... e o OrCa - obviamente - odeu-a:
Fiambre do melhor, o céu te guarda
E tão liso e tão rosado, qual romã
Como será a frente de tal rectaguarda?...
Vim-me aqui muito a correr
Cumprimentar a maltinha
E não querem vocês ver
Que ninguém liga à Gotinha?
Nem uma ode, um poema,
ninguém a chamar-lhe filha...
Está ela em tanta pena
Qu'inda nos fica co'a telha!
Vá, malta, mais atenção
Mais mimos, com mil diabos!
Se não lhe passam cartão
Ela não mostra mais rabos!... (Orca)
O teu olhar é lânguido, quando serves a bola.
Arrepiam-se-me os cabelos da nuca e fazes-me um penteado à Figo.
Quando bates a bola, soltas um pequeno esgar agudo, sussurrado.
É vidrado e bamboleante que percorro o teu braço direito longilíneo, rumo à raquete.
As tuas pernas atléticas, femininas, correm firmes para a linha quando respondes a um smash derrotado.
Engulo seco, páro de respirar, tremo e salivo...
Desde que tu jogas ténis, minha adorada Maria, nunca mais tive torcicolos.