05 março 2005
O beijo
Há momentos na nossa vida que não esquecemos, por mais que o tempo passe.
Talvez por isso saiba o instante exacto em que me apaixonei por ti.
Nunca esqueci aquele beijo que trocámos, em que as nossas almas se tocaram...
Na altura não percebi o quão intenso foi o momento.
Nesse dia recordei o teu sorriso, o teu olhar, o prazer que existiu... mais que esse beijo.
Nesse dia brincámos, rimos, gozámos, fomos amantes.
Nesse dia o mundo sorriu para mim e eu nem percebi!
Hoje recordo os nossos corpos lado a lado, os dedos entrelaçados, as cabeças na almofada, os olhos fechados, as bocas coladas... aquele beijo, tão especial.
Recordo o instante em que foste meu, como nunca depois aconteceu.
Prometi-te que não me apaixonaria por ti, achei que isso nunca iria acontecer.
Mas não cumpri essa promessa.
Como seria possível não te amar?
Tu, o meu princípe encantado do conto de fadas onde eu nunca fui princesa...
Video automobilístico
O Bichana Gato (desaparecido lá no fundo) gosta muito deste carro mas não sabe qual é a marca nem o modelo.
Principalmente, quer saber o número de telefone... do modelo.
Alguém (ou outra visita qualquer) o ajuda?
Principalmente, quer saber o número de telefone... do modelo.
Alguém (ou outra visita qualquer) o ajuda?
DICK HARD NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA - 1
Um frio de rachar. O céu azul.
Um copo de Super Bock Stout.
Podia estar-se pior. Mas o tédio invadia de comichões existenciais o detective mais ordinário a oeste de Paços. No guardanapo de papel, Dick acabava de escrever mais um dos seus poemas:"Se vou às putas
nunca me venho
não se deve gozar
com quem trabalha" Dobrou A BOLA sem saber porquê (deixou o exemplar em cima da mesa do snack-bar) e pôs-se a passear sem rumo e a dizer piropos fora de moda às miúdas que saíam da escola secundária com o cio juvenil a tiracolo:
- Não sabia que as flores andavam.
- Vai prò caralho que te carregue, ó velhadas!
Primeiro, Dick estranhou um insulto tão hard da parte da miúda. Já não se podia ser galante. Depois pensou que a juventude não estava tão mal como isso. A miúda tinha revelado um trocadilho inteligente, misturando a frase “Vai para o Diabo que te carregue” com “Vai prò caralho”. A nível subsconciente talvez Dick tenha pensado: “Ó Diabo, estão a mandar-me prò caralho”.
Por norma, quando o mandavam para o caralho, Dick não ia. A menos que fosse muito bem pago, que houvesse bom uísque e o caminho fosse de primeira e não tivesse muitas portagens.
Fosse como fosse, estava na hora de ir tomar um copo às Docas. Meteu os pés a caminho e desceu do Largo do Rato. À porta da Assembleia da República deparou-se com uma manifestação de lésbicas.
- Ó amiga, desculpe lá a pergunta. Esta manif é contra quê?
- Contra o custo de vida.
- Isto realmente está pela hora da morte.
- Pois é, já não se pode comprar um strap-on sem andar na esquina a render.
- Um quê? Um pónei?
- Cavalo é você! Um strap-on, um dildo de cintura, um caralho para te meter na peida, já estás a perceber agora, ó panasca?
(... com ti nua na próxima legislatura)
Um copo de Super Bock Stout.
Podia estar-se pior. Mas o tédio invadia de comichões existenciais o detective mais ordinário a oeste de Paços. No guardanapo de papel, Dick acabava de escrever mais um dos seus poemas:
nunca me venho
não se deve gozar
com quem trabalha"
- Não sabia que as flores andavam.
- Vai prò caralho que te carregue, ó velhadas!
Primeiro, Dick estranhou um insulto tão hard da parte da miúda. Já não se podia ser galante. Depois pensou que a juventude não estava tão mal como isso. A miúda tinha revelado um trocadilho inteligente, misturando a frase “Vai para o Diabo que te carregue” com “Vai prò caralho”. A nível subsconciente talvez Dick tenha pensado: “Ó Diabo, estão a mandar-me prò caralho”.
Por norma, quando o mandavam para o caralho, Dick não ia. A menos que fosse muito bem pago, que houvesse bom uísque e o caminho fosse de primeira e não tivesse muitas portagens.
Fosse como fosse, estava na hora de ir tomar um copo às Docas. Meteu os pés a caminho e desceu do Largo do Rato. À porta da Assembleia da República deparou-se com uma manifestação de lésbicas.
- Ó amiga, desculpe lá a pergunta. Esta manif é contra quê?
- Contra o custo de vida.
