No dia do casamento, a Camilla estava tão atrapalhada com os preparativos que se esqueceu de um acessório fundamental: os sapatos.
Por sorte, a irmã ainda tinha em casa o par que usou no seu próprio casamento. A cor era perfeita, a forma também, apenas eram dois números abaixo.
Mas a causa exigia-o, e assim a Camilla lá foi ao casamento com os sapatos da irmã.
Quando a Camilla e o príncipe Carlos chegaram ao seu quarto de lua-de-mel, no palácio de Buckingham, a dor nos pés já ultrapassava qualquer limite e os próprios pés tinham inchado. A única coisa que a Camilla pensava era em retirar aquelas torturas.
Claro que num palácio real as paredes têm o dobro dos ouvidos. Neste caso eram os serviçais, jornalistas infiltrados e até mesmo os pais de Carlos tinham as suas orelhas encostadas à parede para uma real escutadela.
As espectativas não foram defraudadas. Passados uns minutos, todos escutavam os muito esperados gemidos, grunhidos, ranger de cama e um final suspiro de alívio. O príncipe deixou sair esta frase entre dois fôlegos:
- Carago! Estava mesmo apertado.
A Rainha Isabel sorri de satisfação:
- Eu sabia. Com uma cara daquelas, era óbvio que ainda era virgem.
Mas eis que diz o príncipe:
- Bom. Então vamos agora ao outro.
E recomeçam os gemidos, grunhidos e ranger da cama.
Os curiosos encostam ainda mais os ouvidos à parede, surpreendidos com os eventos do quarto alheio.
Diz o príncipe entre dois grunhidos:
- Este... ainda é... mais apertado...!
Fala o Duque, muito compreensivo:
- Este é o meu filho. Um dia marinheiro, sempre marinheiro.
(enviado por Mano)
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