29 outubro 2004
Diário - Parte 1
Não faço amor com a Sally desde quinta-feira passada. Tenho-me deitado antes ou depois dela, queixo-me de indigestão ou de estar a sentir que vou ficar constipado, etc. – tudo pretextos para a desencorajar. Tenho medo de descobrir que não consigo voltar a vir-me. Podia tentar masturbar-me, só para ver se com a mecânica não há nada de errado.
5.ª Feira, 25/02
Depois de ter escrito aquela última parte despi-me e deitei-me com uma toalha por perto e tentei masturbar-me. Há muito tempo que não fazia isto, para aí há uns trinta e cinco anos, e perdi a prática. Não consegui encontrar a vaselina no armário da casa de banho e, por acaso, não havia azeite na cozinha; lubrifiquei a pila com o molho para saladas do Paul Newman, o que foi um erro. Para começar, estava gelado por estar no frigorífico, pelo que o seu efeito foi murchar, em vez de estimular; depois tem vinagre e sumo de limão, que deitam um cheiro infernal; por fim, comecei a ter o mesmo cheiro do pollo alla cacciatora do Gabrielli à medida que as ervas foram aquecendo com a fricção.”
(Terapia, David Lodge, Gradiva, pgs.84-85)
Mais um texto do Quim Nogueira
Pois ela continua a acordar...
"...continuo a acordar todas as noites... não há forma de o evitar... a tua ausência incendeia-me os sentidos... a tua falta provoca-me esta ânsia de te sentir presente... sofro neste sofrimento sofrido de dor e solidão... já não sei quem sou... também não interessa... lembras-te da última carta que te escrevi... sim, daquela em que acordei às 3 e 15 da manhã?
E, já agora leiam os outros textos do Jorge Costa e do Quim Nogueira.
28 outubro 2004
Promessas...
Estava desconsolada
Sentia já murcho o instrumento
Que batia em retirada.
Sentou-se na cama, perguntou-lhe:
- Acabaste? É só isto?
Onde está o paraíso
Que parecias prometer?
Ele admirado, cabisbaixo
Ainda a recuperar do acto
Perguntou-lhe arfando
Cansado:
- Não foi bom para ti?
Não atingiste o orgasmo?
Não sentiste prazer?
Olhou-o, levantou-se da cama
Olhou o falo murcho, ridículo
E respondeu-lhe irada:
- Eu já devia saber
Que quem muito se gaba do que tem
Quem muito diz que faz
Só tem língua e mais nada!
Foto: Victor Ivanovski
Encandescente
E o OrCa fez um comentário de comentador sem contraditório:
Semeou a tempestade... e colheu só leve brisa
Gritou alto e com ardor... e só murmúrio se ouviu
Trouxe fanfarras e luzes... e nem tirou a camisa
Prometeu noite de amor... e foi um ar que lhe deu
Vã glória de cobrir, triste estultícia
P'ra quê prometer o mundo, para quê tanto sarilho?
E dirá a pobre amante em trejeito com malícia
Ter na boca a dinamite... e, afinal, nem ter rastilho!
Arre, fêmeas!...
- E o que é que nós temos a ver com isto? - perguntais.
- Algo há! - respondo eu.
É que, pelos vistos, um dos gritos de ordem de algumas meninas era:
Entretanto, puxem o cordelinho da imagem para verem a reacção dos colegas da academia cona_imbricense:
... mas com sexo escrito eu não regurgito!
... mas sexo escrito não dá cabo do pito!
... e sexo anal também não rima nada mal!
... ofereço-me já para fim experimental!
... e o sexo sentado não é reconhecido pelo Estado!
... e o sexo deitado não está comparticipado!
... e o sexo desprotegido não está reconhecido!
... e no sexo oral a três não é preciso esperar pela vez!
(Super Tongue)
... e o sexo virtual já é banal!
... e o sexo tântrico é romântico!
... e diz o melro ao picanço: "na peida é um descanso!"
... e reclamação por falta de tesão é que não!
