Videos com imagens usadas no calão do Brasil para os órgãos sexuais masculino e feminino, respectivamente:
17 dezembro 2012
«pensamentos catatónicos (280)» - bagaço amarelo
Numa das primeiras noites em que saí com a Cláudia, abracei-a enquanto olhávamos para a montra duma loja de chocolates. Ela pediu-me que eu tirasse o braço. Que não se sentia ainda à vontade comigo, disse. Eu tirei, e continuei caminho tentando perceber porque é que uma mulher com quem eu já tinha dormido não se sentia à vontade com o meu abraço.
Entrámos num bar onde ela escolheu a mesa do canto. Fez questão de ficar virada para o centro e eu, de costas, só a via a ela e à parede. Estive calado a noite toda enquanto ela me falava dos clientes atrás de mim. Dois deles, que eu não cheguei a ver, estavam aos beijos enquanto as suas cervejas aqueciam, e ela tinha a mão entre as pernas dele. Não percebi, no seu tom de voz, se havia crítica, inveja ou admiração.
Naqueles primeiros dias, percebi que a Cláudia nunca falava dela própria, apesar de nunca estar em silêncio. Eu sabia que ela era divorciada e que tinha um filho que eu nunca tinha visto. Mais nada. Tinha-a conhecido naquele mesmo bar algum tempo antes e, desde então, dormido com ela algumas vezes, sempre na casa dela. Ela acordava antes de mim para ir trabalhar. Eu limitava-me a lavar a loiça, fazer a cama, e bater com a porta antes de sair. À hora do jantar, mais coisa menos coisa, ela telefonava-me para marcar um encontro e a história repetia-se. Saíamos, conversávamos, dormíamos juntos e eu nunca a podia abraçar.
Estávamos a olhar para a mesma montra da loja de chocolates quando eu lhe perguntei se o podia fazer. Para mim já era demasiado esquisito ter que lhe pedir licença para tal mas, ainda assim, foi o que fiz.
- Preferia que não. Eu não gosto nada de abraços, principalmente em público.
Nessa noite bebi mais do que o habitual. Estávamos sentados no mesmo canto do mesmo bar quando ela me disse que estava uma mulher a olhar para mim há muito tempo. Virei-me e o meu olhar cruzou-se com o de uma amiga que eu já não via há muito tempo. Estava de férias em Aveiro, depois de ter emigrado para a Alemanha. Levantámo-nos e demos um abraço longo. Perdi a noção do tempo nos braços dela. Quando tornei a olhar para a mesa do canto, a Cláudia já não lá estava. Ainda pensei que tinha ido à casa de banho ou coisa parecida, mas não. Nunca mais apareceu. Nunca mais a vi.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Quer vender seu carro? Use sua filha em fotos sensuais!
Fonte: HuffPost
Um vendedor de carros usados em Oregon (EUA) fez anúncios dos veículos com sua filha posando de forma sensual. Bem, na verdade isso foi o que ele disse. Uma mentira. A belezura da foto é na verdade uma modelo contratada, é a filha de outra pessoa. O carinha trollou todo mundo!
Achando que a loirinha era filha do cara, milhares de pessoas se interessaram pelo anúncio no Ebay. Muitos perguntaram se a loira vinha com o carro. No que o vendedor respondeu: "!jeito bonito de falar da minha filha" - "Mas claro - compre já!".
Mas tudo ficou estranho quando procuraram em uma página do facebook, que parece ser a de Kim Ridley, o vendedor, com fotos de familiares, mas de nenhuma filha, menos ainda uma filha loirinha e sexy.
Depois de muito questionado, vendo-se sem saída, a falcatrua foi descoberta, e Ridley admitiu que a moça não era sua filha. Uma passada pelo site do vendedor demonstrou que ele usava várias modelos para chamar a atenção dos consumidores.
