Já aqui falámos sobre Gustav Klimt, mas se queres (re)ver a obra deste mestre (também) do erotismo, visita esta página.
11 março 2005
Gustav Klimt - Papiers Erotiques
Já aqui falámos sobre Gustav Klimt, mas se queres (re)ver a obra deste mestre (também) do erotismo, visita esta página.
10 março 2005
Dedicado aos Pseudo-Qualquer-Coisa
Este post da Xilla exemplifica com toda a fidelidade os pseudo-qualquer coisa que pululam lá pela minha chafarica com comentários sobre as imagens de mau gosto e sobre eu ser machista e sobre eu não ter dignidade e afins...
"Será que andam aqui? Estão fartos de cus, de gajas machistas, de boa disposição, de gente com cabeça limpa de preconceitos não é? Sentem falta de longos discursos sobre política, economia, notícias sobre a saúde do papa, do processo casa pia, do buraco do ozono, certo? Eu também não, por isso que se lixe a política, a economia, o papa, a casa pia, o ozono, e siga a estória do velho que do buraco fizera ofício."
Azares do Caralho
Cansado de engolir caralhos que não via
um velho que do cu fizera ofício
achou por muito bem mudar de vício
e dar também aos olhos alegria.
Assim pensando, ergueu-se o debochado
e frente ao espelho, careca e todo nu,
põe-se a rezar responsos pelo cu
e a soluçar: repousa, ó desgraçado.
Ei-lo que sai em busca de um amante.
A sorte está com ele: logo ali adiante
uma picha se oferece aos seus lábios trementes.
Mas... ó maldito azar! Fica em meio o trabalho
porque o outro lhe foge com o duro caralho
donde pende, asquerosa, a placa dos dentes."
Fernando Correia Pina
Homens despidos
Oh Jorge, afirmo-te e reafirmo-te que só me irritam solenemente os homens que não se despem. E claro que não estou a falar da roupinha que isso é a primeira coisa que todos realizam facilmente, para fazer saltar cá para fora aquele pedacinho de carne que lhes dá a segurança de serem homens e de terem alguma coisa na vida, como na publicidade da Volkswagen.
O difícil, Jorge, é despirem a máscara do sedutor, do charmoso, do filhinho atencioso, do pai empenhado ou do profissional de qualquer coisa e mostrarem o homem que são. É um ver se te avias a forma como contam todos os boatos que circulam no local de trabalho ou então, todas as peripécias que sofreram no trânsito caótico, mais a discussão com o vizinho do andar de baixo mas... se lhes perguntarmos directamente se gostam de ser acariciados nos testículos ou nas nádegas enquanto lhes fazem sexo oral, coram de orelha a orelha, sorriem para disfarçar os nervos e devolvem a pergunta «Então tu não sabes?!...», ao mesmo tempo que rezam a todos os santinhos para que se tenham safado desta.
E ainda te digo mais, Jorge que se a pergunta incidir sobre o seu agrado ou não em fazer sexo oral a uma mulher e qual a posição que preferem para isso, debitam um autêntico bailado verbal com expressões do género «Essa é muita gira!», «Passar o corredor a pano é um dever!»,«Nunca tive reclamações!».
Oh Jorge, bem sei que não há regra sem excepção mas passando em retrospectiva todos os homens que já conheci na minha vida, olha que não sei se ao todo conseguia ver três homens despidos.
O difícil, Jorge, é despirem a máscara do sedutor, do charmoso, do filhinho atencioso, do pai empenhado ou do profissional de qualquer coisa e mostrarem o homem que são. É um ver se te avias a forma como contam todos os boatos que circulam no local de trabalho ou então, todas as peripécias que sofreram no trânsito caótico, mais a discussão com o vizinho do andar de baixo mas... se lhes perguntarmos directamente se gostam de ser acariciados nos testículos ou nas nádegas enquanto lhes fazem sexo oral, coram de orelha a orelha, sorriem para disfarçar os nervos e devolvem a pergunta «Então tu não sabes?!...», ao mesmo tempo que rezam a todos os santinhos para que se tenham safado desta.
E ainda te digo mais, Jorge que se a pergunta incidir sobre o seu agrado ou não em fazer sexo oral a uma mulher e qual a posição que preferem para isso, debitam um autêntico bailado verbal com expressões do género «Essa é muita gira!», «Passar o corredor a pano é um dever!»,«Nunca tive reclamações!».
Oh Jorge, bem sei que não há regra sem excepção mas passando em retrospectiva todos os homens que já conheci na minha vida, olha que não sei se ao todo conseguia ver três homens despidos.
Video da pesada
De asitas brancas e fitinha azuli
Aboamos à bolta das lâmpadas
Queimimos as asitas
Nã podemos aboar.
(uma espécie de lenço dos namorados, à moda da Titas)
Comer, sim... mas com classe...
O homem é o único animal que consegue estabelecer
uma relação amigável com as vítimas
que pretende comer.
uma relação amigável com as vítimas
que pretende comer.
(diz o J. Longo)
09 março 2005
Orgasmemos* uma excurSão!
Tenho que tirar o chapéu (mesmo não usando) ao Luís Grave Rodrigues do blog Random Precision. Ele descobriu a notícia do ano:
Os organizadores do Festival Erótico de Barcelona vão promover o1º Salão Internacional Erótico de Lisboa
Por enquanto a página do evento ainda não tem
conteúdos... e o texto está em portunhol... mas podem ver aqui o poster em ponto grande
________________________________
*organizemos com muito prazer...
