- Sim-senhor. Meditabundo e profilático, pus-me a divagar sobre essa coisa de cu não ter sexo... Nã!... Há p'r'aí um erro de avaliaSão. Odamos, pois, p'rà polémica...
Um posterior
Tal qual seja
Não tem sexo?
Não estou nessa, meus irmãos...
Eu, não senhor!
Cada célula nossa vibra e almeja
Por não cumprir um destino desconexo
(A não ser que em deslavadas modernices
Haja hormonas no ar e outras pieguices...)
Sexo
O posterior tem-no que se veja
Ou, à míngua de olhos, pela mão
Aquela doce mão com que se harpeja
Se sente e faz nascer uma paixão
Se passares dolente e mais que leve
Alguma parte de ti por tais recessos
Há aqui um pêlo, ali um odor breve
Uma penugem, uma cor em tais acessos
(Já noutros enquanto uma orelha mordas
Hás-de sentir pelagem brava como cordas
Que decerto enforcarão o teu prepúcio
Em menos tempo que tu digas abrenúncio!)
Um "ai-amor"
Um até "balhamedeus"
Um suspiro de dor
Um ir aos céus
Que é diverso na textura
E na premência
E que nos faz sentir em cada criatura
Ser do sexo cada cu a referência
Mas se em momento da mais fera rebarba
Em ‘vade retro’ à alva bilha sem critério
Repara bem se não terá ele feito a barba
E a bela nádega é uma lixa sem mistério...
- OrCa