20 dezembro 2012

Decameron - Os Enganos da Noite


(...) Ainda há pouco tempo, havia no campo arrabáldico do Mugnone um homenzinho em cuja casa os viajantes encontravam de comer e de beber por algum dinheiro. Era um homem pobre e a sua casa pequena. Apesar disso, sendo a necessidade grande, arranjava-se para nela acomodar não direi qualquer pessoa, mas, pelo menos, um cliente conhecido. Tinha uma bonita mulher e dois filhos: uma rapariga de quinze ou dezasseis anos, já boa para casar e muito atraente, e outro muito pequenino, de menos de um ano, ainda de mama.
   A rapariga tinha chamado sobre si a atenção de um gracioso e simpático fidalgo da cidade, que, no entusiasmo do seu desejo, ia com frequência ao Mugnone. Orgulhosa por inspirar uma paixão assim a um tal homem, a jovem esforçava-se por o reter na sua rede com olhares langorosos. A verdade, porém, é que ela própria se deixou prender. Em suma, um mútuo consentimento teria já várias vezes coroado esse amor se Pinuccio - era esse o nome do rapaz - não receasse para ambos a reprovação geral. No entanto, o amor era cada dia maior, e ele desejou vê-la de novo. Mas como conseguir hospedar-se em casa do pai? Pinuccio conhecia a disposição da casa e, uma vez lá dentro, gozaria, apesar da proximidade dos outros, a presença tão desejada da jovem. Logo que arquitectou o seu plano, quis experimentá-lo imediatamente.
   Para esse efeito fez-se acompanhar de um tal Adriano, seu amigo fiel e confidente dos seus amores. Um belo dia, já tarde, os jovens montaram em dois cavalos de tiro, carregaram-nos com duas malas, talvez cheias de palha, e saíram de Florença, seguindo o caminho dos estudantes. Já era noite quando as montadas chegaram ao Mugnone. Então, deram de rédeas aos cavalos, como se viessem da Romagna, dirigiram-se para as casas e bateram à porta do homenzinho. Muito amável com a clientela, este apressou-se a abrir.   - Como vês, tens de nos dar dormida esta noite - disse-lhe Pinuccio. Pensávamos chegar a tempo a Florença, mas calculámos mal as horas e só conseguimos chegar até tua casa.  
   - Bem sabes, Pinuccio - disse-lhe o homem -, que mau alojamento eu tenho para pessoas da vossa qualidade. Mas a verdade é que estão aqui e não têm tempo de ir para outro sítio. Alojo-os pois de boa vontade e como for possível.
   Os dois rapazes apearam-se, entraram no albergue, começaram por cuidar dos cavalos e depois cearam com o hospedeiro, das provisões de que se haviam cuidadosamente munido. O dono da casa só dispunha de um quarto exíguo e de três camas pequenas, que arrumara o melhor que pudera. Mas como estavam encostadas a uma das paredes e a terceira fora colocada ao longo da parede oposta, não havia muito espaço para andar à vontade.
   O homem fez a cama menos má para os dois companheiros e estes deitaram-se. Pouco depois, julgando-os adormecidos, deu uma das camas restantes à filha e deitou-se na outra com a mulher. Esta colocou, junto ao lugar onde ia dormir, o berço da criança. 
   Passado um momento, Pinuccio, que tinha observado tudo, levantou-se, pé ante pé, foi direito à cama onde a sua bela repousava e deitou-se a seu lado. Apesar do receio que sentia, esta fez-lhe um bom acolhimento e ambos ficaram a saborear o prazer que era o seu maior desejo.


