21 março 2021

O fundo Baú - 113

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 15 de Outubro de 2004, a Encandescente voltava a fascinar-nos com a sua poesia:

Maré quente

O corpo quente.
Ardia
Uma fogueira ateada dentro.
O fogo que lhe queimava a pele.

"Ay, abraza-me esta noche..."

A pele roçava o lençol.
A pele sensível ao toque, ao pensamento do toque.
A pressão no peito. O coração acelerado.
A respiração que era desejo.

"Aún que no tengas ganas...
Prefiero que me mientas..."

Quente. Tão presente.
O desejo entre as coxas.
Os músculos que se contraíam. A pressão no baixo-ventre.
O corpo que se erguia com a força do desejo.
Em desejo.

"Acerca-te a mi... Abraza-me a ti por Dios ... "

O desejo solto nela. Percorrendo-a.
Vagas quentes.
Maré de lava que escorria na pele.
Ardia.

"Ay, abraza-me esta noche...
Acerca-te a mi...
Abraza-me esta noche..."

Poema da Encandescente

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