Os organizadores do Festival Erótico de Barcelona vão promover o
Por enquanto a página do evento ainda não tem
conteúdos... e o texto está em portunhol... mas
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*organizemos com muito prazer...
Diário do Garfanho - 52
Depois do Jantar
(é velha mas aconteceu-me, outra vez)
O jantar correu bem e ela pareceu-me receptiva, é tempo de atacar:
- Vamos até à minha casa? - pergunto eu.
- Já?! - tanto entusiasmo, devia estar a pensar lixar-me a carteira antes de lá chegarmos mais para o fim da noite. Reconsidera, sem entusiamo: - Sim, podemos ir. Fazer?
- Beber um copo, ouvir uma música. - "Sexo!" e não pensei nesta palavra.
- E se eu não gostar da música? - perguntou ela e eu regressei aos 80.
- Se não gostares da música? - tive de repetir e sorrir.
Ela assentiu com a cabeça e eu não resisti:
- Se não gostares da música, vestes-te e vais-te embora!
Garfanho
(é velha mas aconteceu-me, outra vez)
O jantar correu bem e ela pareceu-me receptiva, é tempo de atacar:
- Vamos até à minha casa? - pergunto eu.
- Já?! - tanto entusiasmo, devia estar a pensar lixar-me a carteira antes de lá chegarmos mais para o fim da noite. Reconsidera, sem entusiamo: - Sim, podemos ir. Fazer?
- Beber um copo, ouvir uma música. - "Sexo!" e não pensei nesta palavra.
- E se eu não gostar da música? - perguntou ela e eu regressei aos 80.
- Se não gostares da música? - tive de repetir e sorrir.
Ela assentiu com a cabeça e eu não resisti:
- Se não gostares da música, vestes-te e vais-te embora!
Garfanho
08 março 2005
Odes no brejo - Duas são as nádegas, belo o devaneio
Dois são os glúteos belos, vulgo rabo, doce enlevo
Que tão próprio é de mim vê-los, pecado que nem relevo
Por não cessar o deslumbre, esse acesso de loucura
De nos dar a Mãe Natura tão sublime curvatura
Redondos, firmes, macios, mudando às costas o nome
Despertam ânsias e cios, depois de almoçar dão fome
E se acaso algum aflito se adelgaçar por despeito
Chamar-lhe-ão cu-de-apito, perderá a graça e o jeito
Mas o que importa no fundo, o que estou hoje a louvar
É o pêssego rotundo penugento a dar-a-dar
Ligeiro, leve, atrevido, maior fonte do desejo
Que maduro apetecido quer-se rijo como um queijo
Empinado, apelativo, com tremura quanto baste
Traz meio mundo cativo e o outro a meia-haste
Pois se é caminho de amores e lugar tão prazenteiro
Não lhe sustém os ardores qualquer triste cavaleiro
Maldoso, diz dele apenas algum néscio apologético
Ser mero apoio de pernas, parco recurso energético
Pois sim, a esse direi, ao ver tão belo jardim
Que se algum dia for rei, reinarei com um assim.
Que tão próprio é de mim vê-los, pecado que nem relevo
Por não cessar o deslumbre, esse acesso de loucura
De nos dar a Mãe Natura tão sublime curvatura
Redondos, firmes, macios, mudando às costas o nome
Despertam ânsias e cios, depois de almoçar dão fome
E se acaso algum aflito se adelgaçar por despeito
Chamar-lhe-ão cu-de-apito, perderá a graça e o jeito
Mas o que importa no fundo, o que estou hoje a louvar
É o pêssego rotundo penugento a dar-a-dar
Ligeiro, leve, atrevido, maior fonte do desejo
Que maduro apetecido quer-se rijo como um queijo
Empinado, apelativo, com tremura quanto baste
Traz meio mundo cativo e o outro a meia-haste
Pois se é caminho de amores e lugar tão prazenteiro
Não lhe sustém os ardores qualquer triste cavaleiro
Maldoso, diz dele apenas algum néscio apologético
Ser mero apoio de pernas, parco recurso energético
Pois sim, a esse direi, ao ver tão belo jardim
Que se algum dia for rei, reinarei com um assim.
Corpo nítido
A casa de banho estava quente, húmida.
O vapor da água, que corria já na banheira, envolveu-a enquanto se despia.
No espelho, o vapor, formava uma mancha que não deixava ver o rosto.
Só o corpo se via, nítido.
Um corpo ainda alheio ao corpo.
Entrou na banheira, inclinou a cabeça para trás debaixo do chuveiro.
Levantou os braços e com os dedos abertos afastou o cabelo do rosto,puxando-o para trás.
A mão tocou o rosto de lado, acariciou-o.
A consciência do corpo começando a despertar na pele, sob os dedos.
Contornou os lábios, molhou-os.
Sorveu a água dos dedos tocando a língua.
A língua tocando os dedos. Bebendo a água nos dedos.
As mãos desceram pelo peito.
Envolveu os seios, sentiu o palpitar do coração no bico dos seios fechados nas mãos.
A água corria, escorria pelo corpo, quente.
As mãos caminhavam pelo corpo devagar.
Entreabriu as pernas, a água tocou-lhe as coxas.
Seguiu com as mãos o rio de água que corria nas coxas.
As mãos tocaram o desejo. E sentiu o desejo em si.
O desejo tornou-se liquido, como água.
O desejo correu como a água.
No espelho o vapor cobria já o contorno do corpo.
Um corpo já não alheio ao corpo.
Um corpo que se sentia corpo.
Um corpo nítido, palpitante, sob a água, entre as mãos.
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