tentar convencer mais ninguém senão a nós mesmos.
O Amor dá-se no erro. Ao virar duma esquina, numa reunião de trabalho ou numa noite de copos, quando gritamos em silêncio que estamos apaixonados e o coração substitui o cérebro no comando do corpo. O Amor dá-se quando erramos uma vez e nos apetece continuar a errar, cada vez com mais intensidade e profundidade.
Eu sei que tu és o maior do erros. Vem comigo para casa que eu quero-te toda. Assim, errante!
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Eu adoro chupar!
Sim, confesso: Adoro chupar!
Se pudesse, já acordava chupando, de tão
gostoso que é.
Dormiria com aquilo na boca, só para sentir
aquele gosto tão bom.
Porque eu adoro chupar!
Sugo tudo, até deixar a pele esfacelada, porque me alimenta.
Gulosa, encho minha boca de ti,
Que teu suco escorre pelo meu corpo,
Molhando meus seios.
Enquanto te molho, também te chupo.
A água, no teu tronco, nu,
Escorre, fazendo um rio que adoro observar.
É quando, mais uma vez, te chupo, sem me fartar.
Aquele tronco ereto, não
posso resistir.
Adoro essas chupadas a qualquer hora do
dia, ou da noite.
E em todo o tempo que o tempo possa permitir.
Porque adoro
chupar!
Qualquer tamanho: grande ou pequena, não
importa!
Importa-me mesmo, é deliciar-me com
o teu suco característico,
Às vezes, de tão gostoso, quero engolir até
os bagos.
Coloco-os, com a pele, em minha boca, por infinito tempo,
Só para poder sentir aquele gosto tão
bom.
És doce.
É tão afrodisíaco poder te chupar...
assim.
Tens todas as Vitaminas das quais necessito.
Mas gosto mesmo é do teu Ferro em mim.
Rejuvenesces-me e me hidratas, por isso me
alimento de ti.
Diariamente, sem me esgotar.
Dependo,
em parte, de ti, para manutenção da minha estrutura
E
rigidez do meu corpo.
Estimulas-me
o apetite.
Reanimas-me!
Quando retorno para casa,
Quero logo te tocar. Chupar.
Não me contento com umas poucas vezes.
Dá-me prazer muitas vezes.
Se pudesse, levar-te-ia comigo,
Por onde eu fosse,
Somente para passar o tempo a te chupar...
Aliás, só em escrever, deu-me imensa vontade
Aliás, só em escrever, deu-me imensa vontade
Oh!
Jabuticaba gostosa!
(Dia anterior) |
Pés de Jabuticaba - Fruteiras do Meu Quintal (dia seguinte) |
Crédito das fotos (ruins): Chama a Mamãe
(Mas deveria ser Chama o Fotógrafo!)
Eu
29 setembro 2015
Porn To be Free
Porn to be Free (Uncensored) from ZUTFILM on Vimeo.
Porn to be Free é um Documentário sobre um grupo de indivíduos que luta pela liberdade de expresSão, Sexual e o direito a fazer Pornografia.
Crica aqui
Descobrimentos...
Uma tentação, adivinhar no horizonte o que está longe da vista e abraçar a vontade irreprimível de ir até lá.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
Vulva pendente
Pendente em bronze, peça única feita e assinada por P. Leroux e oferecida pelo autor para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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28 setembro 2015
«O manifesto de Nacho Vidal» - Salón Erótico de Barcelona Apricots 2015
Salão Erótico de Barcelona - 1 a 4 de Outubro
«O ideal feminino do Estado Novo» - bagaço amarelo
Não deve.
O homem estúpido é apenas uma das condições necessárias para que este tipo de crimes aconteça, mas o principal chama-se cultura, e é isso que temos urgentemente que mudar. Agredir a mulher, silenciar a mulher, provocar sofrimento à mulher ou torturar a mulher é uma questão cultural no nosso país. Sempre foi normal encostar a mulher a um canto da vida, através da limitação violenta do seu papel social e económico na sociedade. Aquilo que é normal durante séculos não o deixa de ser de um dia para o outro. Infelizmente.
No curto mas intenso documentário "O ideal feminino do Estado Novo", que podem ver no link a seguir, é fácil contextualizar o que eu estou a dizer, mas o mais importante é o que vos peço: não se remetam ao silêncio quando sabem da existência de um homem estúpido.
