Ai Manela, a páginas tantas conheci por lá o João, um homem das informáticas, daqueles que vestem sempre calças de ganga e t-shirts como emblema da profissão e deixam crescer a barba, para poderem dedicar mais tempo aos seus computadorzinhos.
Chamava-me carinhosamente o seu portátilzinho, enfatizando a diferença do seu metro e noventa para o meu metro e meio. E não duvides de que eu era mesmo portátil ao seu colo.
Sempre que precisava de lhe falar, bastava enviar-lhe sms a dizer F1 para ele me telefonar e eu calorosamente atender com a frase «Helpdick, please!...».
Viajámos imenso juntos, conhecemos o Louvre e aqueles destinos turísticos do Brasil, para além dos inúmeros filmes, frente ao ecrã flat de 19 polegadas do seu computador. E além disto, Manela, o homem era danado para jogar, digamos que... de forma proporcional ao tamanho do seu joystick. Sempre que terminava o jogo até dizia «Acho que o sistema crashou. Segundo a minha intuição profissional, o melhor é sair e voltar a entrar».
Tudo decorria funcionalmente Manela, até eu descobrir que o homem não podia ver uma drive que não metesse logo o cêdê. O homem era multitasking!
03 janeiro 2005
Os homens gostam é de mulheres carnudas
É isso mesmo! Queremos fartura: anca, lombo, coxa, rabada: rodízio completo. Mulher para a qual tu olhas e imaginas que vais demorar uns três dias para a comeres toda.
Estou a falar de recheio, de estofo: substância. Quem gosta de mulheres magricelas é costureiro... ou outra mulher.
Vejamos, por exemplo, a Fernanda Serrano: o mulherio acha o máximo "Ai, como ela é linda", "Ai, que corpo perfeito! Que inveja...".
Perfeito?! Onde é que está o rabo dela? Pega-se por onde? Põe-se de que lado? É bonita de rosto, vá lá. No entanto, como dizia Raul Cortez na propaganda do Natu Nobilis (sobre o facto de o whisky brasileiro ser importado, mas engarrafado no Brasil): "Mas... você não bebe a garrafa, ou bebe?"
Não quero dizer que essas magricelas, de perna fina e rabo mirrado, não são comestíveis. Claro que são! Na verdade, poucas fêmeas não o são. Mas é uma actividade pouco confortável, com aquele monte de ossos pontiagudos. Nunca se encontra uma posição ideal, parece que têm joelhos por tudo o que é lado. A melhor coisa de comer uma dessas Olívias Palito - que são exemplo de beleza para as mulheres - é a quantidade de borrachinhos que se te vão querer oferecer. E isso dá uma tendência inflacionista ao teu valor de mercado.
O facto é que as esturricadas não falam ao pau. O que faz com que a gente torça o pescoço na rua e que os nossos testículos trabalhem a toque de caixa é mulher com polpa.
Por isso, abaixo o regime! Viva a abundância!
Onde a abundância abunda, há alegria! Olha a bunda, olha!...
Estou a falar de recheio, de estofo: substância. Quem gosta de mulheres magricelas é costureiro... ou outra mulher.
Vejamos, por exemplo, a Fernanda Serrano: o mulherio acha o máximo "Ai, como ela é linda", "Ai, que corpo perfeito! Que inveja...".
Perfeito?! Onde é que está o rabo dela? Pega-se por onde? Põe-se de que lado? É bonita de rosto, vá lá. No entanto, como dizia Raul Cortez na propaganda do Natu Nobilis (sobre o facto de o whisky brasileiro ser importado, mas engarrafado no Brasil): "Mas... você não bebe a garrafa, ou bebe?"
Não quero dizer que essas magricelas, de perna fina e rabo mirrado, não são comestíveis. Claro que são! Na verdade, poucas fêmeas não o são. Mas é uma actividade pouco confortável, com aquele monte de ossos pontiagudos. Nunca se encontra uma posição ideal, parece que têm joelhos por tudo o que é lado. A melhor coisa de comer uma dessas Olívias Palito - que são exemplo de beleza para as mulheres - é a quantidade de borrachinhos que se te vão querer oferecer. E isso dá uma tendência inflacionista ao teu valor de mercado.
O facto é que as esturricadas não falam ao pau. O que faz com que a gente torça o pescoço na rua e que os nossos testículos trabalhem a toque de caixa é mulher com polpa.
Por isso, abaixo o regime! Viva a abundância!
Onde a abundância abunda, há alegria! Olha a bunda, olha!...
(adaptado do Português do Brasil - autor desconhecido!)
Lombriga do Amor, por AdamastoR
Não passa de um verme marinho, que vive em águas baixas e arenosas, mas inspirou um grupo de cientistas italianos a criar uma técnica de endoscopia mais confortável.
O Bioloch Ist, concebido na Scuola Superiore Sant' Anna, imita a locomoção ondulante do ragworm, para ir entrando - por si - no organismo, em vez de ser empurrado à força.
Num futuro próximo, o protótipo será motorizado e os cientistas acreditam que a endoscopia deixará de ser uma experiência traumática, para se tornar... num prazer.