Enquanto Pinuccio estava nos braços da sua amada, uma gata fez cair, por acaso, um objecto qualquer. A mãe ouviu o ruído e receando qualquer outra coisa, levantou-se e, às escuras, dirigiu-se à casa de onde lhe parecia ter vindo o som. Inocentemente, Adriano, que uma necessidade natural obrigara precisamente a levantar-se, saiu, tropeçou no berço que a dona da casa ali colocara e, como não podia passar sem o afastar, pegou-lhe, mudou-o de lugar e colocou-o junto à sua cama. Satisfeita a sua necessidade, voltou, e meteu-se na cama sem pensar mais no berço. 
   Após algumas investigações a mulher achou que o objecto caído não tinha grande importância. Não se preocupou com acender a luz para ver melhor, ralhou à gata, voltou ao quarto e dirigiu-se, tacteando, para a cama onde o marido dormia. Mas nada de berço. "Pobre de mim, que bonita coisa eu ia fazer! Deus do céu, ia direita à cama dos hóspedes!" Avançou alguns passos, encontrou o berço e, encontrando a cama que estava junta dele, deitou-se ao lado de Adriano que tomou pelo marido. Adriano, que ainda não voltara a ter sono, foi sensível à sua chegada. Sem dizer palavra, e com grande prazer da dona da casa, soube por mais de uma vez, provar-lhe o seu ardor. 

  
   Assim iam as coisas, quando Pinuccio receou que o sono o surpreendesse ao lado da amante. Como já tinha tido o prazer que tão avidamente desejava, soltou-se dos braços da jovem para voltar à sua cama. Chegou lá, mas, encontrando o berço, julgou tratar-se da cama do dono da casa. Avançou pois alguns passos e deitou-se ao lado do homem que acordou nesse momento. Pinuccio, que se julgava ao lado de Adriano, disse-lhe: 
   - Juro-te que nunca tive nos braços nada tão bom como a Niccolosa. Por Deus! Deu-me o maior prazer que um homem jamais teve de uma mulher. E sabes, desde que te deixei, estive mais de seis vezes no paraíso! 
   Ao ouvir tais palavras, tão pouco a seu gosto, o dono do albergue pensou: "Que diabo veio aqui fazer este imbecil?" Depois, a emoção fê-lo perder toda a prudência. 
   - Pinuccio - disse - o que me fizeste não tem classificação. E nem quero saber por que razão assim me ridicularizaste. Mas, com seiscentos diabos, hás-de pagar-mas! 
   Pinuccio não era um modelo de paciência. Ao reparar no engano, em vez de procurar remediar as coisas com elegância, respondeu: 
   - Que queres tu fazer-me pagar? Que poderias tu fazer-me? 
Entretanto, a senhora, que se julgava ao lado do marido, disse a Adriano: 
   - Deus do céu! Ouve os viajantes, estão ambos a discutir. Adriano pôs-se a rir: 
   - Deixa lá. Diabos os levem. Beberam demais ontem à noite. 
   A mulher, que esperava ouvir os clamores do marido, reconheceu a voz de Adriano. Compreendeu imediatamente o que lhe acontecera e com quem estava. Prudentemente e sem dizer palavra, levantou-se logo, pegou no berço da criança, e, apesar da profunda escuridão que reinava no quarto, teve o sangue frio suficiente de o levar para junto da cama da filha, onde se deitou. Então, como se o barulho que o marido fazia tivesse acabado de a acordar, interpelou-o e perguntou-lhe qual a razão da sua disputa com Pinuccio. Respondeu o homem: 
   - Não ouves o que ele pretende ter feito com a Niccolosa? 
   - Mente, juro-te - disse a mulher. - Ele não esteve deitado com a Niccolosa. Eu é que me deitei aqui e não tenho podido pregar olho. E tu és parvo, acreditando no que esse diz. Beberam tanto antes de se deitar que sonham a noite inteira com coisas dessas. Andam por todo o lado, perdem o controlo de si próprios e julgam ter realizado proezas. É pena que não tenham quebrado o pescoço. Mas o que está aí a fazer o Pinuccio? Porque não está na cama dele? 
   Adriano compreendeu que a mulher tinha a sabedoria de dissimular a sua vergonha e a da filha. 
   - Pinuccio - disse-lhe ele então - tenho-te dito centenas de vezes que não corras de cá para lá. Esse maldito costume de te levantares enquanto sonhas, depois de contar como se fossem verdadeiras todas as patranhas com que sonhaste, ainda acaba um dia por te sair caro. Volta para aqui. E que Deus não te dê uma boa noite! 
   Ao ouvir o que a mulher e Adriano diziam, o dono do albergue começou a acreditar que Pinuccio era na verdade sonâmbulo. Pegou-lhe então pelos ombros, sacudiu-o e gritou-lhe: 
   - Acorda, Pinuccio, volta para a tua cama. Mas Pinuccio, que compreendera o jogo de Adriano e da mãe de Niccolasa, pôs-se a fazer de sonâmbulo e a dizer parvoíces, que faziam o homem rir à gargalhada. Por fim, fingiu acordar e dirigiu-se a Adriano: 
   - Já é dia, para me estares a acordar? 
   Representando sempre, Pinuccio abriu os olhos pesados de sono, mas acabou por sair da cama e ir deitar-se junto de Adriano. 
   Quando amanheceu, o homem levantou-se e começou a rir de Pinuccio, troçando dele e dos seus sonhos. Brincadeira para aqui, brincadeira para ali, os dois jovens arranjaram-se assim como às suas montadas. Carregaram as bagagens, beberam com o dono do albergue, e a cavalo! 
   Voltaram a Florença tão divertidos com as peripécias da aventura como alegres com o seu desfecho. Daí a algum tempo, Pinuccio descobriu melhor maneira de se encontrar com Niccolosa. Esta última jurara à mãe, por todos os seus deuses, que Pinuccio tinha sonhado. E a boa senhora, ao recordar as suas justas com Adriano, acabava por pensar que fora ela a única pessoa a estar acordada.