- Isto realmente está pela hora da morte.
- Pois é, já não se pode comprar um strap-on sem andar na esquina a render.
- Um quê? Um pónei?
- Cavalo é você! Um strap-on, um dildo de cintura, um caralho para te meter na peida, já estás a perceber agora, ó panasca?
(... com ti nua na próxima legislatura)
Porta aberta
Quem tiver coragem que me refreie
Que me ponha um freio
Uma mordaça
E cale a voz que tenho em mim.
Tenho tempestades para dar
Se alguém se atrever a entrar
Nas portas que abro aqui.
Quem quiser calmaria
É melhor nem espreitar
Que oásis, santuário de paz
Nada disso sou, ou encontram em mim.
Mas quem quiser ser vento comigo
Atravessar tempestades
Subverter as possibilidades
Mergulhar sem saber a profundidade
A porta está aberta
Pode entrar!
04 março 2005
Cisterna da Gotinha
Mulheres de acção: e de armas.
Porquinho inocente: mas só à primeira vista...
Inner Sanctum: fazer umas comprinhas de Latex
The Sex Melon: tudo é possível...
Quem quer comprar Cuecas??!?:.. ahhh.. esqueci-me de dizer que são cuecas usadas!!!
De ir ao céu
«Môor…hummmmm! Hoje quero que faças de mim o que quiseres», diz-me ela.
«Ui…que bom! Vou fazer com que te sintas no céu, doce», digo eu.
«Sim, faz-me isso», responde-me.
Pego nela, ponho-me em pé, com ela agarrada ao meu pescoço e bem encaixados um no outro. No calor da luta piso um sapato que estava no chão. Caímos os dois e ela dá com a cabeça na beira da cama e diz: «Fhhhh! Ai, porra môr, até vi estrelas». Os dois a rir que nem perdidos, no chão, e eu a dizer «vês, vês, eu não te tinha dito».
«Ui…que bom! Vou fazer com que te sintas no céu, doce», digo eu.
«Sim, faz-me isso», responde-me.
Pego nela, ponho-me em pé, com ela agarrada ao meu pescoço e bem encaixados um no outro. No calor da luta piso um sapato que estava no chão. Caímos os dois e ela dá com a cabeça na beira da cama e diz: «Fhhhh! Ai, porra môr, até vi estrelas». Os dois a rir que nem perdidos, no chão, e eu a dizer «vês, vês, eu não te tinha dito».
De boas erecções está o inferno cheio!
Não, não é mais um provérbio POPular da nossa lista. Mas podia ser. É o título de um livro de poesia satírica de Dick Hard (Luís Graça). Poesia dura e grossa, que a diáCona (onde pára ela?) não desdenharia atirar para a fogueira da inquisição. E que melhor elogio poderia ter um livro?
Fiquem-se só com um exemplo que faria o Einstein babar-se:
E=mc2
Uma erecção
a preceito
não passa duma relação
cona/efeito
Fiquem-se só com um exemplo que faria o Einstein babar-se:
Uma erecção
a preceito
não passa duma relação
cona/efeito
Eu até já tinha outro livro deste autor na mesma editora (Polvo): "O homem que casou com uma estrela porno"... hmmm...
E se vos disser que o Luís Graça se alistou na FundiSão?
03 março 2005
Video didáctico
Meninas, o Bichana Gato (desaparecido em combate)
quer que sejam auto-suficientes.
Aprendam a ver utilidade numa porta!
Aprendam a ver utilidade numa porta!
Diário do Garfanho - 9
55
Diálogo com o Chefe da Repartição, esse cromo dificil:
– Ó Pereira, então a merda da certidão que eu lhe pedi ontem de manhã?
– Senhor chefe Almeida – logo aqui já o desarmei, – a certidão... Qual certidão, senhor chefe Almeida?
– A que eu dei ontem, homem – os modos já são muito melhores, compreensivos: tipo "desculpe lá estar a incomodá-lo, mas eu sou o chefe do serviço e tenho de o incomodar com estas minudências".
– O senhor chefe Almeida vai me desculpar, mas esqueceu-se do "lhe" e disse uma grande mentira.
Amanhã tenho de fazer a certidão, que eu bem vi o parvo do Chefe a tentar perceber o que eu lhe disse e a contá-lo à brochista da Patrícia que, hoje ou amanhã, entre duas mamadas, lhe vai explicar a consequência da falta do "lhe" e a consequente injúria à virilidade do homem.
Garfanho
– Ó Pereira, então a merda da certidão que eu lhe pedi ontem de manhã?
– Senhor chefe Almeida – logo aqui já o desarmei, – a certidão... Qual certidão, senhor chefe Almeida?