... e sexo anal não rima mal, aguenta e não chora que está gente lá fora!
(Tantam)
... logo, sexo anal só pode ser da Medis!
(Mergulhador)
... e as meninas que lá estudam, dão a cona ao pessoal!
(Yourero)
... e sexo anal... exigência sindical!
... e sexo em grupo... colectividade do bacanal!
... e sexo vaginal é demasiado banal!
(Karla Vainessa)
... e alargamento rectal é o que dá em Portugal!
(PortoCroft)
... e o novo cu d'A Funda São é simplesmente fenomenal!
... e uma sarapitola bem esgalhada é iniciativa privada!
(Jorge Gomes da Silva)
... e o cu da São dá uma enorme satisfação!
... e sexo em público é... um serviço lúdico"
(Bruno)
... e como é uma medida genial, ao Santana ofereço um botão rectal!
Não é a pedra filosofal, mas recomendo-lhe uso pontual!
(Ocasional)
... mas do sexo escrito eu não abdico!
(Sónia)
Solidariedade Encandescente...
Onde a julgue dolorosa
E mesmo se é uma rosa
A seta que o poeta espeta
Há que ver se é espinhosa
Porque poema sem espinho
Não tem graça... é poeminho.
E o que faz que o poeta corra?
De onde lhe brota o mistério
Ora bem... do magistério
De gritar bem alto: Porra!
Quando essa porra é a sério.
Por Orca
('Tá bem, São, não amandei post que estou com preguiça... e hoje está difícil de entrar em ti...)
Orca, eu sirvo de vaselina...
(imagem via Oficina das Ideias)
27 outubro 2004
Porra!!
Dedicado à São e à Gotinha
Um dia
Que já te tenha cantado
Com todas as palavras ternas
Melosas
Amorosas
Que existem no dicionário
Vou recorrer às outras
Dar-lhes novo significado.
E passarás a ser
A treta que eu amo
O teu corpo
Será a porra que eu quero
Descreverei amor
De uma forma nova, directa
Sem floreados
Usarei o vernáculo
E cada queca que eu der
Com a porra do teu corpo
Amando-te como a treta
Soará sempre
O melhor poema que cantarei
...
Por ti vou reescrever
Dar um novo significado às palavras
Telefone de Amor, por AdamastoR
A Vodafone está indignada, porque um 'engenhocas' japonês transformou o seu modelo exclusivo e topo de gama - o primeiro telefone com câmara zoom de 2 mega pixels - numa arma ao serviço de voyeurs.
Por 150 euros, Yamada Denshi disponibiliza na internet um filtro infra-vermelhos para adaptar ao Sharp V602sh, que passa a tirar fotografias em visão nocturna ou de raios X - e atravessa obstáculos para a vista desarmada como a roupa, por exemplo.
A operadora acaba de anular o lançamento deste modelo no Reino-Unido porque, explicou ontem o porta-voz, «nunca nos passou pela cabeça vender um aparelho que fotografe pessoas nuas. E enoja-me só de pensar que há quem use o seu telemóvel para tirar fotografias porcas». [Notícia]
De facto. Como é que isso pode passar pela cabeça de alguém?!
Avassaladora...
Levar-te-ei até à cama...
Sem pedir licença...
Tocar-te-ei em todo o teu corpo,
E sadicamente...
Te possuirei!
Vou-te deixar com uma enorme
Sensação de cansaço...
Entregue!
Lentamente...
Vou-te fazer sentir arrepios,
Fazer-te suar...
Profundamente!
Irás gemer...
Até chorar.
Deixar-te-ei ofegante,
Tirar-te-ei o ar,
A tua cabeça pulsará.
Da cama...
Não conseguirás sair...
E quando terminar,
Irei embora.
Até à próxima...
Assinado:
A Gripe
Debaixo da cama...
- O que estás a fazer, pai?
O pai responde:
- Eu acho que vi um rato debaixo da cama.
Joãozinho retruca:
- E vais enrabá-lo?!
(enviada por Príapo)