02 junho 2005

Pela normalização anatómica - 3 - o POQ

A CoNA - Comissão de Normalização Anatómica continua o seu esforço para que o sexo seja cada vez menos confuso e problemático.
Ontem, a propósito de aviar Gajas (e gajos), a Mad referiu:
- Já dei seis.
Não pondo em causa o mérito, sempre me fez confuSão como se procede a esta contabilidade.
Como é que se contam as que se dão (já para não falar das inúmeras que se perdem)? Se pensares bem, é tudo menos líquido (é mais para o gosmento).
Por isso, a CoNA propõe a criação do POQ - Plano Oficial das Quecas.
Todos os membros e membranas da FundiSão assumem desde já o cargo honoris causa de TOQ - Técnicos Oficiais de Quecas.
Nomeio a Espectacológica ROQ - Revisora Oficial de Quecas.
Venham-se as vossas sugestões para o clausulado do POQ.
OrCa e Encandescente, o POQ terá obrigatoriamente cláusulas em verso, capisce ("com a piça", em italiano)?

Arre machos!

Quem for a Coimbra e passear pelo Estádio Universitário vê lá esta pérola à porta da «Secção de Cultura Física» da Associação Académica:
A estudantada sempre teve muita capacidade de retórica.

01 junho 2005

Dia Mundial da Criança.

Esta é dedicada à criança que existe dentro de cada um de nós, porque afinal, não é a idade exterior que conta, mas sim a idade do espirito. Parece que me estou a ver daqui a uns aninhos...

3 Gajas para deitar abaixo!

(oferta da Lamatadora)
Iludiu-se com os meus gestos largos, a língua solta, a atitude despudorada e descomplexada. Na primeira noite não passámos dos beijos, das mãos perdidas, dos calores, das roupas atrapalhadas no banco traseiro do seu velho Toyota branco, parado no parque de estacionamento. Na segunda noite, ambos sabendo ao que íamos, estendemos o saco-cama no canto mais escuro do recinto do Festival. Ouvíamos a música, Pixies, não sei já em que canção, ao longe, no palco principal. Fogosa eu, ardente de um desejo ainda mal controlado, fruto de ter conhecido isso do sexo com um só namorado e depois, durante 3 ou 4 meses ter ficado à deriva, consequência de um amor juvenil e mal acabado. Ele ansioso, inseguro, tanta vontade mas tanto medo a pairar sobre si. Eu, com a inicial aparente segurança, pensava: “O que vamos fazer é sexo. Nada de amor. Amor sentia eu pelo outro. Por este não pode ser mais do que sexo. Conheci-o ontem. Não deixámos de estar pedrados desde então.” O que eu não sabia era que para ele isso de foder não tinha ainda passado dos filmes emprestados pelos amigos, dos livros e revistas descobertos na arrecadação lá de casa. O que eu não sabia era que ele esperava de mim o que eu mal tinha ainda aprendido.
Já nus, suores de fibra de saco-cama, de desejo e de ansiedade, na atrapalhação de tentar enfiar em mim a sua pila que mal vi, na pouca luz de lua que nos envolvia, ele disse-me: “Tens de me dar uma ajuda. Sei como é, mas nunca fiz.”
Pois. Eu tinha acabado de perceber isso mesmo. Podia ser só falta de jeito minha, ainda arrisquei pensar. Mas não. O rapaz era virgem. E eu pouco menos do que isso.
A minha generosa mão desceu então, cega, à procura da pila virgem e pululante. Guiei-a com o jeito que então me assistia e fi-la entrar lentamente. Ele começou a balançar-se dentro de mim, de um modo brusco e mecânico que hoje, à distância, me faz sorrir quase maternalmente, e rapidamente se veio, escondendo no meu pescoço o seu rosto.
Não tornámos a ver-nos. Telefonou-me ainda durante algum tempo. Dizia-se apaixonado por mim, claro. Por mim, pouco sabia, mas nesse pouco sabia que não era paixão o que ele sentia. Seria antes qualquer coisa da casa da gratidão enleada nas malhas de um compromisso que nunca o foi.
Quando o Festival acabou e a erva e a cerveja também, deixei-me ficar na relva, escondendo o frio no mesmo saco-cama que nos albergou, vendo sair os mais apressados, olhando distraída os que, como eu, se esqueciam de ir embora e, entre um cigarro e outro, percebi que me tinha libertado de paixões e de tabus, que o meu corpo era livre. Que, mais do que isso, eu era livre. E comecei a viver.

