Depois veio a Igreja e a mea culpa e podemos passar uma vida a tentar expiar o nosso interesse sexual. “Puta” adquiriu outro sentido:
Mulher que se prostitui = MERETRIZ, PROSTITUTA, RAMEIRA; Mulher que tem relações sexuais com muitos homens.

Uma mulher que digam ser uma “puta” na praça pública não pode se não insurgir-se.
É ofensivo. Na vida privada, pelo contrário, tem uma componente excitante.
Como se entre parceiros se tivesse operado a uma reabilitação do conceito e ganhado um viés irónico.
Ao mesmo tempo que “puta” é possivelmente o insulto com maior carga emocional para uma mulher, é igualmente uma coisa boa, positiva, gratificante.
Gostar de sexo e procurar o prazer – “ser puta” – é possivelmente o ingrediente mais excitante numa relação sexual.
No entanto, basta passar os olhos por qualquer banca de revistas e jornais para tirar outras conclusões.
Vendem-nos a ideia de que, se agirmos de determinada forma, nos tornaremos rainhas da sedução.
Mas é tudo um embuste. Nem toda a literatura de bancada, como “Os 5 segredos para o seduzir” ou “10 truques que o vão deixar doidinho” nos tornariam mestres na sensualidade. É, na verdade, bem mais simples.
Basta uma coisa só: gostar de sexo.
Não é o comportamento que importa, é a atitude, a predisposição para o comportamento.
Conhecer todos os segredos para proporcionar prazer ao outro tem pouca utilidade, pelo menos quando comparado com o instrumento poderoso que é a própria motivação.
Dar prazer ou excitar é fácil, basta permitir-se a ter prazer, a sentir vontade. Gostar.
Se gostar de sexo é ser puta, então devíamos todas almejá-lo.
Devíamos todas querer ser putas, rameiras, mulheres do prazer.
E o conceito poderá evoluir uma vez mais."
(autor anónimo)
Texto roubado, com a devida vénia, à Pink Poison
Sabes que não gosto de sexo nem dessas coisas...
ResponderEliminarÉ um frete, Noé? Mas alguém tem que o fazer...
EliminarPor isso, e só mesmo por isso, faço-o com mestria.
EliminarMereces o céu. E directamente o sétimo.
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