– A que eu dei ontem, homem – os modos já são muito melhores, compreensivos: tipo "desculpe lá estar a incomodá-lo, mas eu sou o chefe do serviço e tenho de o incomodar com estas minudências".
– O senhor chefe Almeida vai me desculpar, mas esqueceu-se do "lhe" e disse uma grande mentira.
Amanhã tenho de fazer a certidão, que eu bem vi o parvo do Chefe a tentar perceber o que eu lhe disse e a contá-lo à brochista da Patrícia que, hoje ou amanhã, entre duas mamadas, lhe vai explicar a consequência da falta do "lhe" e a consequente injúria à virilidade do homem.
Garfanho
Instante
Oh Manela, eu quero lá saber do tempo. Quero lá saber se é uma hora, um minuto ou um segundo porque... há instantes melhores que a vida toda.
Recordo-me sempre daquele moreno de olhos profundos e risonhos com quem passei uma horas da madrugada a conversar sobre este mundo e o outro, a rir e a beber café de termos, enquanto esperávamos sentadinhos no passeio a abertura das portas para entregarmos a candidatura à universidade. De manhã, após depositarmos as ditas nas maõs das funcionárias responsáveis, saímos rapidamente para a rua e ala que se faz tarde que esta já passou. Parei e comecei a agradecer-lhe as horas divertidas, com um sorriso estampado de orelha a orelha. Ele encostou-me o indicador esquerdo a ambos os lábios, impedindo-os de mexer e retirou-o para o colar nos seus. Beijou a polpa do dedo e sem despegar os seus olhos dos meus recolocou-o na minha boca. Com ambas as mãos, puxou-me pela nuca contra si e eu ergui o queixo entreabrindo os lábios para absorver a sua língua e levantei os braços, para lhe remexer nos cabelinhos. A sua lânguida língua parecia chegar-me ao esófago e todos os pelinhos do meu corpinho se eriçaram. Ele descolou e, outra vez com o indicador, percorreu-me da base do pescoço até ao queixo. Mergulhou novamente na minha boca e os nossos ossos e músculos pareciam um imã na porta de um frigorífico. Depois, dissémos adeus com as palmas das mãos muito abertas como as dos desenhos que se mandam para o espaço em sinal de paz.
E Manela, eu nem sequer sei quantos minutos durou, tanto mais que como sabes, nem uso relógio no pulso, por causa da minha alergia a metais não preciosos.
Recordo-me sempre daquele moreno de olhos profundos e risonhos com quem passei uma horas da madrugada a conversar sobre este mundo e o outro, a rir e a beber café de termos, enquanto esperávamos sentadinhos no passeio a abertura das portas para entregarmos a candidatura à universidade. De manhã, após depositarmos as ditas nas maõs das funcionárias responsáveis, saímos rapidamente para a rua e ala que se faz tarde que esta já passou. Parei e comecei a agradecer-lhe as horas divertidas, com um sorriso estampado de orelha a orelha. Ele encostou-me o indicador esquerdo a ambos os lábios, impedindo-os de mexer e retirou-o para o colar nos seus. Beijou a polpa do dedo e sem despegar os seus olhos dos meus recolocou-o na minha boca. Com ambas as mãos, puxou-me pela nuca contra si e eu ergui o queixo entreabrindo os lábios para absorver a sua língua e levantei os braços, para lhe remexer nos cabelinhos. A sua lânguida língua parecia chegar-me ao esófago e todos os pelinhos do meu corpinho se eriçaram. Ele descolou e, outra vez com o indicador, percorreu-me da base do pescoço até ao queixo. Mergulhou novamente na minha boca e os nossos ossos e músculos pareciam um imã na porta de um frigorífico. Depois, dissémos adeus com as palmas das mãos muito abertas como as dos desenhos que se mandam para o espaço em sinal de paz.
E Manela, eu nem sequer sei quantos minutos durou, tanto mais que como sabes, nem uso relógio no pulso, por causa da minha alergia a metais não preciosos.
02 março 2005
Em segredo
Entro no teu sono
Trago-te para o meu sonho
E muito levemente
Beijo-te escondida.
Paro
Quando agitado o teu sono muda
A tua pele reage
E o teu corpo acorda.
Entro então nas tuas coxas
E moves-te dormindo
Sentindo como num sonho
O prazer que se adivinha.
E quando de manhã acordas
E sentes o corpo molhado
Dizes tocando-te surpreso:
Hoje sonhei contigo.
O OnanistÉlico declara (e degema) que lhe abriu o apetite:
No sonhovo eras a gema e a clara que depositei em ti é agora uma estrela.
Ao tocar-te no céu húmido com o brilho da estrela... ládentro, cádentro... cadente em ti, sedento do teu sonho.
Hojovo contigo
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