02 abril 2005


onversa entre amigos:
- Então, rapaz, novidades?
- Descobri que a Maria tem um amante.
- Pois, mas isso já tu sabias! Onde está a novidade?
- Não é isso, ela tem um amante novo! Este chama-se Zé!
- E porquê esse ar de contente? Afinal de contas ela está a trair-te mais uma vez, como fez com o outro...
- Mas também está a trair o amante, não percebes?
- Sim, e depois?
- Primeiro nunca mais ele se vai rir da minha cara, e depois já tenho um tipo que me ajude a carregar o peso dos cornos.

(enviado por Jotakapa)

01 abril 2005

"Sinto a boca seca..."


(invejado pelo Cambralenta)

Diário do Garfanho - 86

And I Wish I Were Stoned
No Tribunal, sento-me e oiço:
- Jura?
- Sim.
- Diga "juro."
- Já disse.
- Não, o senhor disse sim, não disse juro. Diga juro.
- Quando disse sim estava a dizer juro.
- Não interessa. Diga juro ou então não presta declarações.
- Eu digo mas as testemunhas não prestam declarações. As testemunhas depõem.
- Sim, senhor, um engraçadinho.
- Não sou engraçadinho, é verdade.
- É verdade mas não interessa. Jura ou não jura?
- Está bem, juro.
- Não me está a fazer favor nenhum. Diga juro, só, ou mando-o sair e ainda o condeno em multa por desrespeito ao tribunal.
- Juro.
- Muito bem, pode sentar-se. Então diga-nos lá o que se passou.
- Eu estava à beira da estrada à espera para passar, quando surgiu aquela senhora.
- A dona Ermelinda Teixeira Pereira?
- Sim, senhor.
- E depois?
- Ela perguntou-me se eu queria...
- Queria o quê?
- Foi isso que eu lhe perguntei.
- E ela?
- Perguntou-me se eu não queria...
- Não queria o quê?
- Foi isso que eu lhe perguntei, apenas com alteração do tempo verbal: "Não quero o quê?"
- E ela?
- Ela mexeu nas mamas...
- Nos seios?
- Sim, nos seios. Nos seios da outra senhora.
- Qual outra senhora?
- A Zita Dura.
- Mexeu nos seios da ditadura?
- Não, nas mamas da Zita Dura.
- Também lá estava?
- Sim, estava, se não estivesse era difícil mexer-lhe nas mamas.
- Nos seios.
- Sim, nos seios também.
- Mandem entrar a Zita Dura.Era esta?
- Era.
- E ela disse-lhe alguma coisa?
- Eu sou a Zita Dura.
- Nós sabemos, fale só quando chegar a sua vez.
- Foi isso, eu sou a Zita Dura e a outra apertou-lhe as mamas e perguntou-me "Queres gozar?"
- Com quê?
- Acho que era com a Zita Dura.
- E o senhor?
- Eu?
- Sim.
- Eu o quê?
- Gozou?
- Com a Zita Dura?
- Sim.
- Não, apalpei-lhe as mamas e disse que a Zita Dura já não era.
- O quê?
- Dura.
- Porquê?
- Porque estavam moles.
- E ela?
- Ela nada, deixou-se ficar.
- E a outra?
- A outra perguntou-me "Queres gozar?"
- Outra vez?
- Não, porque eu ainda não tinha gozado.
- Não, ela perguntou-lhe outra vez se queria gozar?
- Sim, perguntou.
- E o senhor?
- Com quê?
- Com quê o quê?
- Eu perguntei-lhe gozar com quê?
- E ela?
- Comigo.
- Consigo?
- Não, com ela.
- E gozou?
- Não.
- Porquê?
- Porque ela não era boa.
- Não era boa em quê?
- A dar gozo.
- E a senhora agente?
- Essa era melhor.
- Melhor em quê?
- A dar gozo.
- A senhora agente deu-lhe gozo?
- Sim, deu.
- Mas ela não deteve a dona Ermelinda Teixeira Pereira e a Zita Dura, essas duas putas?
- Sim deteve.
- E a si deu-lhe gozo?
- Elas serem detidas?
- Deu?
- Não, foi-me indiferente.
- E a senhora agente deu-lhe gozo?
- A senhora agente não foi detida.
- Sim, eu sei. O senhor disse que a senhora agente deu-lhe gozo. Deu?
- Deu.
- Literalmente?
- Sim, proporcionou-me prazer.
- Muito?
- Bastante.
- Mas quando foi isso?
- Antes dela deter as colegas.
- Colegas?
- Sim, a senhora agente estava a trabalhar sob disfarce.
- E cumpria a sua função?
- Com empenho, aplicação e denodo.
- E pagou?
- A quem?
- A todas.
- Não, só à senhora agente.
- Muito?
- Para o gozo, nem por isso.
- Então porque foram detidas a dona Ermelinda Teixeira Pereira e a Zita Dura?
- Eu tenho para mim que devia ser por exercerem mal a sua função mas parece-me que a principal razão foi por serem putas.

Garfanho

31 março 2005


(Não chames pai ao Jotakapa)

Contrato

Foto:Daniel Frauenkoerper


Vou fazer contigo um contrato
Assiná-lo no acto
Com tinta indelével
Invisível
Inextinguível
Com clausulas imutáveis
Duradouras
Inalteráveis
Sanções severas
Duras
Inflexíveis
E se não cumprir o contrato que assinei no acto
Ou não cumprir as cláusulas que preestabeleci
Sanciona-me
Cobra-me
Exige-me resposta:
Porque me escreveste na carne
E me assinaste na pele um contrato
Com a tinta indelével que saiu de mim
Porque te fechaste e me fechaste em cláusulas
Se é a mim que sancionas e punes severamente
Ao não cumprires o contrato
De seres duradoura
Permanente em mim.