O ideal feminino do Estado Novo
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«O beijo» - João
"Ar livre, boas abertas mas um céu ameaçador, a chuva a poder precipitar-se sobre as nossas cabeças a todo o instante, o areal à nossa frente e o mar, o extenso mar que da esquerda à direita nos dominava a vista, e a conversa, a nossa conversa privada, e um momento em que os corpos estão mais perto, e ele não o sabia, mas crescia uma vontade e ao mesmo tempo uma hesitação. E só mais tarde, um tempo depois, lhe disse ela “Sabes?”, não sabia, “tive vontade de te beijar”. E porque não? E agora? E se essa vontade é a mesma que a minha? Foi então que se levantou resoluto, avançou para ela e segurando-a pelos braços, contra a parede mais próxima, a beijou sem dúvida nem hesitação, e foi retribuído no beijo e em tudo o que ele trazia consigo."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
27 setembro 2015
«é de manhã que se começa o dia!» - bagaço amarelo
Numa vida a dois, um dos problemas de acordar depois da mulher é que quando se acorda ela já não está na cama. Acordou antes, com bastante energia e vontade de aproveitar o Sol de Verão. Até já foi à rua tomar o pequeno-almoço e comprar pão enquanto ele ressonava mais um bocado.
Um dos problemas de acordar antes da mulher é não conseguir aproveitar a manhã, mesmo que se acorde com a genica toda. Por opção, fica-se à espera que ela acorde também. Afinal de contas, não há melhor despertar do que aquele que vem com sexo.
Esta tendência parte do facto de ambos precisarem de certezas no Amor, mas as mulheres encontrarem-nas mais facilmente do que eles. Enfim, elas usam mais o cérebro. Um beijo, uma palavra ou uma mão dada são certezas para uma mulher. Para um homem, certeza, certeza é a caminha.
A quantidade de vezes que um homem acorda depois da mulher e ela volta para a cama para andar às cambalhotas, assim como a quantidade de vezes que um homem acorda antes e não espera muito tempo para que ela se envolva nos braços dele, indicia saúde no Amor.
Afinam de contas, é de manhã que se começa o dia!
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
26 setembro 2015
Uma dádiva
Há mulheres que dão nas vistas. Aquela dava nas pichas. Podia dar-lhe para pior.
Patife
@FF_Patife no Twitter
«Farsa» - por Rui Felício
A Filipa morava na Rua Vasco da Gama, por onde muitos passavam de propósito só com o fito de a ver, de com ela trocar umas palavras, de se deleitarem com o lindo sorriso que lhe iluminava o belo rosto.O Baptista era aquele que mais vezes percorria a rua e se quedava junto aos arbustos do jardim da sua moradia, ansioso, apaixonado, na expectativa de a ver a cuidar das flores ou a regar os vasos de barro que bordejavam a parede fronteira da casa.
O viço juvenil da Filipa atiçava-lhe o corpo, muitas da suas amigas iam casando e ela nem pensou duas vezes quando o Baptista lhe pediu namoro, declarando-lhe amor eterno. A sua paixão por ela era tão grande que lhe jurou jamais casar com outra que não ela.
A Filipa comunicou à mãe que desejava casar com o Baptista.
A D. Genoveva, espantada, berrou-lhe que nem pensasse nisso! O Baptista podia ser bom rapaz mas era burro que nem uma parede de pedra. Tinha andado mais de dez anos no liceu para conseguir, a custo, concluir o 5º ano.
- Mas eu preciso de casar, mãe! Sou uma mulher feita, com necessidades. Já todas as minhas amigas casaram e vivem felizes.
- Está bem, compreendo minha filha, mas com tantos rapazes inteligentes, alguns já formados e bem na vida, porque raio havias de ir escolher o pobretanas do Baptista?
Casamenteira, a D. Genoveva aconselhou-a a aproximar-se do Carlos Alberto, filho do Dr. Francisco Frazão que morava na Rua de Angola, numa grande vivenda, e que tantas vezes passava por ali, conversando educadamente com ela. Era um rapaz elegante, bonito, inteligente. Via-se que gostava dela...