"Decameron" (Oitava Jornada - Quarta Novela)"- tradução de Urbano Tavares Rodrigues


Desenhos de Giacinto Gaudenzi


blog A Pérola

«Amo-te» - Patife

Amo-te! Ousou soltar ela a meia foda, deixando-me o nabo à beira de um enfarte do miocárdio fálico. A pausa originada por esta transgressão verbal, seguida da minha cara de enfado, fê-la entrar em justificações atabalhoadas enquanto corava: Não estou a dizer por dizer... amo-te mesmo. Foi o que aquela alminha conseguiu dizer para tentar salvar a face. Aí, serenei. Adoro brincar com pachachinhas, bicos tesos e pandeiretas arrebitadas, mas se há coisa com a qual não gosto de brincar é com sentimentos. E se uma coisa é saborear a ilusão, conhecendo os limites da realidade, outra profundamente diferente na sua essência é viver na ilusão. Por isso, expliquei-lhe que eu não estava ali para o amor, da mesma forma que o amor não estava no mundo para mim. Disse-lhe ainda que o primor dos seus contornos pachachais totalmente rapadinhos me faz arrebitar o pirilau e que o seu rabo empinado me dá vontade de lhe dar tau-tau. Mas que só lhe queria foder a chona e não o coração. Ela, meio assustada, como quem ousa virar a cara à realidade, riu-se e disse: Tu também tens sentimentos. Isso é o medo a falar. Mas não era. Era apenas a sinceridade do meu nabo a falar.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Luís Gaspar lê «Os amantes com casa» de Joaquim Pessoa