Lembras-te do bom velho jogo do Pac-Man?
Pois tira aqui as saudades, nesta versão para adultos (e adultas, claro): XXX-Man
E, já agora, volta a treinar a cobra de bolsas
E, já agora, volta a treinar a cobra de bolsas
Chamamento
Dizendo-te,
Digo-te baixinho.
Como quem não fala
Como quem suspira
Como quem respira
Para ti palavras.
E mesmo que não oiças
Mesmo que não saibas
Que o suspiro é canto
Que para ti respiro
Que digo baixinho
Como se rezasse.
Sentirás o apelo
Que está no canto
Sentirás a voz
Que por ti contenho
Que por ti retenho
Num canto suspiro
Que chama por ti.
Foda-se - por Millôr Fernandes
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! Então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! Então, foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática. A Via Láctea tem estrelas comó caralho, o Sol é quente comó caralho, o universo é antigo comó caralho, eu gosto de cerveja comó caralho, entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo "Jorginho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!". O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai levar no olho do teu cu!"?
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a conduzir bêbedo, sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!
Millôr Fernandes
(enviado por Espakana)
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! Então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! Então, foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática. A Via Láctea tem estrelas comó caralho, o Sol é quente comó caralho, o universo é antigo comó caralho, eu gosto de cerveja comó caralho, entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo "Jorginho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!". O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai levar no olho do teu cu!"?
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a conduzir bêbedo, sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!
Millôr Fernandes
(enviado por Espakana)
02 janeiro 2005
Os melhores blogs de fodografia
A par do blog do Xupacabras (que faz parte da equipa da FundiSão), há um outro blog de fodografia que venero (eu não disse venéreo mas poderia até ser): Eroticalee2, da Canadiana Lili G. E ela até tem um link para a funda São!...
Soletrando
Soletro o alfabeto
E em cada letra és
E entre as letras encontro
Memórias, pedaços de ti.
Já te descrevi
Com todas as letras do alfabeto
Gastei todos os adjectivos
Usei todos os substantivos
Metáforas e aforismos.
Gastei todas as letras do alfabeto
De tanto te percorrer
Percorrendo-as.
Vou inventar um novo alfabeto
E com novas letras
Te soletrarei
E cantar-te-ei
Com palavras desconhecidas
Que criarei só para ti.
01 janeiro 2005
Brinde a 2005
Ai Manela, foi óptimo fazer a passagem do ano com o Ricardo e escusas de estar a assobiar desse lado que eu já sei que queres pormenores.
Comecei por lhe esfregar aquele cabelinho rebelde e descer as minhas mãos pelo seu pescoço para lhe percorrer as costas até as suas nádegas rijinhas encherem as minhas mãos. Depois, sussurrei-lhe que me comesse toda, claro que com um verbo mais preciso e ordinário e serpenteei a minha língua da sua orelha para o seu pescoço, saboreando o seu sal.
Pulei-lhe para o colo e afundei-me no seu membro, apalpando-o ritmadamente. Os pelitos dos tomates roçavam-me o ânus no que se assemelhava a uma dupla penetração. Sentia o cheiro do Ricardo e percebia que ia ser, divertidamente, como coelhos.
E claro, à meia-noite brindámos com espumante bruto. Digo-te só Manela, que usámos as taças com que nascemos.
Comecei por lhe esfregar aquele cabelinho rebelde e descer as minhas mãos pelo seu pescoço para lhe percorrer as costas até as suas nádegas rijinhas encherem as minhas mãos. Depois, sussurrei-lhe que me comesse toda, claro que com um verbo mais preciso e ordinário e serpenteei a minha língua da sua orelha para o seu pescoço, saboreando o seu sal.
Pulei-lhe para o colo e afundei-me no seu membro, apalpando-o ritmadamente. Os pelitos dos tomates roçavam-me o ânus no que se assemelhava a uma dupla penetração. Sentia o cheiro do Ricardo e percebia que ia ser, divertidamente, como coelhos.
E claro, à meia-noite brindámos com espumante bruto. Digo-te só Manela, que usámos as taças com que nascemos.
Lição de Marketing para a Estrada Nacional
(enviado pela Gotinha)
31 dezembro 2004
As rosas, São
Sentou-se
Enfim
Afundando em si laboriosa
O florim
Abriu-se em flor
Harmoniosa
Como as rosas
São
Abarcou-o
Completo
Fechando em si vibrante
O talo erecto
Fez-se em botão
Pungente
Como as rosas
São
Empalou-se
Repleta
Moendo em si ardente
A espoleta
Deu-se de suco
Perfumante
Como as rosas
São
"Ferralho"
Nos findos idos de 2004.
Enfim
Afundando em si laboriosa
O florim
Abriu-se em flor
Harmoniosa
Como as rosas
São
Abarcou-o
Completo
Fechando em si vibrante
O talo erecto
Fez-se em botão
Pungente
Como as rosas
São
Empalou-se
Repleta
Moendo em si ardente
A espoleta
Deu-se de suco
Perfumante
Como as rosas
São
"Ferralho"
Nos findos idos de 2004.
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