Instrutora - Gotinha

31 maio 2005

The Madr makes years today

Many happy returns of the day
é uma bela maneira de felicitar
a Madr é portuguesa, eu bem sei
mas o que interessa mesmo é festejar

Que o dia tenha sido bem passado
são os votos sinceros do Dick Hard
podia ter passado nos correios e enviado
um simpático Anniversary Card

Assim de repente e com pouco trabalho
foram as palavras que me vieram à mente
podia ser pior e eu ter levado com um margalho
numa qualquer esquina escura do Intendente

Filme do Dia


Safe Sex
: vídeo musical!

E vós Eminência... nunca amásteis?

Ó sim... que bela donzela...
boca doce, boca bela,
mas o pai... aquele estupor,
casou-a com um lavrador.

Lembro que a encostei
a um carro de 4 rodas
e pespeguei-lhe quatro valentes fodas.
Só que apareceu o pai e gritou:
- Mas isto é a casa da Mãe Joana ou quê?!
Bento... entesa-me o jumento.
E sabeis por acaso vós
a que se destinava o entesamento do jumento?
Para me enrabar.
Vingança de pai e de marido:
Ir foder... e ficar fodido.


(relembrado por Jorge Costa)

O OrCa não pode ler nada sobre eminências que ode logo:

JC qual Gil Vicente
dá-nos o mote e a trote
à donzela o delinquente
salta-lhe até p'rò cangote

pois que já sem mais aquela
o ratão não é de modas
e contra as penas da bela
dá-lhe quatro em quatro rodas

vê-se que é gajo do norte
ao volante é um valente
deu quatro e da bela a sorte
foi não dar c'o sobresselente...


"Dá-lhe quatro em quatro rodas" é de mestre!

A Gotinha adverte: o Verão está quase a vir-se

30 maio 2005

Curriculum Vitae Feminino


Modelo afS-001/05
Inclui as últimas normas decretadas pelo Ministério do Trabalho

ficheiro pdf - necessário Acrobat Reader
(enviado por Lamatadora)

Será GPS?



Já não sei ao certo São, mas deve ter sido aí pelo final do quarto ano de casamento que as coisas começaram a amolecer. Justamente essas, Sãozinha.

Deitávamo-nos de pijamas vestidos. Apagava-se a luz, encostávamo-nos um ao outro e como mais uma rotina de final do dia, o pénis dele deslizava para dentro de mim e depois saía. E porém, ele amava-me São e expressava-o todos os dias quando eu chegava a casa na forma como me beijava intensamente com a língua a tocar-me o céu da boca, no modo como me agarrava a mão quando íamos para todo o lado fazendo da epiderme telepatia, nos diálogos intermináveis que mantínhamos a propósito de tudo e de coisa nenhuma, nos «Cartier Vendôme» e «Gauloises» que me trazia em memória de Paris, a cidade cuja língua nos uniu apesar de nenhum de nós ser dela natural.

Só que uma mulher não é de ferro Sãozinha e na hora de almoço ou nos finais do expediente mais urgente, dedicava-me a debicar um jovem colega bastante imaginativo no que concerne à geometria de corpos, ora encostados às estantes, ora encavalitados nos sofás do gabinete do fundo, ora amachucando caixotes nos armazéns de materiais, ora aproveitando o automóvel estacionado em locais inauditos. Conhecia cada centímetro do seu corpo tenro e macio que as minhas mãos liam ao ponto de notar a falta de qualquer borbulhita entretanto falecida. Os seus dedos e a sua língua tanto me palmilhavam que os meus mamilos ficavam autênticas cúpulas góticas e quando a penetração se iniciava eu era mais um escorrega de parque aquático. Só que fora desses espaços de tempo nenhuma cumplicidade transparecia do rigor profissional, da análise metódica dos processos, das palavras ditas em presença dos outros.

E por isto te pergunto São se o amor e o sexo são biologia, física, química, matemática ou um simples GPS?