Cantou um dia o Che, nas palavras do poeta.
E numa esplanada, um café arrefeceu sobre a mesa
Enquanto cantava amor e revolução.
No olhar de quem a rodeava
Havia o pasmo, havia o espanto
De ouvir, numa esplanada, palavras nunca antes ditas,
E do amor que havia na voz de quem lia o canto
De quem assim fazia amor dando palavras
Lendo o poeta, o Che e a revolução.
E elevou a voz e disse das montanhas
E do desejo de liberdade que tinha dentro
E a revolução do Che e do poeta foi a sua
E anulou a distância, atravessou montanhas
E deu amor dando a palavra
Enquanto o café arrefecia na mesa
Ela cantava o poeta
E fazia amor e revolução.
Ilustração: Da São
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