Encandescente

a Tonha - mais uma história de pívias

"No triénio da graça de 1967/68/69 (por aí), tínhamos uma professora de Inglês (a Tonha), boa como só os olhos dos adolescentes conseguem ver os seus professores.
Andávamos ali pela casa dos 13/14/15 anos e, claro... sempre prontos a esgalhar!
A Tonha, sabendo o quanto boa era e os sentimentos que despertava na rapaziada, não se encolhia. Era o tempo das mini-saias e ela não se coibia de se sentar nas esquinas das secretárias e deixar de fora aqueles autênticos monumentos que eram as pernas dela.
Era mulher para andar na casa dos 20 e muitos, se não 30. Loura. Muito bem arranjada. Lembro perfeitamente que a mulher era mesmo bem feita. E ela sabia-o. Ela sabia-o perfeitamente.
É claro que a miudagem aos 15 anos, espigadotes, a olhar para uma mulher, professora, dos seus 30, com um ar de 'sei que vos babais todos mas sois muito crianças' ficava em transe. É que havia mesmo alturas que o maralhal ficava em transe. Coisas da época!
O que se segue é que a Tonha despertava tais sentimentos que se começou a escolher as últimas cadeiras das últimas filas... para se tocar umas valentes pívias enquanto ela ensinava o To Be or Not To Be.
Ó gente... a sério, era vê-los aos 3 e 4 lá atrás a esgalhar o pimpão e a Tonha lá à frente... blá blá blá...
Eu nem sei se ela algum dia se apercebeu, mas se se deu conta, acho que aquilo acabava por lhe dar gozo, ou melhor ainda, por lhe satisfazer o ego.
Muita punheta se tocou à custa das coxas da Tonha!"


Jorge Costa

Que bela prenda de Páscoa!

A Madr e o filhote (abençoada mãe que tal filho tãe) presentearam-me com esta
manifesta São
(com som)

E como não São egoístas, até explicam como podem adaptar o cartaz às vossas necessidades: "basta no endereço escreverem o que quiserem (usando %20 para os espaços) que o dançarino nudista mostra".

Letrinhas malandrecas do Webcedário


A genética vista pelo Webcedário

30 março 2005

Água


São, sabes que tenho andado a pensar que a água desempenha um papel essencial nas relações sexuais. Lembrei-me de alguns homens que mal acabam o acto se precipitam para debaixo do duche; daqueles que terminam o coito para num ápice irem à cozinha beber um copo de água e de uns outros, mais raros é certo, que nos preliminares vão esfregando o pénis com água.Eu sei que grande parte do nosso corpo é composto por água mas o que me parece absurdo é a corrida desenfreada em busca da água.
Julgo que no primeiro caso, facilitaria muito só se ter relações sexuais dentro de uma banheira, com o duche a correr ou o jacuzzi ligado para a seguir, se poder ir para a cama dormir descansadamente.
Depois, São, na minha opinião, a desidratação provocada pela cópula é facilmente resolúvel com um jarro de água e um copo à nossa beira. De preferência de plástico, não vá o diabo ou qualquer parte do nosso corpito, tecê-las. Ou então, sobretudo para os outros locais que não as habituais quatro paredes, pode-se sempre usar as garrafinhas de água de meio litro ou as bebidas isotónicas consumidas pelos maratonistas.
E no outro caso que mencionei?... Ah, São, parece-me mais sugestivo o uso de doses maciças de creme nívea ou vaselina. Ou de qualquer elemento untuoso mais comestível, como a manteiga ou o chantilly. A não ser que se queira ter um boxeur, com uma toalha encharcada de água pendurada na haste, abaixo da cabeça, para reutilizar sempre que necessário.

Estas chinocas São loucas!


Tudo a monte!

Púbiscidade


autor anónimo - enviado pelo Engenheiro Que Não Paga As Quotas Da Ordem

29 março 2005

rp3.JPG


Conversam baixinho, as minhas mãos e o meu corpo. Não sei bem do que falam, mas parecem entender-se. De vez em quando ouço-os rir. Outras ficam apenas enlaçados, em silêncio cúmplice. Entendem-se. Gostam-se. Gostam de se gostar. Eu fico de lado a aprender a sedução. De vez em quando deixo-me seduzir, mas é seu o jogo. Às vezes olham-me, entre o provocante e o divertidos. Outras ignoram-me. Parecem violentar-se. Eu acendo um cigarro e deixo entrar a chuva pela janela. Nem sempre é comigo. É lá com eles.

Chegada

Foto:Paul Himmel

Chego e digo, estou aqui
Mas antes de chegar já tu me pressentes
Já tu adivinhas o meu chegar
E no corpo já me sentes
E o teu corpo é íman e radar
Que me localiza no espaço
Que me atrai para os teus braços
Que me prendem num abraço
Que é o ponto de partida
Para o ponto de chegada
E entre um ponto e outro ponto
O teu corpo é a resposta
Ao que o meu corpo ao teu pergunta
Alguma vez parti de ti?
Alguma vez estive ausente
Não é o teu corpo morada do meu
E por isso me adivinhas
E por isso me pressentes?

Encandescente