Carícia
Planta suculenta plantada na aragem nua
Dos dedos simples que afloram da alvorada.
Despojo ardente nascido do fluir das mãos
Nos olhos mesclados de brilho e de ternura.
Carícia
Arfar crescente no aveludar urgente dos lábios
No silêncio inesperado que a razão ordena.
Ave planante que roça a languidez da voz que clama
Prece de quem chama pela chama atiçada de sentidos.
Carícia
Estilhaçar estridente no resplendor do olhar
Num som envolvente que se ata ao beijo.
Derme dormente na branda aragem do toque
Da emoção da plenitude e da paixão.
Carícia
Palavra gravada na ânsia urgente do querer
Lágrima inocente a deslizar lenta no rosto
Mergulhando na luminosidade natural
Que brota da fonte clara do amanhecer.
«O silêncio e o gume da palavra», 2022
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Este Pina... sejamos sinceros.. não lapida as palavras como se fossem pedras preciosas... para construir poemas como se fossem casas nas vilas principais do reino de Eros...?!?
ResponderEliminarÓ Anónimo, és (também) um poeta!
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