"Andavam pela casa amando-se
no chão e contra as paredes.
Respiravam exaustos como se tivessem
nascido da terra
de dentro das sementeiras.
Beijavam-se magoados
até se magoarem mais.
Um no outro eram prisioneiros um do outro
e livres libertavam-se
para a vida e para o amor.
Vivendo a própria morte
voltavam a andar pela casa amando-se
no chão e contra as paredes.
Então era a música, como se
cada corpo atravessasse o outro corpo
e recebesse dele nova presença, agora
serena e mais pobre mas avidamente rica
por essa pobreza.
A nudez corria-lhes pelas mãos
e chegava aonde tudo é branco e firme.
Aquele fogo de carne
era a carne do amor,
era o fogo do amor,
o fogo de arder amando-se e por toda a casa,
contra as paredes, no chão.
Se mais não pressentissem bastaria
aquela linguagem de falar tocando-se
como dormem as aves.
E os olhos gastos
por amor de olhar,
por olhar o amor.
E no chão
contra as paredes se amaram e
pela casa andavam como
se dentro das sementeiras respirassem.
Prisioneiros libertados, um
no outro eram livres
e para a vida e para o amor se beijaram
magoando-se mais, até ficarem magoados.
E uma presença rica,
agora nova e mais serena,
avidamente recebeu a música que atravessou de
um corpo a outro corpo
chegando às mãos
onde toda a nudez é branca e firme.
Com uma carne de fogo,
incarnando o amor,
incarnando o fogo,
contra o chão das paredes se amaram
pressentindo que
andando pela casa bastaria tocarem-se
para ficarem dormindo
como acordam as aves.

(in ‘Inéditos’)"

Joaquim Pessoa

Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«Monstruación» - por Luis Quiles


"Este dibujo trata sobre la menstruación. Cuando la naturaleza anuncia el cambio de niña a mujer. He utilizado el muñeco como metáfora de que durante ese cambio las chicas dejan de jugar con muñecos para empezar a jugar con hombres reales en la vida real."

Luis Quiles

19 dezembro 2012

Bordas e bordados

Na minha página no Facebook (que tem já 465 gostos), foi publicada esta imagem:


Uma amiga minha relembrou-se de uma história real deliciosa, que me enviou:
"Eu e a minha irmã, trabalhávamos no escritório de uma pequena empresa de confecções.Havia em Coimbra uma fábrica que produzia em exclusivo para nós e, quando as peças eram feitas, as mocinhas da nossa firma serviam de modelos...
Um dia, estávamos todos a apreciar um macacão de malha com bordados, quando um dos sócios achou que o preço saía demasiado elevado.A senhora argumentou que tinha de contratar bordadeiras, que elas levavam caro, etc...quando um outro sócio diz, com a cara mais séria do mundo:
-É verdade é, que eu tenho uma prima que, quando era nova, com essa coisa das bordas fartou-se de ganhar dinheiro!
Ficamos todos sem saber o que fazer, quando, atrás de mim e da minha irmã, um dos rapazes que não dizia os 'q', nos sussurra:
-Ó 'um 'aralho! Olha se fosse 'om a 'ona toda!"
Teresa B.