A Filipa, a principio renitente, acabou por concordar e, pouco tempo depois, namorava com o Carlos Alberto com quem casou uns meses mais tarde.
O educado rapaz que parecia ser, até aí de trato irrepreensivel, transformou-se num feroz ditador em casa depois de casarem.
A Filipa tinha que andar de rédea curta, proibiu-a de sair à rua, contratou um detective particular que lhe espiava os movimentos quando foi mobilizado para a Guiné como alferes miliciano.
Dois anos passados a Filipa enviuvou. O Carlos Alberto morrera em combate na Guiné.um ano após o casamento.
O Baptista reaproximou-se e, pouco tempo depois, casou-se com a Filipa, cumprindo a sua jura de nunca casar com mais ninguém.
Mas a Filipa não resistiu aos encantos do padre João da Igreja de Santa Cruz a quem, na confissão, por mais do que uma vez tinha admitido que o Baptista não a satisfazia sexualmente.
Tornou-se devota, ia à igreja todos os dias. O padre João falava dela aos restantes fiéis como um exemplo a seguir.
Muitas vezes, o Baptista levava-a no carro até à igreja, orgulhoso da mulher que tinha.
Nem percebia o adágio que a Filipa às vezes lhe citava, com ar malandro e um sorriso:
- Mais vale um burro que te carregue que um cavalo que te derrube.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
O viço juvenil da Filipa atiçava-lhe o corpo, muitas da suas amigas iam casando e ela nem pensou duas vezes quando o Baptista lhe pediu namoro, declarando-lhe amor eterno. A sua paixão por ela era tão grande que lhe jurou jamais casar com outra que não ela.
A Filipa comunicou à mãe que desejava casar com o Baptista.
A D. Genoveva, espantada, berrou-lhe que nem pensasse nisso! O Baptista podia ser bom rapaz mas era burro que nem uma parede de pedra. Tinha andado mais de dez anos no liceu para conseguir, a custo, concluir o 5º ano.
- Mas eu preciso de casar, mãe! Sou uma mulher feita, com necessidades. Já todas as minhas amigas casaram e vivem felizes.
- Está bem, compreendo minha filha, mas com tantos rapazes inteligentes, alguns já formados e bem na vida, porque raio havias de ir escolher o pobretanas do Baptista?
Casamenteira, a D. Genoveva aconselhou-a a aproximar-se do Carlos Alberto, filho do Dr. Francisco Frazão que morava na Rua de Angola, numa grande vivenda, e que tantas vezes passava por ali, conversando educadamente com ela. Era um rapaz elegante, bonito, inteligente. Via-se que gostava dela...
A Filipa, a principio renitente, acabou por concordar e, pouco tempo depois, namorava com o Carlos Alberto com quem casou uns meses mais tarde.
O educado rapaz que parecia ser, até aí de trato irrepreensivel, transformou-se num feroz ditador em casa depois de casarem.
A Filipa tinha que andar de rédea curta, proibiu-a de sair à rua, contratou um detective particular que lhe espiava os movimentos quando foi mobilizado para a Guiné como alferes miliciano.
Dois anos passados a Filipa enviuvou. O Carlos Alberto morrera em combate na Guiné.um ano após o casamento.
«Mulher e burro» - estatueta do Nepal em bronze com duas peças... que encaixam... na colecção de arte erótica «a funda São» |
Mas a Filipa não resistiu aos encantos do padre João da Igreja de Santa Cruz a quem, na confissão, por mais do que uma vez tinha admitido que o Baptista não a satisfazia sexualmente.
Tornou-se devota, ia à igreja todos os dias. O padre João falava dela aos restantes fiéis como um exemplo a seguir.
Muitas vezes, o Baptista levava-a no carro até à igreja, orgulhoso da mulher que tinha.
Nem percebia o adágio que a Filipa às vezes lhe citava, com ar malandro e um sorriso:
- Mais vale um burro que te carregue que um cavalo que te derrube.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
25 setembro 2015
«conversa 2129» - bagaço amarelo
Eu - Está tudo bem contigo? Pareces esquisita...
Ela - Não, obviamente que não está tudo bem comigo.
Eu - O que é que se passa?
Ela - Desculpa. Não me apetece mesmo falar disso agora. Preciso ficar sozinha...
