Depois de comer a aia, dizia D. Dinis à Rainha Santa Isabel, quando esta lhe oferecia canja:
- Não, obrigado! Nem sempre galinha, nem sempre rainha!
Saindo com o Conde Andeiro, dizia D.Leonor Teles a D. Fernando:
- Faltou-te um bocadinho assim!
No convento de Odivelas, dizia D. João V à Madre Paula:
- Vamos fazer marmelada?
30 dezembro 2004
29 dezembro 2004
Cinco sentidos
Com os sentidos em sentido
Cheiro-te e reconheço-te
Vejo-te e apreendo-te
Ouço-te e preparo-me
Tacteio-te e oriento-me
Para melhor te saborear
Bombar
Encostou-me ao capô do carro e pegando-me pelas nádegas, sentou-me, fazendo o meu longo cabelo dourar ao sol. Içou-me a saia até ao umbigo e abriu-me as pernas de par em par.
Com a mão esquerda, desviou para o lado as minhas rendinhas brancas e com a direita, introduziu-me a agulheta, ao ritmo dos números no marcador até atingir a conta desejada.
Retirou-a ainda a pingar e arrumou-a com todo o cuidado, fechando os dois botõezitos do macaco.
E agora, meu Deus, será que as nódoas de óleo saem no banho ou vou mesmo ter de usar Supergel?
Com a mão esquerda, desviou para o lado as minhas rendinhas brancas e com a direita, introduziu-me a agulheta, ao ritmo dos números no marcador até atingir a conta desejada.
Retirou-a ainda a pingar e arrumou-a com todo o cuidado, fechando os dois botõezitos do macaco.
E agora, meu Deus, será que as nódoas de óleo saem no banho ou vou mesmo ter de usar Supergel?
28 dezembro 2004
Poesia Popular
Diz a Karla Vainessa:
Pinta-me os lábios, pinta-me
Pediu-me ela, de joelhos
Agarrei no piçaralho e,
Pintelhos.
Responde o Bruno:
Lambo-te os lábios
os lábios vaginais
enterro-te caralho
para gritares ais ais!!!
E o Orca remata:
A poesia brejeira
Arte superior do povo
Traz nela forma e maneira
De dar à vida outro ar
Vento fresco e rumo novo...
De cultura popular
Mais redonda do que um ovo
Dá um pinote certeira...
E é postura copular
Nas tintas p'ra quem não queira!
Pinta-me os lábios, pinta-me
Pediu-me ela, de joelhos
Agarrei no piçaralho e,
Pintelhos.
Responde o Bruno:
Lambo-te os lábios
os lábios vaginais
enterro-te caralho
para gritares ais ais!!!
E o Orca remata:
A poesia brejeira
Arte superior do povo
Traz nela forma e maneira
De dar à vida outro ar
Vento fresco e rumo novo...
De cultura popular
Mais redonda do que um ovo
Dá um pinote certeira...
E é postura copular
Nas tintas p'ra quem não queira!
vem brincar
vem brincar com os meus seios
toca-lhes com as mãos
com a suavidade de uma pluma
aperta-os com carinho
toca nos meus bicos
docemente, com os dedos
está na altura de usares a tua boca
de os acariciares com os lábios
de os molhares com a língua
em suaves movimentos
ora num, ora noutro
delicia-te...
Ementa de Fim de Ano
Com tanto trabalho para reservar o quarto de cama redonda e espelho no tecto, eu sei que falta tempo para pensar na ementa de final de ano. Assim, deixo-vos aqui a minha sugestão de comer e chorar por mais.
Entradas
Ameijoas ao natural
Pipis
Punheta de Bacalhau
Rabo de Porco de Coentrada
Tomatada
Pratos de Substância
Caldeirada de Enguias com Tomates
Sarda Assada no Forno
Chouriça com Arroz de Grelos
Frango à Maricas
Fressura de Cabrito
Iscas com Elas
Salsichas na Brasa
Túberas de Fricassé
Sobremesas
Encharcada
Papos de Anjo
Gargantas de Freira
Bolas de Ovos
Rosquilhas
Vinhos e licores
Quinta da Pacheca (branco e tinto) e Licor de leite
27 dezembro 2004
Da sodomia - reflexão phylosophyka
Há na vida semelhanças que são em tudo diversas
Que fazem a gente tanta deixar-se ir em tais conversas
Sem cuidar de se apurar da vida as razões dispersas
Vem ao caso a reflexão colhida em trato de enganos
De sermos nós tudo quanto de nós faz o passar de anos
Mas sermos feitos também de quanto passa pelo ânus
Os anos lá vão passando assim construindo a vida
Enquanto passam pelo ânus desperdícios de comida
A que o tracto digestivo entendeu não dar guarida
E quando eu ouço dizer que esta vida é uma merda
Embaraço-me a saber se o que esse alguém sobreleva
Será mero desabafo de uma vida em triste perda
Ou se nele ressalta apenas o que o ânus não conserva
Por estas e outras questões que a filosofia apura
É que o homem descobriu na vida diversa andança
E se aos anos passantes não altera a contradança
Já ao ânus pelo contrário lhe dá diversa andadura
Afinal o que resulta desse lento passar de anos
É a margem de prazer que alcança a criatura
E pelo ânus colher o prazer de que falamos
Será apenas também mera questão de postura
Por certa fica a certeza de que o tal doce remanso
Neste suave balanço de uma vida bem levada
Se nem a todos agrada... certo é ser um descanso.
Que fazem a gente tanta deixar-se ir em tais conversas
Sem cuidar de se apurar da vida as razões dispersas
Vem ao caso a reflexão colhida em trato de enganos
De sermos nós tudo quanto de nós faz o passar de anos
Mas sermos feitos também de quanto passa pelo ânus
Os anos lá vão passando assim construindo a vida
Enquanto passam pelo ânus desperdícios de comida
A que o tracto digestivo entendeu não dar guarida
E quando eu ouço dizer que esta vida é uma merda
Embaraço-me a saber se o que esse alguém sobreleva
Será mero desabafo de uma vida em triste perda
Ou se nele ressalta apenas o que o ânus não conserva
Por estas e outras questões que a filosofia apura
É que o homem descobriu na vida diversa andança
E se aos anos passantes não altera a contradança
Já ao ânus pelo contrário lhe dá diversa andadura
Afinal o que resulta desse lento passar de anos
É a margem de prazer que alcança a criatura
E pelo ânus colher o prazer de que falamos
Será apenas também mera questão de postura
Por certa fica a certeza de que o tal doce remanso
Neste suave balanço de uma vida bem levada
Se nem a todos agrada... certo é ser um descanso.
Pensamento de todos os dias
Só pensamos em sexo.
E é por isso que o País não vai para a frente!
Vai para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, ..., ..., ...
E é por isso que o País não vai para a frente!
Vai para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, para a frente e para trás, ..., ..., ...
(relembrado aos pulos pela Gotinha)
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