«carro de gaja» - bagaço amarelo

Talvez eu seja um dos poucos homens à Face da Terra que não gosta de conduzir. Aliás, abomino o automóvel como produto tecnológico e como solução de mobilidade. Acho que é um dos grande erros da humanidade, com consequências desastrosas a nível social, ambiental e económico, centrar a mobilidade de oitenta quilos de gente numa máquina de duas toneladas.
Infelizmente, e porque o nosso modelo político não deixa grandes alternativas a quem precisa e gosta de se deslocar frequentemente, também tenho um carrito. Está quase sempre parado e, em média, só o uso aí uma vez de quinze em quinze dias. De resto ando de bicicleta, a pé e nos transportes públicos que ainda existem.
Para além de ser um erro, esta utilização massiva do automóvel por tudo e por nada, é também uma demonstração das diferenças de género. Os homens, na generalidade, adoram carros. As mulheres nem adoram nem deixam de adorar. Estão-se nas tintas para eles e só os usam quando precisam. Nesse aspecto sou mesmo muito parecido com elas e, para confirmar esta minha tese, a última vez que peguei no meu pequeno Fiat houve um gajo que me mandou ir para casa com o meu "carro de gaja".
O que mais me confunde e entristece nesta ligação do género masculino ao automóvel, é o exibicionismo. Eu disse que não gosto de conduzir, não disse que conduzir é difícil. Conduzir é, aliás, uma coisa tão banal e fácil que não tem piada absolutamente nenhuma, e quem se exibe demonstrando as suas capacidades ao volante, é tão atado que parece que ainda não se deu conta que há milhões e milhões de pessoas a fazer exactamente o mesmo ao lado dele.
É claro que este gajo que me disse que eu tenho "carro de gaja", logo a seguir carregou no acelerador a fundo e desapareceu na estrada. A exibição dele foi essa, carregar num pedal. Puff! Eu, que estava a estacionar junto à estação de Aveiro, e que o tinha enervado por causa disso, desliguei o motor e pus-me a pensar naquela frase. O mundo era melhor se não existissem "carros de gajo", ou seja, montes de palermas a fazer asneiras na estrada porque descobriram um dia que sabem conduzir.
Aliás, talvez um dos problemas deste mundo seja as mulheres não mandarem mais. O modelo de desenvolvimento que seguimos, e que nos levou a esta coisa tão estúpida que é termos que gastar uma pipa de massa num automóvel para nos podermos deslocar, é capitalista mas também é masculino. Se as mulheres mandassem mais, talvez a mobilidade em transportes públicos fosse um direito de todos. Aí, teríamos todos "carros de gaja", só para andar de vez em quando.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

O blog Obscenatório foi eliminado pelo Wordpress...

... por "violação das condições de serviço".
Nada erótico!


Força, Vinni. Estamos contigo. O blog «a funda São» já passou várias vezes por isso.
Hás-de conseguir reconstruir o blog.

Terapia de casal



Via Testosterona

18 dezembro 2012

«Tempo desfolhado» - Susana Duarte

______o tempo traz as flores acomodadas no peito_________

desfolha-as, no impulso firme de ser vento,

desacomoda-as de si, do caule, da voz das águias,
no movimento forte de ser vento,

e volta a deixá-las ser flores,
...
apenas por um segundo,
quando os olhos se movem ao encontro das mãos

e o tempo volta a ser tempo

e o tempo acomoda o peito

e as flores

e o vento

e os caules
de ser ave
levada nas ondas sonoras

do dia em que as mãos partiram

e deixaram as flores desfolhadas no peito
do imenso desalento

da tua ausência

_________até que o Tempo volte a ser tempo

de me desfolhares o peito______________

e de escreveres as pétalas das flores

____________________________________________em mim.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Eva portuguesa - «Tarde»

É tarde... 
Tarde para começar a ganhar dinheiro num dia de trabalho que já começou há muito...
Tarde para tentar outra profissão que não esta...
Tarde para iniciar uma carreira...
É tarde, demasiado tarde, para conseguir continuar a sonhar, para acreditar na inocência, para viver outra vida... até para viver esta...
É tarde para começar, para recomeçar, para fugir e para desistir...

É tarde até para amar...
Fugi do que não queria, indo ao encontro do que não devia.
Subi vários degraus, apenas para escorregar por eles abaixo.
Ri apenas para não chorar, nadei para me salvar sem que isso me permitisse evitar a corrente.
Sigo, como todos os outros, rio abaixo, levada por uma corrente que não me permite lutar ou resistir...

Resta-me a rendição a esse caminho que não escolhi tentando manter-me à tona, tentando manter-me viva...
E, quando quis tudo isto contrariar, quando quis o meu destino mudar... já era tarde... tarde para mudar, tarde para me rebelar, tarde para lutar... tarde para viver, tarde para morrer...
É tarde... muito tarde...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Querem lá ver...

... que agora as palmeiras...


... vão começar...


... a dar caralhos?!


O tarot mais recente da minha colecção

Recebido de fresco dos E.U.A., «Le Tarot des Femmes Erotiques» (o tarot das mulheres eróticas), que se junta agora aos mais de 10 tarots que já estavam na minha colecção de arte erótica.