Este gajo já deve ter tido vários assim...
13 maio 2005
Cartas
Querido amigo
Temos uma amizade muito especial, já o temos comentado.
Por vezes sinto que nem olhas para mim como mulher, mas sim como uma companheira de loucuras inenarráveis!
Ontem vieste contar-me mais uma das tuas aventuras.
Já me tinhas contado o "antes". Pediste-me conselhos e eu, como sempre, respondi-te com um "vai em frente"!
(O que eu queria mesmo era que fosses em frente comigo... mas isso nem nas entrelinhas te deixo ler!!)
Ontem contaste-me o "durante". Como se encontraram, para onde a levaste, o que fizeram juntos. Como ainda tinhas na tua boca o sabor do corpo dela.
E eu a imaginar bocadinho a bocadinho!
(Ou terá sido a recordar cada momento que passámos juntos na intimidade?)
Quando me fazes relatos destes, sinto um nó na garganta.
Cada vez mais suave, admito. Acho que com o tempo vou acabar por nem ter ciúmes das mulheres com quem te deitas...
Se calhar nem os devia ter: elas passam pela tua vida, eu vou ficando...
Isto de ser a confidente de um homem que amámos um dia, tem que se lhe diga!
(Mas quem é que me mandou apaixonar-me pelo meu melhor amigo??)
Cá estarei sempre para ouvir os teus desabafos,
um beijo grande
Amigo querido
Ainda ontem me contaste como ela é maravilhosa, linda (e mais aquelas coisas todas que me disseste)... e hoje já me vens pedir ajuda?
Que não sabes o que fazer, que ela passa o dia a ligar-te e a mandar sms?
Tu achavas mesmo que ela te queria só pelo sexo, sem sentimentos?
Até tu sabes que não é assim...
Beijos... e cá estarei para ouvir a versão de amanhã...
A propósito de pívias - Deve ter sido duro...
... quando eu e o Chico Padeiro andávamos aos passarinhos na cerca do Conde. Eu atrás, como observador-buscador-transportador das vítimas, e o Chico à frente, com a pressão de ar, como dono da arma e caçador emérito.
Ficámos a apreciar uns momentos, rindo silenciosamente, até que fiz sinal ao Chico para irmos embora e deixarmos o Marcelo em paz. Mas não foi essa a opção do dono da arma. Vi-o a apontar a pressão de ar um pouco ao lado do Marcelo... e "TAU", sai chumbo.
Coitado do Marcelo. assustado com o barulho do disparo, olhou para o lado de cá da estrada (lado de lá dele) e de imediato puxou as calças para cima e desatou a correr.
O que o Chico fez, não se faz, carais.
Por estas e por outras é que não se vê nenhuma pintura rupestre de uma pívia campestre: os nossos antepassados já deviam ter medo de pressões de ar.
"A barriga do réu em causa apresenta-se num aspecto duvidoso"
recluso queixoso da
Cadeia Central de Maputo...
Lê a informação do
graduado de serviço,
Carlos Cabral Madiliza
(em pdf - precisas ter o Acrobat Reader)
12 maio 2005
Cisterna da Gotinha
Garfiar, só me apetece - 57
- Ó pai! Ó pai! Queremos gelados!
Ele empertiga-se, faz cara de mau, agarra no braço do mais velho que tem o mais pequeno colado a si e diz:
- Eu dou-vos os gelados mas já vos disse, não me chamem pai, chamem-me tio!
Garfanho
11 maio 2005
A minha vida amorosa 100 outras estórias
Sapatos apertados
Por sorte, a irmã ainda tinha em casa o par que usou no seu próprio casamento. A cor era perfeita, a forma também, apenas eram dois números abaixo.
Mas a causa exigia-o, e assim a Camilla lá foi ao casamento com os sapatos da irmã.
Quando a Camilla e o príncipe Carlos chegaram ao seu quarto de lua-de-mel, no palácio de Buckingham, a dor nos pés já ultrapassava qualquer limite e os próprios pés tinham inchado. A única coisa que a Camilla pensava era em retirar aquelas torturas.
Claro que num palácio real as paredes têm o dobro dos ouvidos. Neste caso eram os serviçais, jornalistas infiltrados e até mesmo os pais de Carlos tinham as suas orelhas encostadas à parede para uma real escutadela.
As espectativas não foram defraudadas. Passados uns minutos, todos escutavam os muito esperados gemidos, grunhidos, ranger de cama e um final suspiro de alívio. O príncipe deixou sair esta frase entre dois fôlegos:
- Carago! Estava mesmo apertado.
A Rainha Isabel sorri de satisfação:
- Eu sabia. Com uma cara daquelas, era óbvio que ainda era virgem.
Mas eis que diz o príncipe:
- Bom. Então vamos agora ao outro.
E recomeçam os gemidos, grunhidos e ranger da cama.
Os curiosos encostam ainda mais os ouvidos à parede, surpreendidos com os eventos do quarto alheio.
Diz o príncipe entre dois grunhidos:
- Este... ainda é... mais apertado...!
Fala o Duque, muito compreensivo:
- Este é o meu filho. Um dia marinheiro, sempre marinheiro.
(enviado por Mano)
Letrinhas malandrecas do Webcedário
"C******* f***** as p**** das letras" - declarou unknown_89 ao Webcedário
10 maio 2005
O meu amor e eu
Construímos uma casa
De paredes lisas e claras
O meu amor e eu.
Percorremo-nos pelos cantos
Amámo-nos em todos os quartos
O meu amor e eu.
As paredes tingiram-se de cor
Porque alegria e riso é o amor
Do meu amor e o meu.
E as paredes onde nos amámos
O chão onde nos possuímos
A casa que construímos
O meu amor e eu
Cresceu tanto
Tem tantos quartos
Que é já uma cidade
A do meu amor e a minha.
Hoje, amamo-nos nas ruas
Nos jardins, praças e avenidas
Da cidade que nasceu
Da casa que construímos
O meu amor e eu.