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/
16 dezembro 2012
Porta-Curtas - «Máscara Negra»
Ficção (Comédia)
Director: Rene Brasil
Elenco: Beno Bider, Eduardo Acaiabe, Élder Fraga, Júlio Machado, Rafael Rodarte
Duração: 15 min Ano: 2011
País: Brasil Local de Produção: SP
Sinopse: Gregório é apaixonado por uma mascarada de carnaval. Ele todos os anos vai atrás dela. Seus amigos tiram sarro, mas ele é um romântico convicto. Luisette é uma travesti em busca de carinho. Juntos eles passam uma noite de amor intenso. No dia seguinte, Gregório leva Luisette a um jogo de futebol beneficente com amigos vestidos de mulher. Conforme ela vai jogando bola, ele vai se apaixonando. Luisette o cativa pelo seu amor sincero.
Director: Rene Brasil
Elenco: Beno Bider, Eduardo Acaiabe, Élder Fraga, Júlio Machado, Rafael Rodarte
Duração: 15 min Ano: 2011
País: Brasil Local de Produção: SP
Sinopse: Gregório é apaixonado por uma mascarada de carnaval. Ele todos os anos vai atrás dela. Seus amigos tiram sarro, mas ele é um romântico convicto. Luisette é uma travesti em busca de carinho. Juntos eles passam uma noite de amor intenso. No dia seguinte, Gregório leva Luisette a um jogo de futebol beneficente com amigos vestidos de mulher. Conforme ela vai jogando bola, ele vai se apaixonando. Luisette o cativa pelo seu amor sincero.
15 dezembro 2012
«conversa 1934» - bagaço amarelo
Ela - Qual conversa?
Eu - A conversa... a conversa em geral.
Ela - Pensei que tinhas alguma coisa concreta para me dizer.
Eu - Não, não tenho. Estava só a dizer que já não falamos há muito tempo.
Ela - Ah! Que interessante.
Eu - Noto alguma ironia na tua voz...
Ela - E eu noto alguma ironia no facto de quereres pôr a conversa em dia sem teres nada de concreto para dizer.
Eu - Epá! Eu gosto muito de ti, mas às vezes a sério que nem sei que te diga.
Ela - Já reparei.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Azulejo - Marina 2008
Um dos azulejos da minha colecção.
Este foi comprado em 2008 e está assinado, no suporte em madeira que serve de moldura, por Marina.
Este foi comprado em 2008 e está assinado, no suporte em madeira que serve de moldura, por Marina.
14 dezembro 2012
As pedras da calçada
Eu
perguntei “Então e a…?” depois de o cumprimentar e de termos dito e concordado que
já não nos víamos há muito tempo mas ele levantou a mão direita, da qual me
mostrou a palma e calou-me.
–
Nem me digas nada – suspirou, voltando a palma da mão para si e ficando a olhar
para ela.
–
Não? – perguntei, abanando a cabeça para reforçar a solidária negativa.
–
Não – repetiu ele, também a abanar a cabeça com uma expressão de cão sem dono.
– Nem me fales nessa gaja. – Eu encolhi os ombros noutro gesto prenhe de
compreensão e solidariedade e olhei para o chão. As pedras da calçada
pareceram-me estranhamente tristes. Ele agradeceu com a cabeça e continuou: – A
gaja foi o pior que me aconteceu na vida, pá. O pior!
Sorri
do ar trágico com que o pior foi dito e lancei como se fosse um desafio:
–
Pior do que quando partiste a perna?
–
Muito pior.
–
Pior do que quando estampaste o carro do teu pai?
Ele
riu com displicência.
Eu
insisti:
–
E ficaste em coma três semanas e perdeste o ano e partiste a omoplata, a perna
e o colo do fémur?
Ele
hesitou, olhou-me fixamente, moveu o ombro para cima e para baixo e depois em
movimentos circulares, esticou a perna e olhou para o pé.
–
Pior – anunciou, depois de voltar a cruzar o olhar com o meu. – A gaja foi pior
que isso tudo, pá. Foi mesmo a pior coisa que me aconteceu na vida – concluiu
com suspirada convicção e deslocados olhos de carneiro mal-morto.
–
Bolas… – deixei escapar.
–
E sabes o que é pior?
–
Ainda pior?! – Espantei-me e olhei para o chão. Apesar do calor, as pedras da
calçada apresentavam uma inexplicável humidade. “Provavelmente já conhecem a
história”, pensei.
–
É que se ela me ligasse agora para ir ter com ela, eu ia, pá. Eu ia…
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