O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
Maré quente
O corpo quente.
Ardia
Uma fogueira ateada dentro.
O fogo que lhe queimava a pele.
"Ay, abraza-me esta noche..."
A pele roçava o lençol.
A pele sensível ao toque, ao pensamento do toque.
A pressão no peito. O coração acelerado.
A respiração que era desejo.
"Aún que no tengas ganas...
Prefiero que me mientas..."
Quente. Tão presente.
O desejo entre as coxas.
Os músculos que se contraíam. A pressão no baixo-ventre.
O corpo que se erguia com a força do desejo.
Em desejo.
"Acerca-te a mi... Abraza-me a ti por Dios ... "
O desejo solto nela. Percorrendo-a.
Vagas quentes.
Maré de lava que escorria na pele.
Ardia.
"Ay, abraza-me esta noche...
Acerca-te a mi...
Abraza-me esta noche..."
Poema da Encandescente
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Uma por dia tira a azia