Eu - Tudo bem, também só passei para te entregar os livros. Vou indo. Se precisares de alguma coisa, telefona.
Ela - Vais-te embora?! Vês-me assim e vais-te embora?!
Eu - Não disseste que querias ficar sozinha?
Ela - Disse, mas é claro que preciso desabafar com alguém...
Eu - Como é que ias desabafar com alguém ficando sozinha?
Ela - Não percebes mesmo nada...
Eu - Pois não...
Ela - Eu preciso ficar sozinha, a não ser que alguém insista para ficar comigo. Senão vou ficar com a sensação que me está a fazer um favor.
Eu - Hum...
Ela - Agora estragaste tudo. Podes ir...
Eu - Pronto. Tchau, então.
Ela - E vais mesmo embora?!
Eu - Não sei. O que é que queres que eu faça?
Ela - Quero que fiques comigo sem eu ter que te pedir. É pedir muito?
Eu - Está bem, mas então não me mandes embora.
Ela - Deixa lá. Vai mas é embora. Às vezes é mesmo melhor ficar sozinha.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Esquisito!» - Ruim
Na Margem Sul, quando se diz em público que não se liga a carros ou tuning, é como dizer em público na Beira Alta que não se gosta de ter sexo com ovelhas: és olhado de lado e rotulado de esquisito.
Ruim
no facebook
24 setembro 2015
Lady Gaga - «Til It Happens To You»
Um grito de alerta sobre uma realidade que se tem agravado nas universidades dos EUA: as violações e os abusos sexuais sobre mulheres. Feita para um documentário, a canção é dedicada a quem “sofreu experiências dolorosas”.
Parte das receitas arrecadadas com as vendas de «Til It Happens To You» será entregue a instituições que apoiem vítimas de abusos sexuais.
Parte das receitas arrecadadas com as vendas de «Til It Happens To You» será entregue a instituições que apoiem vítimas de abusos sexuais.
A cidade ideal do arquitecto Tomaso Buzzi (1900-1981)
Via mon ami Bernard Perroud
Histórias eróticas
Colecção de 5 clássicos da literatura erótica numa caixa com ilustração de Hugo Makarov: «O jardim perfumado» - Xeque Nefzaui (192 páginas); «Afrodite» - Pierre Louÿs (222 páginas); «O jardim do Éden» - Ernest Hemingway (224 páginas); «A vida amorosa de Moll Flanders» - Daniel Defoe (318 páginas); «As ligações perigosas» - Pierre Choderlos de Laclos (374 páginas).
Juntaram-se aos clássicos da literatura na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Juntaram-se aos clássicos da literatura na minha colecção.
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23 setembro 2015
«respostas a perguntas inexistentes (314)» - bagaço amarelo
Sei que nos tornamos em algo diferente daquilo que nascemos. Uma quantidade quase infinita de acontecimentos vai-nos moldando a vida durante a vida, como um oleiro faz uma peça de barro, e no fim é isso que nós somos: uma peça de barro que nunca está terminada.
Os Amores que vivi contribuíram todos, definitivamente, para essa peça tortuosa que vou sendo. Esse Amor de que me lembro tantas vezes, sei eu a importância que teve. Muita, como todos os Amores têm. É essa a maior herança de qualquer história de Amor, a forma como nos esculpe.
É por isso que não há histórias de Amor pouco importantes. Quando Amamos alguém, em tudo o que fazemos, mas tudo mesmo, devemos ter a noção de que estamos a tornar definitivamente uma pessoa melhor... ou pior.
Os Amores que acabaram nunca são apenas passado. Metamorfosearam-se também naquilo que somos e tornaram-se, por isso, presente.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Postalinho de Berlim
Com aquele clima que parece castigo divino, os alemães têm que aquecer as mãos de alguma maneira...
Gentilmente surripiado ao casalinho que convida «Travel with us»
Gentilmente surripiado ao casalinho que convida «Travel with us»
22 setembro 2015
Tiro e queda
- Como as gajas e tá a andar, nem com um contacto ficam!
- Porquê, elas deixam assim tão claro que não querem voltar a repetir a experiência?
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
- Porquê, elas deixam assim tão claro que não querem voltar a repetir a experiência?
Sharkinho
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